Carlos Villela, compositor e cantor, é um daqueles caras que acreditam na poesia como música ou música como poesia, tanto faz. Na estrada há muitos anos, ele consegue trazer a sensibilidade do amor através de letras sentimentais, transportando a vontade de ser feliz que perpetua no ser humano, independentemente da idade. Ao lançar o álbum 'Tempos', Carlos Villela parece trazer para aqueles que escutam cada faixa, suas lembranças afetivas e familiares em ritmos leves e precisos.
No disco, que começa com a canção "Choro de Poeta" Villela faz referências àqueles momentos em que você não se dá por vencido e continua a sonhar "... Poeta que não chora, não sonha / Não ganha abraço". Esse dom de poeta/poesia fica também bem evidente em "Ofício" que diz 'Se o ofício se dá pela coragem / Ou pela fé / Cada qual pode ser um ser supremo / Pelos fardos que vem de Nazaré'. Já em "Atalhos" ele fala do esquecimento "de anotar o atalho dos erros / Para entender os segredos / Que a tinta traz no papel" como se a solução dos problemas pudesse ser encontrada nessas anotações.
O sentimento pontuado em todo o disco, também fica bem evidente em "Mar de Afeto", "Abracadabra" e "Passageira da Saudade".
"Dona Maria Tereza" é uma pérola, que apesar de ter o nome de 'Maria Tereza' ressalta a força de todas as mães do mundo. Um verdadeiro hino para todos os dias das mães. A canção que dá nome ao disco, "Tempos"' foi composta por Villela e Anchieta Dalí (parceiro na maioria das outras faixas)é uma música singular, dedicada à liberdade de poder ser livre em qualquer lugar do mundo "Haveria de existir / Um elixir para o mundo/ Onde o revés num segundo/ Resolvesse o abstrato". Uma obra prima de poesia.
Com produção e direção do próprio Villela e direção musical de Luciano Magno (violão aço, nylon, guitarra e viola), o disco ainda traz a participação dos músicos Toninho (baixo), Fábio Vallois (teclados, programação bateria),Cezinha (acordeon) e Vanutti (samplers).
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"Tempos" é um disco imperdível na sua estante. MPB de alta qualidade.
domingo, 16 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
Ângela Rô Rô Revitalizada: Coitadinha, Bem Feito
Artistas que fazem o "underground" brasileiro, cheios de qualidades, resolveram verter para novos arranjos a obra dessa grande artista da MPB: Ângela Rô Rô. O álbum "Coitadinha Bem Feito" começa na voz do baiano Lucas Santtana com o maior hit da artista, “Amor, meu grande amor”, que transforma em um belo blues pontuado por samples e no baixo, órgão e sintetizadores do próprio Lucas Santtana. Já a canção “Renúncia” contou com as vozes de Lirinha, Pupillo, Berna Ceppas, Igor Medeiros e Rodrigo Coelho.
Outro nome indie que se apresentou para esse trabalho foi o Leo Cavalcanti cantando singeleza em “Carne e case”, ele contou com o violoncello de Bruno Serroni. O talentoso Rômulo Fróes canta “Só nos resta viver” tocando o violão, e acompanhado por Luca Raele no clarinete.Outro sucesso de Rô Rô “Mares de Espanha” teve a interpretação de Thiago Pethit, com Pedro Penna, Camila Lordy, Anderson Ambrifi e Leonardo Rosa.
A “Balada da arrasada” está aqui apresentada por Tatá Aeroplano com Junior Boca, Meno Del Picchia e João Leão. A canção que dá título ao álbum, “Coitadinha, bem feito”, foi interpretada pelo pernambucano Otto, acompanhado de Pupillo na bateria, teclado e programações e Regis Damasceno no baixo e guitarra. Damasceno também acompanhou Gui Amabis em “Abre o coração”.
A música “Gota de sangue” ficou a cargo do multi-instrumentista Adriano Cintra. Outro nome da MPB, que eu chamo de alternativa é o Pélico que fez uma bela releitura de “Não há cabeça”, com Jesus Sanchez, Tato Cunha e Bruno Bonaventure.
O Rodrigo Campos interpretou “Fogueira” e contou também com Rica Amabis e Alexandre Ribeiro. Já Kiko Dinucci tendo a parceria de Zé Nigro nos teclados faz a releitura de “Tango da bronquite”. Rael da Rima se juntou com Bruno Dupré, Bruno Marcucci, Muka Brass e Rafael Costa para revitalizar a emblemática “Perdoai-os, pai”.
“Fraca e abusada” é uma música que um título bem interessante e ficou na voz de Gustavo Galo. A voz e violão de Dani Black brilharam em “Tola foi você”, enquanto que “A mim e a mais ninguém” contou com Juliano Gauche, Gustavo Souza, Del Picchia, Gustavo Cabelo, Zé Pi e João Leão.
Pra finalizar o álbum "Coitadinha, Bem Feito", a voz foi Helio Flanders que cantou e tocou piano em “Me acalmo danando”, nesta canção o violino foi de Fernanda Kostchak. Este é um daqueles tributos que não pode faltar no playlist dos que amam a música brasileira que não vira hit nas rádios convencionais. Uma bela homenagem para o trabalho de Ângela Rô Rô.
2013 Coitadinha, Bem Feito
1. Amor, meu grande amor - Lucas Santtana
2. Renúncia - Lirinha
3. Came e case - Leo Cavalcanti
4. Só nos resta viver - Romulo Fróes
5. Mares da Espanha - Thiago Pethit
6. Balada da arrasada - Tatá Aeroplano
7. Coitadinha, bem feito - Otto
8. Abre o coração - Gui Amabis
9. Gota de sangue - Adriano Cintra
10. Não há cabeça - Pélico
11. Fogueira - Rodrigo Campos
12. Tango da bronquite - Kiko Dinucci
13. Perdoar-os, Pai - Rael
14. Fraca e abusada - Gustavo Galo
15. Tola foi você - Dani Black
16. A mim e a mais ninguém - Juliano Gauche
17. Me acalmo danando - Helio Flanders
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