ÓTICAS SOL - O olhos iluminam a vida!

ÓTICAS SOL  - O olhos iluminam a vida!
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sábado, 27 de novembro de 2010

NX ZERO E O "UNIVERSO PARALELO"


Quando surgiu o estilo EMO, choveram opiniões contrárias e a favor, principalmente da adolescência efervescente dos grandes centros. Colorida e meio sofredora de amores perdidos entre “otras cositas”, essa parcela da juventude coloriu as ruas com tênis, roupas e corte de cabelo diferente. Logo se pensou: - Está aí mais uma tribo. O tempo passou e com toda essa febre pipocando, foram nascendo as bandas Fresno, Cine, Restart e NX Zero, só para citar as mais famosas. De todas elas, apesar de toda premiação da MTV, Multishow, etc., NX Zero parece ser uma das poucas que já trilha o seu caminho com mais tranquilidade. A banda tem sonoridade mais pesada que as outras, e para provar que pode fazer a diferença, lançou neste mês, o bom “Universo Paralelo”. Um disco de releituras de seus sucessos com arranjos arrebatadores e mais quatro músicas inéditas, onde a batida hip hop casa muito bem com as guitarras rock da banda. Cheio de participações especiais do hip hop nacional e internacional como: Marcelo D2, Gabriel O Pensador, Chorão, Emicida, Rincon Sapiência, Rappin Hood, Kamau e Negra Li, Smoke Thugs, Aggro Santos, Freddie Gibbs, Yo Yo, Tulio Dek dentre outros. Participações do DJ King e outros DJs nos scratches, o disco está repleto de destaques: “Só Rezo”; “Cedo ou Tarde”; “A Melhor Parte de Mim”; “Inimigo Invisível” e “Onde Estiver” são algumas delas. Essa última, já tocando nas emissoras de rádios de todo o Brasil, e conta com a participação do americano de Indiana Freddie Gibbs. Só pra fechar, é um disco vibrante e com atitude, achei muito legal!
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado pela boa música. carlossmaciel@yahoo.com.br
   

DUFFY LANÇA O SEGUNDO ÁLBUM


Se beleza fosse o foco principal dessa linda garota do País de Gales, ela não precisaria nem cantar para fazer sucesso. Mas Duffy tem muito mais do que isso, ela já é sucesso desde o primeiro disco, Rockferry (2008). O álbum foi o mais vendido do ano no Reino Unido, com mais de 1,68 milhões de cópias. O sucesso de “Mercy” e “Warwick Avenue” elevou esse número para mais de 6 milhões em todo o mundo e ganhou vários prêmios. Sua voz suave e interessante surgiu numa época em que só se falava em Amy Winehouse. Percorrendo o caminho contrário, sempre discreto, posando de boa moça e com um talento sem tamanho, Duffy conquistou um espaço bem maior do que pensava. O seu estilo de cantar soul music é diferente de todas as cantoras do atual mercado discográfico. Como eu disse antes, sua voz é suave, meio melancólica, doce e transmite uma sensação de tranquilidade. O segundo disco “Endlessly” (com previsão de lançamento para o dia 29/11, segunda-feira) tem 10 faixas e abre com a pop “My Boy” onde no inicio uma galera bem alegre, faz um clima de festa, na sequência entra “Too Hurt to Dance” um soul bem sentimental onde ela diz algo como "esta noite, está magoada demais para dançar." A linha pop segue com “Keeping My Baby“ para em seguida “Well, Well, Well” dá o tom do disco, escolhida como primeiro single, “Well..” é bem dançante e com muita energia, e para aqueles que gostam de versão acústica, poderá encontrá-la na homepage http://itunes.apple.com/gb/album/well-well-well-single/id399747680. Mas o álbum não fica só nisso, as ótimas baladas “Endlessly”; “Breath Away”; “Don’t Forsake Me” e “Hard For The Heart” seguem a mesma linha soul do seu primeiro disco. As canções “Lovestruck” e “Girl” completam esse que poderá ser escolhido como um dos melhores lançamentos desse ano. O álbum de Duffy, uma autêntica rainha soul, é para ser “degustado” ao lado de uma boa companhia, preferivelmente tomando um ótimo vinho. Boa "degustação" e até a próxima, see you!
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado pela boa música. carlossmaciel@yahoo.com.br

terça-feira, 2 de novembro de 2010

LEGIÃO URBANA DE NOVO, NAS LOJAS!


