Normalmente quem gosta e escreve sobre música tem - em alguns momentos – a sensação de que quase nada será lançado de novidade que venha o surpreender (eu às vezes penso assim). Mas, nessa semana assistindo o filme “Amor a Distancia” (Going the distance) descobrir uma banda de um som bem interessante, The Boxer Rebellion. Eles fazem a trilha principal do filme; embalando o par romântico Drew Barrymoore e Justin Long. A banda é inglesa e é formada por um americano (Nathan Nicholson, vocalista), um australiano (Todd Howe, guitarrista) e dois ingleses (Adam Harrison, baixista e Piers Hewitt, baterista). Eles começaram no ano de 2001 e logo em 2003 lançaram o “The Boxer Rebellion EP” (sem muita repercussão na mídia de Londres). Um álbum inteiro mesmo, só veio a ser lançado em 2005. Com o lançamento de “Exits”, eles já se mostravam como uma boa alternativa na cena musical londrina. Por ser uma banda de rock alternativo, o caminho para gravar se torna sempre mais difícil e por isso o segundo disco só pintou em 2009, mas com um ótimo resultado, o “Union” deu a eles o prêmio Best Alternative Album do iTunes. O caminho para acontecer começou a se abrir e desse disco foi retirado o single “Flashing Red Light Means Go”. Outra música que me chamou a atenção foi “Misplaced”, aqui a influência do Sigur Rós (banda da Islândia) é muito grande. O falsete fica bem parecido com o de Jósin (vocal -Sigur Rós). Com um som bem pra cima e seguro, o The Boxer Rebellion já abriu show para Lenny Kravitz, Editors e outras bandas famosas. O terceiro disco se chama “The Cold Still”, tem como primeiro single a ótima “Step Out Of The Car” e será lançado em fevereiro - as músicas desse álbum já vêm sendo tocada pela banda nos seus shows. O estilo vai continuar sendo o mesmo dos álbuns anteriores, com uma pegada rock que lembra Editors, Broken Social Scene e Animal Collective. E quanto ao filme que projetou a banda por aqui, é apenas uma comédia romântica sem muito compromisso, para dar muitas risadas e só (para mim valeu pelo som do TBR). O que resta é torcer que 2011 seja um bom ano para a música, grandes promessas devem pintar por aí.
Bye, até a próxima!
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música
carlossmaciel@yahoo.com.br