ÓTICAS SOL - O olhos iluminam a vida!

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

DIONNE BROMFIELD, O NOVO TALENTO DA MÚSICA INGLESA.

A música inglesa nos últimos anos tem nos presenteado com incríveis vozes femininas como Adele, Amy Winehouse, Duffy e agora Dionne Bromfield. Apontada como a nova aposta da música inglesa, ela é nada mais nada menos que “afilhada” de Amy Winehouse. Quem já ouviu garante que Dionne será uma grande cantora, há uma semelhança incrível no jeito de cantar dessa garota que nasceu em 1996, próximo de completar 16 anos (1º de fevereiro) e que já demonstra que tem carisma. No youtube tem um vídeo em que ela canta “Ain’t no mountain high enough” (sucesso na voz de artistas como Marvin Gaye, Diana Ross dentre outros) com participação de Zalon, (foi um dos back vocal de Amy) que é sensacional e emocionante. A faixa faz parte  do seu primeiro disco. Dionne já está também sendo apontada como a nova Shirley Bassey (cantora de sucesso nos anos 70) apesar de ter muito que aprender, até mesmo por sua pouca idade. O primeiro álbum “Introducing Dionne Bromfield” (2009) com regravações de R&B e soul music, saiu pela gravadora Lioness Record, criada pela própria Amy Winehouse, foi bem recebido pela crítica, e  no segundo disco “Good For The Soul” (2010), se percebe um pouco mais de maturidade e que é um trabalho de quem sabe o caminho que quer seguir. O primeiro single deste álbum é bem comercial, “Yeah Right”, tem uma batida mais pop, mas o restante do disco tem uma consistência soul muito legal. Outro destaque do disco é a faixa título “Good For The Soul”, com um groove de guitarra pra lá de dançante - muita coisa faz lembrar a madrinha -, agora se perguntar onde está a semelhança com Amy? Está na faixa “Foolin” que te deixa até em dúvida se realmente é Dionne ou Amy que está cantando e inclusive é também o segundo “single” de trabalho. Já “Got Over It” é uma baladinha, típico da idade de menina que ela ainda é, “Too Soon To Call It Love” é outra balada soul, segundo ela a sua preferida, fala de desilusões amorosas e tal, e além dessas, o disco tem mais nove faixas bem bacanas. Mas só o tempo é quem vai dizer se é só mais uma promessa ou é mesmo um grande talento. E para Dionne, pelo menos o começo de carreira é bom. Em tempo, a Dionne Bromfield abriu o Summer Soul Festival em São Paulo na noite de ontem (24 de janeiro), antecedendo o aniversário da capital paulista.
Ain't no mountain high enough


Foolin'


Yeah Right

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

RAPHAEL SAADIQ – SOUL MUSIC DE QUALIDADE




Raphael Saadiq é mais uma das minhas curiosidades musicais. Esse cara não se encaixa exatamente no estilo chamado Nu Jazz, mas o som que ele faz é bem maneiro. Ritmado, solto e alegre é assim que Raphael Saadiq define o seu som, segundo ele “está mais para world music, pois gosto de tudo, desde o jazz, R&B e soul music”, então esse é o clima do seu álbum “Stone Rollin” (2011). No cd Raphael toca desde o baixo, o mellotron, a guitarra e até a bateria, quer dizer tudo, daí se ver que o rapaz é um multi-instrumentista com talento de sobra. O disco “Stone Rollin” nasceu na estrada durante sua última tournée no ano passado, tem batida de músicas negras bem dançantes, no melhor estilo James Brown e Sly Stone. Mas não é um garotinho, nascido na Califórnia em 1966, nos anos 80 fazia parte do trio Tony! Toni! Toné! E nas duas últimas décadas esteve nos discos de grandes estrelas como Stevie Wonder, Joss Stone, John Legend, Prince e Whitney Houston. Isso tudo, claro, deu a ele a tarimba para deslanchar na carreira solo. E isso ele vem fazendo muito bem. O álbum “Stone Rollin” é uma prova disso. Neste disco, ele conseguiu mesclar o clássico e o retrô, e ficar exatamente no meio deles. O maior destaque do álbum é o soul “Good Man”, sem esquecer-se do quase country “Day Dream”, de “Stone Rollin”, "Movin Down The Line" ou mesmo de “Go To Hell”; enfim é um disco para aqueles que gostam de Blues, Soul e R&B. E pra terminar, é um disco ágil e dançante, pena que faça parte daqueles álbuns que poucos ouvirão.


Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música de qualidade. 

"Movin' down the line"

"Good Man"

domingo, 1 de janeiro de 2012

MELHORES DISCOS DE 2011


Todo final de ano, quem escreve sobre música, artistas, etc., tem uma tendência natural a apontar quais foram os melhores, quem lançou os melhores discos e músicas, coisas do tipo. Não é verdade? Nesse mar de dúvidas, sempre se tem uma opinião, mesmo sabendo que isso não signifique que haverá uma concordância total, mas independentemente de qualquer coisa ou opção, vou colocar quem eu achei que lançou álbuns interessantes em 2011. Muitos vão dizer que faltou cantor “A” ou cantor “B”, que “C” ficou em primeiro lugar aqui e acolá, mas para mim o que interessa é o que pode ser relevante, porque discos e artistas de poucos meses de “vida”, escutamos toda hora. Portanto, na minha lista tem MPB, pop, rock, rap e indie. A ordem não significa nada. Eu sei que faltou muita gente, mas vamos a eles:

1 - Chico Buarque  – Depois de cinco anos, lançou um disco de inéditas e provou toda sua criatividade poética em canções como “Nina”; “Sinhá e “Se eu soubesse”. O auto intitulado “Chico” foi lançado em julho.

2 - Gal Costa – Um disco pontuado por opiniões à favor e contrárias. Esse foi o resultado de “Recanto”, um disco divisor na carreira de Gal Costa (como eu havia escrito em post anterior). Composições inéditas de Caetano Veloso, com arranjos eletrônicos. Lançado em novembro, esse álbum causou muito burburinho.

3 - Criolo – Talvez você não tenha nem ouvido falar nesse cara, mas “Nó na orelha” foi um dos grandes discos do ano. Misturando rap, afrobeat, reggae e samba, Criolo fez um trabalho que recebeu uma boa receptividade entre o público mais antenado e a crítica especializada.

4 - Adele – O álbum “21” mostrou uma artista madura, e logo no seu segundo disco. Com sucessos super executados como “Rolling in the deep”,  “Turning tables” e principalmente “Someone like you”, Adele parece consolidar de vez a sua carreira artística, em 2011 bateu recordes de vendas em diversos países. Na verdade um disco clássico da pop music.

5 - Filipe Catto – Esse gaúcho com uma voz incomum de contratenor, fez um estilo bem diferente de muita coisa que estava se ouvindo no rádio no país e por isso o seu álbum “Fôlego” centrado em letras passionais, ritmos latinos e muita dramaticidade, foi tão comentado na região sudeste, com direito a “n” entrevistas em Rádios, TVs, jornais e ainda teve a  música “Saga” como parte da trilha da novela global Cordel Encantado.

6 - Bon Iver – Essa banda trás a voz de Justin Venom como seu principal ingrediente. No disco homônimo o que se ouve é um pouco diferente do seu disco de estreia “For Emma, Forever Ago (2008)”, mas o estilo folk é a sua influência maior. Vale dar uma escutada.


7- Pitty e Martin Mendez – A roqueira baiana resolveu fazer um passeio pela folk music e juntamente com o guitarrista Mendez lançaram no mês de novembro o álbum “Agridoce”. É um disco mais calmo, diferente de tudo que ela faz com sua banda. No disco também tem canções em inglês e francês. Foi um das boas surpresas sonoras do ano.

8- Lenine – O álbum “Chão” valeria se escutar até mesmo pela capa, que é de uma sensibilidade incrível. Mas Lenine não é só isso, esse ano ele esteve participando de vários discos de artistas e o seu álbum tem toda uma sonoridade e pegada tipicamente dele. “De onde vem a canção”, “Se não for amor, eu cegue”, “Uma canção e só” e “Chão” foram as canções mais pegajosas. Ótimo trabalho desse artista.

9 – Amy Winehouse – O disco póstumo “Lioness: Hidden Treasure” trouxe realmente alguns tesouros escondidos desse talento que nos abandonou aos 27 anos. O que ela representou para a música mundial vai fazer história. Destaque principal desse disco é a nova roupagem que ela fez com a clássica “Garota de Ipanema”.

10 – Foo Fighters – Com “Wasting Light”, mais pesado que os outros discos anteriores, Dave Grohl repete a mesma energia que pontua sua carreira desde o fim do Nirvana. O álbum foi gravado na própria garagem de Dave, por isso é até um pouco intimista. Foi um dos belos discos do ano, sem dúvida!
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música de qualidade. carlossmaciel@yahoo.com.br

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