Um box com 8 discos da banda Legião Urbana chegou às lojas na segunda-feira (25/10). Nesses tempos de pirataria, é até interessante a EMI colocar no mercado álbuns de uma banda tão conceituada quanta a Legião Urbana. Serve de alento para tantos que curtiram uma das melhores fases do rock nacional. A qualidade musical imposta pelos artistas não deixavam dúvidas de que muitas canções iriam perpetuar: Monte Castelo, Pais e Filhos, Índios, O mundo Anda Tão Complicado, Angra dos Reis, Será e outras marcaram a juventude da época e hoje 14 anos depois da morte de Renato Russo – líder da banda – qualquer disco relançado causa furor. O interessante é você perceber que mesmo com todo esse tempo que passou, não se tem no mainstream artístico ninguém tão intenso quanto Renato Russo, um vocalista supremo à frente da sua banda, que sabia mexer com o público, seja com sua voz de barítono italiano, com a sua energia no palco ou com suas letras que protestava e ao mesmo tempo amava. Para aqueles que nos anos 80, sentia que o mercado do disco começava a sofrer uma grande crise e que com a entrada dos computadores e as gravações clandestinas piorava ainda mais (nada a ver com o boom tecnológico), o lançamento de um disco da Legião fazia uma grande diferença. Era como se você carregasse uma jóia preciosa para casa. Os versos de Geração Coca-Cola são proféticos “Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Nós somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola.” E hoje estamos à mercê de um lixo cultural dentre outros lixos, empurrado goela abaixo pela mídia, cada dia com um nome diferente e como diz a letra da música da Plebe Rude – banda dos anos 80 - “Até quando esperar / A plebe ajoelhar / esperando a ajuda do divino Deus.” Mas tudo bem, o que importa é que os jovens ainda curtem a Legião Urbana e nesse relançamento poderão ter contato com alguns diferenciais do box, que são as mais de 80 fotos inéditas, os encartes originais e também a remasterização das músicas e sem esquecer outro detalhe importante, são os outros suportes: Digipack (os discos numa embalagem cartonada) e LPs vinil (para os mais endinheirados e saudosistas). Essa compilação merece ser ouvida e bem guardada. Vale à pena.
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música
carlossmaciel@yahoo.com.br

sábado, 9 de outubro de 2010

HOLGER, UMA GRANDE SURPRESA INDIE POP NACIONAL.



Olá, andei ouvindo uma banda que tem uma sonzeira bem legal! Essa banda é a Holger. Bem, para quem está acostumado a cena indie e até mesmo pela música que eles executam, pode até pensar que é uma banda inglesa, mas nada disso, os meninos são de São Paulo. Guitarra crua com poucas notas em algumas músicas (mas contagiante), bateria sincopada e segura, o vocal bem colocado. Pois é, na realidade, surpreendente! O Holger, depois de passear pelo underground paulista, finalmente, lançou o tão esperado álbum: “Sunga” é o nome do petardo. Os músicos já passaram por algumas bandas paulistanas como: Cagedream e Efeito Colateral. O som deles lembra um pouco Wilco, Broken Social Scene, Animal Collective e The Killers. O Holger caminha um pouco pela suavidade folk, sem sair e nem estar exatamente dentro dela. A música, em alguns momentos pode até parecer simples, só que é cheia de energia, nada  mirabolante, mas isso não quer dizer que não seja muito interessante. Na primeira audição, você pensa que está ouvindo uma daquelas bandas que saem dos pubs londrinos para penetrar nas rádios indies mundo a fora. E já falando das músicas do álbum, que bacana ouvir os arranjos de “Caribean Nights”, a canção tem um “q” de estrada, vento e relaxamento para terminar numa catarse sonora bem chapante. Outra que chama a atenção é “Who Knows” bem diferente, dançante, cheia de energia juvenil. Bem, não vou ficar aqui falando faixa por faixa, porque senão eu teria que falar de “Eagle”, “No Brakes”, “She Dances” etc. e também vale lembrar que o disco saiu pela Trama http://tramavirtual.uol.com.br/ e é de graça, então baixe e aproveite bem. Eu achei o disco formidável, cool!

Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música
carlossmaciel@yahoo.com.br                  

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

THE ASTEROIDS GALAXY, O SOUL EXPERIMENTAL DA DINAMARCA

O melhor soul - pop é americano e ponto final. Bem, isso é o que todos dizem. Só que em outras terras esses estilos funcionam, e muito bem. A banda The Asteroids Galaxy é da Dinamarca e tem uma boa qualidade musical. Quando eu digo “boa qualidade musical’ isso quer dizer que os arranjos são bem elaborados, as letras idem e coisa e tal. A banda The Asteroids Galaxy tem no album “Fruit” muitos momentos maravilhosos, encaixados na cena soul music. A T.A.G. é liderada pelos vocalistas Mette Lindberg e Lars Iversen (baixo e guitarra). O som da banda é meio psicodélico e já arrebata um monte de fãs na internet. Ok, vamos ao disco: o album começa com uma faixa que só pelo título já causa polêmica “ Lady Jesus”. Uma música de difícil audição, bem psyco mesmo, cheia de nuances de vocais “ambient”. Depois viaja na sonoridade de “Sunshine Collin” com uma boa levada de bateria e tecladoe para não ficar só nisso, vale também o destaque para a canção “Golden Age” que é bem cool além de outras como: “Sattellite”, “Bad Fever”, “The Sun Ain´t No More” (a música mais retrô do disco) e “Inner City Blues”. Para que voce consiga digerir tudo que a banda oferece é necessário muitas audições. Os vídeos são pra lá de psicodélicos, e se nada te atrair, pelo menos a beleza de Mette Lindberg vai fazer a diferença. Have a good experience, man!

Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música

carlossmaciel@yahoo.com.br

domingo, 1 de agosto de 2010

BRANDI CARLILE, LANÇA GIVE UP THE GHOST

@carlossmaciel


Hoje eu vou falar de Brandi Carlile, se você não é adepto da música folk americana vai ficar perguntando: quem é essa garota? Mas ela está em seu terceiro disco “Give up the Ghost” (antes havia lançado em 2005 – o auto-intitulado, Brandi Carlile e em 2007 – The Story) e não é só isso, ela é também rock, balada, pop... Carlile une a sua experiência anterior quando tocou com dois irmãos gêmeos Tim e Phil Hanseroth, para construir uma carreira solo de quem sabe o terreno que pisa. O seu talento como compositora fez com Elton John dissesse que “Brandi, tem uma grande carreira pela frente, e a sua voz é maravilhosa” e para não ficar apenas nas palavras, ele faz dueto com ela em “Caroline”.


Ao ouvir essa sensacional garota, você percebe a sua criatividade através dos mixes de grandes harmonias, piano, guitarra solos e arranjos de cordas que com muita sensibilidade, ela já havia feito no disco “The Story” , principalmente na canção “My Song” que é uma prova do que digo e já no “Give up the...” a música “Pride and Joy” comprova que ela realmente sabe o que faz. O álbum “Give up the Ghost” foi gravado no lendário estúdio em que aconteceu a gravação do The Doors e Led Zeppelin juntos, portanto inspiração não faltou no Sunset Sound in Hollywood. Um dos destaques do cd é “Dreams”, esta canção tem uma energia muito boa e logo nos primeiros toques do violão, a voz dela parece soprar cada palavra ao vento, para depois dar o seu recado com mais pulsação.

Ouvir Carlile numa tarde-noite sem muita coisa para se preocupar, é uma ótima pedida. E a moça não pensa só na música não, ela criou e dirige a "Looking Out Foundation" que oferece auxílio para outras organizações que cuidam de pesquisas, desde os diabéticos nos Estados Unidos, a American Diabetes Association, programas de fome como a United Nations World Food Programme, e até da saúde global, a Global Health. Portanto, Brandi Carlile esbanja talento na música e fora dela. Ah, antes que eu esqueça, o Give up the Ghost" foi lançado no ano passado, 2009, lá nos EUA. 

quinta-feira, 3 de junho de 2010

SERGIVAL E AS COISAS DO CAÇUÁ


SERGIVAL E AS COISAS DO CAÇUÁ



Qualquer um que olhar a cara de Sergival sabe que ele é um nordestino. Sua fisionomia parece de um vaqueiro saindo do sertão seco com seu aboio “tocando” o gado. Se você pensa que é só isso, acredite, é puro engano. Da veia desse sergipano surge um dos melhores discos que representam o povo desse lado do Brasil. A capa do álbum “SERGIVAL e as coisas do caçuá” é uma criação do artista Helvinho, tão cheia de arte como o intérprete do disco. Sergival é autêntico no seu jeito de cantar, de compor suas canções falando dos costumes naturais do povo. As pérolas guardadas em cada faixa fazem com que você imagine as cenas vivenciadas por aqueles que caminham por essa terra cheia de magia e simplicidade. É a história um povo sofrido, mas que independentemente disso preserva a arte e alegria de viver. A poesia versada na mais pura linha melódica se transforma numa rica obra musical se fazendo presente no forró, no xote, no baião, no maracatu, no repente de viola e em outros ritmos nordestinos. As coisas guardadas no rico “caçuá” do intelectual Sergival (é membro do MAC – Movimento de Apoio Cultural Antonio Garcia Filho em Sergipe) traduzem a emoção desse defensor da cultura nordestino e como ele mesmo diz: “... Sou apaixonado pelo meu sertão. De aboiar o gado, isso nunca deixo não” (trecho de SEMPRE BOIADEIRO com participação de Dominguinhos). Já em “NOTÍCIAS DO NORDESTE” Sergival convida a todos para visitar e ver a beleza dessa terra “Por isso eu digo para o povo brasileiro. Antes de ir para o estrangeiro visitar outra nação. Venha pra cá conhecer o tal Nordeste. Companheiro se avexe, valorize o nosso chão.” O disco é uma produção independente e conta com as participações de: Quartinha (zabumba), Maestro Muskito (violão), Mestre Sabáu (voz), Waltinho (acordeom), Ari Collares (pandeiro), Alcymar Monteiro dentre outros. Não posso fechar este texto sem dizer que a obra de Sergival pode estar sim na prateleira daqueles que apreciam o som de Cátia de França, Quinteto Violado, Alceu Valença, Zé Ramalho, Luiz Gonzaga... por isso desejo a você, um bom deleite sonoro!



Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música de qualidade

carlossmaciel@yahoo.com.br

domingo, 30 de maio de 2010

CARMEM MANFREDINI & TANTRA. O ROCK POP BRASIL

carmem manfredini-capa O nome dela é Carmem Manfredini, se esse sobrenome te lembra alguém, você está certo, é a irmã de Renato Russo que lançou, no ano passado, o seu primeiro disco “Carmem Manfredini & Tantra – O Fim da Infância”. O album é pop rock (também não poderia ser diferente ou poderia?).  O Tantra trabalhou com Renato Russo e essa experiência trouxe um bom resultado para a sonoridade do grupo, a capa do disco lembra os discos dos anos 70 (muito bonita). O álbum começa com o rock “Luz do Dia”, segue com a leveza de “Mar nos Olhos”, depois “La Strada” dá o toque pop com precisão e suavidade, “Supernovas” tem algo parecido com o rock de 60/70, “Parábola Blues” poderia estar num disco do Pato Fú, “Riviera” mostra a influencia Beatles na musicalidade do grupo, o som de “Novembro” é bem pop, já “Outro Eu” é um rock blues de qualidade, a música “Virgem” é da Marina Lima, ficou mais pesada, com mais guitarra que a original, “Dançando em Silêncio” como o titulo diz é bem dançante, “Out of Time” e Rocky Raccoon (música dos Beatles que já havia sido gravada por ela e grupo em 2008 para o projeto “Álbum Branco” em homenagem a lendária banda inglesa) fecham o cd. Bem, só pra resumir, é um bom disco, letras bonitas, um rock pop direto que vai alimentar aqueles que bebem dessa fonte e se você espera um disco parecido com a “Legião Urbana”, por Carmem ser irmã do Renato, esqueça, a banda tem muita personalidade, mesmo sabendo que eles – o Tantra - eram os músicos de apoio nos shows da banda brasiliense que deixou muita saudade. O Tantra é formado por Fred Nascimento (guitarra), Gian Fabra (baixo), Carlos Trilha (teclado) e Lourenço Monteiro. A produção do disco ficou com o Carlos Trilha. Que sejam bem-vindos!

Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música

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terça-feira, 25 de maio de 2010

ROBERTA CAMPOS, VARRENDO A LUA




@carloss maciel

Estava eu nas minhas pesquisas/escuta e derrepente me encontro com a voz singela, suave e cativante de Roberta Campos. Essa mineirinha tem um 'quê' de doçura no timbre vocal que mostra o quanto é grande o seu talento. Compõe e produz as próprias músicas, e por isso vai “Varrendo a Lua” buscando a “Felicidade” “Aqui, Ali”  “De Janeiro a Janeiro”. Ela sabe aparar as arestas de cada música com uma mestria de quem sabe o caminho que está percorrendo.

Varrendo a Lua (Roberta Campos)

As influencias musicais da menina atravessa o Clube da Esquina e chega até Joni Mitchell, Bob Dylan e Roberto Carlos, então se percebe que o Rock, a MPB e o Folk são suas estradas preferidas. O álbum “Varrendo a Lua”(Deckdisc) tem “Para Aquelas Perguntas Tortas” música-título do seu disco anterior e uma pérola composta por Marcio Borges e Lô Borges, que já foi gravado por Milton Nascimento em 2003 “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, onde ela faz uma interpretação cheia de sentimentos e pureza.

Nando Reis e Roberta Campos - imagem internet

O Nando Reis faz dueto na música “De Janeiro a Janeiro” e nessa canção, não há necessidade de se fazer muitos comentários, porque está simplesmente maravilhosa “Vou te amar de janeiro a janeiro até o mundo acabar...” diz a letra da canção e com razão. Bem, estes são alguns dos destaques do álbum da mineira de Caetanópolis que uma mostra ser uma grata descoberta para a música brasileira.

Pois é, a Roberta Campos é mais um talento escondido nesse imenso Brasil. O curioso é que o disco está disponível nos três formatos: CD, vinil e digital. Vale a pena dá uma escutada. Abra os ouvidos para a nova MPB!
http://www.myspace.com/robertacampos

Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música de qualidade.
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

POUCA VOGAL, UMA VIAGEM PELA MÚSICA POP-ACÚSTICA.

Quando um artista tem qualidade no que faz, não importa se ele faz um trabalho com banda, duo ou solo. Ele sempre vai procurar um caminho que seja o complemento daquilo que realiza. Humberto Gessinger fazia parte do Engenheiros do Hawaii e nenhum fã poderia acreditar que aquela banda tão completa, tão legal, iria acabar tão rapidamente (digo isso pensando em outras que continuam a correr estrada: Titãs, Capital Inicial, Raimundos ...), deixando os amantes da sua música, meio órfãos. Só que Humberto seguiu carreira, continuou a compor, fez shows com outros caras e assim foi... Mas agora, parece que finalmente conseguiu achar o parceiro certo. A junção dele com Duca Leindecker está perfeita e a prova disso é o CD e DVD ao vivo, gravado em Porto Alegre. Eles demonstram ter uma sincronia perfeita e o acompanhamento das músicas pela platéia, durante o show, prova isso. Bem, falando sobre o disco, ele é uma mistura de músicas inéditas com outras consagradas. A abertura do álbum se dá com “Depois da Chuva” – essa música tem uma pegada pop acústica muito boa, foi composta pelo duo e tem uma letra interessante (“amanhã, talvez esse vendaval faça algum sentido/ dá pra se dizer qualquer coisa sobre todo mundo”) para logo em seguida Humberto lembrar os tempos dos Engenheiros do Hawaii, cantando “Até o Fim” (dos Engenheiros, ele também gravou “Refrão de Bolero”, “Somos Quem Podemos Ser” e “Toda Forma de Poder”). As músicas cantadas pelo parceiro Duca Leindecker (ex-Cidadão Quem), lembra o timbre do Humberto Gessinger. Já as músicas cantadas pelo parceiro Duca Leindecker (ex-Cidadão Quem), que lembra o timbre do Humberto Gessinger, parece de alguem que está junto ha muito tempo. As canções “Música Inédita”, “Na Paz e na Pressão” são muito legais, mas outra que me chamou a atenção foi “Girassol” (“Nunca olhei pros lados, pra não perder a direção [...] deixe o sol bater na cara, esqueça tudo que lhe faz mal / deixe o sol bater no rosto, que aí o desgosto se vai”) que tem um arranjo bem pop e seguro. No CD/DVD tem 20 músicas e só pra resumir: Este disco do Pouca Vogal é um álbum que entende a importância da harmonia, e a sensibilidade parece flutuar nos dois artistas no desfile de cada canção e é um disco pop harmonicamente perfeito, se não chegaram lá, eu penso que eles estão no caminho, vamos agora esperar o próximo. O show de Porto Alegre contou com algumas participações especiais: Luciano Leindecker Quince e Baixo Acústico | POA POPS: Regência e Cravo Fernando Cordella | Violinos Márcio Cecconello (spalla), Fabiano Cordella, Vinícius Nogueira, Tiago Ribas, Fabrício Basso | Viola Gabriela Souza | Arranjos de Orquestra e Violoncello Tiago Kreutzer | Contrabaixo Diogo Lima | Oboé Solo Javier Balbinder.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O ROCK INSTRUMENTAL DA BANDA PATA DE ELEFANTE

A música instrumental da banda gaúcha Pata de Elefante é cheia de energia e me faz lembrar os bons tempos em que eu parava para ouvir Hendrix, Stanley Clark, Robert Johnson e outras feras. Hoje não tenho a mesma freqüência de audição, outros sons dividem o espaço. O que eu posso dizer desse pessoal que se dedica a fazer música instrumental no Brasil é que são heróis, afinal de contas estão sempre no underground, tocando para poucos, mais selecionadíssimo público. Mas vamos ao disco: o rock bem dosado da banda vem com influencias do blues, do soul e do folk e mostra uma banda experiente e bem resolvida na sua proposta de transpirar alegria. O lançamento do álbum “Na Cidade” pela Trama mostra uma linha sonora pujante, celebrada com riffs de guitarra dando a largada na maioria das faixas, sem, no entanto precisar explodir solitariamente cada instrumento, por ser um mix de influencias das quais eu citei no inicio, não há uma definição única para o som que eles fazem, mas alimentam muito bem aqueles que gostam de instrumentalismo, principalmente se for levar em conta a qualidade do cd que é muito boa. Não há uma única faixa em que você possa destacar exatamente como a melhor, pois eles conseguem passar sinceridade em todas elas e concordo com o título da faixa “Diga-me com quem andas e direi se vou junto” e nesse caso pode segui-los, é uma boa companhia.  A banda Pata de Elefante iniciou a carreira em 2002 e lançou o primeiro álbum homônimo em 2004, para em seguida lançar o premiadíssimo “Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha” (2008) de lá pra cá vem participando em diversos festivais, dentre eles o Abril Pro Rock (Recife) e Calango (Cuiabá). A formação da banda é: Daniel Mossmann (guitarra – baixo), Gabriel Guedes (guitarra- baixo) e Gustavo Telles (bateria), o álbum “na Cidade” pode ser baixado gratuitamente e legalmente no endereço http://tramavirtual.uol.com.br/.

domingo, 11 de abril de 2010

BILL CALLAHAN - LANÇA O TERCEIRO ÁLBUM SOLO

O americano Bill Callahan, é um daqueles caras talentosos que vale à pena você tecer alguns comentários. Antes conhecido por Smog, ele já havia adquirido o respeito de público e crítica por mais de uma década. Agora na sua carreira solo, Bill  demonstra sensibilidade e criatividade no universo folk, indie, experimental, ambient; algumas de suas canções faz lembrar Johnny Cash ou até mesmo Lee Harlezwood e os mais modernos Pulp, Cat Power entre outros. No ano passado fiquei tentado a comentar o cd "Sometimes I Wish We Were An Eagle" onde músicas como " Eid Ma Clack Shaw" "Rococo Zephyr" e "Too Many Birds" não saiam do meu Ipod, mas por falta de tempo, acabei esquecendo de escrever;  só que neste mês com o lançamento do terceiro disco " Rough Travel For A Rare Thing", não me contive e vou logo dizendo o cara é influenciado pelo som de  Bob Dylan, e daí que a qualidade musical fica indiscutível - Bill Callahan é o pioneiro do estilo lo-fi (low fidelity) o som é de acordes simples, baseada numa estrutura repetitiva. A sua música parece fazer parte daquelas obras tranquilas, meio viajandona, com ambiências bem próprias, algumas experimentações que incorporam um pouco de neo-psicodelismo na sua voz um tanto grave. Em certos gestos o seu estilo linear de fazer música soa de uma modernidade incrível. O álbum "Rough Travel..." segue a mesma linha musical do anterior "Sometimes...", algumas faixas de longa duração: "The Well- 9'04"; "Rock Botton Rise-7'10" e "Our Anniversary-7'12" que não causam nenhum desconforto para aqueles que gostam de faixas com menor duração.Destaques para a ótima "Bowery" e também "Diamond Dancer". Para não esquecer, o primeiro álbum foi  "Woke On a Whaleheart"(2007). Boa escuta para todos!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

BASIA BULAT, UM TALENTO DA INDIE CANADENSE

A folk music teve o seu auge nos anos 70 no século passado, quando Bob Dylan, Joan Baez, Simon & Garfunkel, lançaram grandes hits pelo mundo a fora, depois deles, alguns nomes se destacaram, mas nem tanto; mas isso não significa que esse estilo deixou de produzir grandes músicas e grandes artistas. E a prova disso é o lançamento para o dia 26 deste mês, pelo menos oficialmente do cd de Basia Bulat, “Heart of My Own” pela Secret City Records. Ela, além de ser uma cantora sensacional, também é multi-instrumentista (desde os três anos já queria tocar piano, sua mãe é professora do instrumento). Canadense de Toronto lançou em 2005 o EP auto intitulado Basia Bulat, que teve alguns hits executados em rádios do Canadá e USA; em 2007 conseguiu um contrato com a Rouge Trade Records e colocou no mercado o consagrado álbum “Oh, My Darling”, do qual foram retiradas as canções “Little Waltz” usada em um comercial da Wolksvagem Australiana e “Before I Knew” usada num comercial da marca de automóvel Subaru, além de “In The Night” considerada pela mídia dos dois países como uma das melhores músicas daquele ano. A partir daí a talentosa Basia, vem firmando o seu nome nesse panteão de singer-songwriter, O seu segundo disco, ela afirmou no seu site, que foi inspirado na sua última turneé. O disco é denso, com muita bateria ditando o ritmo das músicas, basta ouvir “Go On”, que abre o cd e você já sente todo o clima que percorre o álbum, em seguida o ritmo fica ameno com “Run” e “Sugar and Spice” para em seguida ganhar a energia de  “Gold Rush” – escolhida como primeira música de trabalho; destaque também “Walk You Down” e “Heart Of My Own”. Ouvir violinos, piano e autoharpa e um instrumento chamado ukelele, faz deste disco uma boa pedida para aqueles que gostam do som produzido pela música folk. Para não esquecer, a pronúncia da assinatura dela é ‘Buwat’. Dê uma passadinha pela home page de Basia, baixe gratuitamente “Gold Rush” e deixe os pássaros te guiar para os outros links. http://www.basiabulat.com/.
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música.
carlossmaciel@yahoo.com.br

THE RADIO DEPT, O SOM QUE VEIO DA SUÉCIA


Lá nas terras frias da Suécia, um pequeno grupo de garotos em 1995, sonhava em serem estrelas pop e por isso, começaram a traçar os primeiros passos da longa caminhada. Em 2003, The Radio Dept. com o seu cd “Lesse Matters”, cheios de guitarras flutuantes e um incrível vocal meio sussurrado, já demonstrava que este caminho para o sucesso seria curto. Desse disco foram lançados alguns maxi-singles e EPs. A fama estava ainda restrita aos blogs e sites especializados – o mundo da internet proporciona essa diferença de mídia, que antes os artistas não tinham – e Johan Duncanson (líder da banda) e Elin Almered (velhos amigos de escola) souberam aproveitar muito bem esse espaço - apesar de não se saber se ele está ou não na banda nos dias atuais -; na formação de hoje consta o Martin Larsson e Daniel Tjäder. O trabalho do The Radio Dept. vem centrado no indie pop e no shoegaze (ritmo que surgiu na Inglaterra nos anos 80) tem influencias diversas, desde Frank Sinatra, Chet Baker até Joy Division e Pet Shop Boys entre outros. Em 2006, eles lançaram “Pet Grief” e agora quatro anos depois está com o álbum “Clinging to a Scheme”. A música “Domestic Scene” abre o álbum, como uma preparação light para a faixa seguinte “Heavens On Fire”, um som mais ensolarado, logo depois vem “David” (primeiro single de divulgação), um synth-pop que lembra a atmosfera sintética do álbum “Pet Grief”. Uma estranheza no cd é a faixa “Never Follow Suit” que não se define se é um reggae ou é um eletro, alguns denominaram como eletroreggaezer, o que fica mais estranho ainda, já que não existe esse estilo. Mas não se assustem com isso, é que nos últimos tempos tenho procurado ouvir algo realmente novo e penso que os “indies” têm algo mais a oferecer. Mesmo assim acho que The Radio Dept. representa muito bem a nova música pop sueca e com esse disco, ele se apresenta pronto para novas audiências. No site da banda http://theradiodept.com/ (em inglês) tem downloads, fotos dentre outras cositas.
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música
carlossmaciel@yahoo.com.br

sábado, 3 de abril de 2010

BANDA GENTILEZA, POP-INDIE-ROCK-MPB DE CURITIBA


Olá pessoal, depois de alguns dias “fora” do mundo internético-pesquisador, (se não existe essa palavra, ela acaba de ser inventada) eu estou de volta  desta vez “passeando” por sons brasileiros e independentes ou indie - como querem alguns. Bem, lá pras bandas de Curitiba, uma moçada bem diferente, multicolorida, vem mandando uma mistura de milhões de coisas e que no final sai um som bem legal; o nome deles? Banda Gentileza. 

De cara, a apresentação dessa moçada no myspace diz que eles são seis artistas que costuram valsa, música caipira, bolero, leste europeu e samba com fio do rock. Para aqueles que gostam de navegar nessas praias alternativas, é uma boa sacada, principalmente, levando em conta o que povoa nossos cérebros e ouvidos no dia a dia nas emissoras de rádios, então quando pinta algo novo (e eu tenho a mania de buscar ser diferente (apesar de algumas vezes, parecer igual) é hora de se comemorar. Então você pode ficar pensando – Ué! é tão diferente assim? Pois é, na verdade não é tão diferente, apenas segue uma linha fora do que o mercado propõe - que são aquelas batidas iguais as outras complementadas com letras piegas, que não preciso nem citar os conteúdos e assim por diante. 

A Banda Gentileza, que em alguns momentos parece com Pedro Luís e A Parede, Lenine, etc., (não sem razão o produtor deles é o Plínio Profeta que já trabalhou com todos os citados e mais Lucas Santana, Tiê, O Rappa, dentre outros) conta com músicos competentíssimos (os seis tocam 16 instrumentos) e a poesia de Heitor Humberto (Voz, guitarra, violino e cavaquinho) que fica latente em todo o álbum, com impressionante qualidade - coisa um pouco rara na música atual. O resultado é que ao escutar o disco deles, fica difícil rotulá-los em qual estilo eles são mais presentes. Mesmo assim com toda a mistura, o rock continua a dominar a maior parte do bom disco de estréia, talvez, quem sabe, eles tapem o buraco deixado pelos Los Hermanos. 

A formação da banda: Artur Lipori :: trompete, guitarra, baixo, kazuo; Diego Perin :: baixo, concertina; Diogo Fernandes :: bateria ; Emílio Mercuri :: guitarra, violão, viola caipira, ukelele, backings; Heitor Humberto :: vozes, guitarra, violino, cavaquinho; Tetê Fontoura :: saxofone, teclado e para finalizar: o bom é que você pode baixar o disco gratuitamente no site http://www.rocknbeats.com.br/download-discos-independentes/bandagentileza/ e fazer a sua própria avaliação.


Fonte: Carlos Maciel, professor, radialista e apaixonado por música - carlossmaciel@yahoo.com.br

VOLVER - O ROCK QUE VEM DE RECIFE



Recife não é apenas a terra de belas praias, do frevo e nem só do manguebeat, por lá rola muito rock’n’roll e com um detalhe: de qualidade, a prova disso é o som cheio de energia da banda Volver. 

Com uma sonoridade anos setenta, eles surgiram em 2003 com a idéia de fazer o que desse na cabeça de cada um. O site espanhol Power Pop Action, escolheu o disco “Canções Perdidas Num Canto Qualquer” (2005) como o disco do ano e chegaram a colocar a música “Você Que Pediu”, entre as melhores do ano naquele país. A contemporaneidade do som da banda ficou mais latente no segundo e ótimo disco “Acima da Chuva”, lançado em 2008, mas eles continuam a divulgá-lo, pois para gravar um disco independente e com qualidade, demora... e é deste disco que vou tecer alguns comentários. O trabalho é um pouco parecido com Los Hermanos, tem umas letras bem feitas, um instrumental seguro e lembra também The Strokes, Travis... A linha rock e pop agrada muito, principalmente pela pegada da guitarra e bateria que juntas vão atravessando cada estrofe como uma avalanche, dando energia a cada faixa. O indie rock “Pra Deus Implorar”, uma das obras verdadeiras do rock nacional em todo o seu andamento, tem várias versões no www.youtube.com, e uma que achei muito boa foi à acústica que foi gravada numa esquina de rua. O disco tem “Tão Perto, Tão Certo”; “Dia Azul”; “A Sorte” e “Acima da Chuva” como destaques principais. Outra coisa que vale comentar: a capa do disco “Acima da Chuva” é umas das mais bonitas que vi nos últimos anos. 

A banda disponibilizou todo o álbum no site www.volver.com.br. e você ainda poderá ver alguns clips no http://www.myspace.com/volverbrasil. A formação de Volver é a seguinte: Bruno Souto (vocal e guitarra); Fernando Barreto (baixo); Zeca Viana (bateria) e Kleber Croccia (guitarras). Vale à pena dar uma sacada nesse novo rock nacional.

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