ÓTICAS SOL - O olhos iluminam a vida!

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

THE BOXER REBELLION, UM BOM SOM DO UNDERGROUND INGLÊS



Normalmente quem gosta e escreve sobre música tem - em alguns momentos – a sensação de que quase nada será lançado de novidade que venha o surpreender (eu às vezes penso assim). Mas, nessa semana assistindo o filme “Amor a Distancia” (Going the distance) descobrir uma banda de um som bem interessante, The Boxer Rebellion. Eles fazem a trilha principal do filme; embalando o par romântico Drew Barrymoore e Justin Long. A banda é inglesa e é formada por um americano (Nathan Nicholson, vocalista), um australiano (Todd Howe, guitarrista) e dois ingleses (Adam Harrison, baixista e Piers Hewitt, baterista). Eles começaram no ano de 2001 e logo em 2003 lançaram o “The Boxer Rebellion EP” (sem muita repercussão na mídia de Londres). Um álbum inteiro mesmo, só veio a ser lançado em 2005. Com o lançamento de “Exits”, eles já se mostravam como uma boa alternativa na cena musical londrina. Por ser uma banda de rock alternativo, o caminho para gravar se torna sempre mais difícil e por isso o segundo disco só pintou em 2009, mas com um ótimo resultado, o “Union” deu a eles o prêmio Best Alternative Album do iTunes. O caminho para acontecer começou a se abrir e desse disco foi retirado o single “Flashing Red Light Means Go”. Outra música que me chamou a atenção foi “Misplaced”, aqui a influência do Sigur Rós (banda da Islândia) é muito grande.  O falsete fica bem parecido com o de Jósin (vocal -Sigur Rós). Com um som bem pra cima e seguro, o The Boxer Rebellion já abriu show para Lenny Kravitz, Editors e outras bandas famosas. O terceiro disco se chama “The Cold Still”, tem como primeiro single a ótima “Step Out Of The Car” e será lançado em fevereiro - as músicas desse álbum já vêm sendo tocada pela banda nos seus shows. O estilo vai continuar sendo o mesmo dos álbuns anteriores, com uma pegada rock que lembra Editors, Broken Social Scene e Animal Collective. E quanto ao filme que projetou a banda por aqui, é apenas uma comédia romântica sem muito compromisso, para dar muitas risadas e só (para mim valeu pelo som do TBR). O que resta é torcer que 2011 seja um bom ano para a música, grandes promessas devem pintar por aí.
Bye, até a próxima!

Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música
carlossmaciel@yahoo.com.br

sábado, 1 de janeiro de 2011

CHIARA CIVELLO E O NOVO ÁLBUM “7752”.



Chiara Civello, provavelmente você nunca tenha ouvido falar nesse nome, mas se você é daquelas pessoas que prestam atenção aos encartes dos discos ou tenha o DVD “N9ove” da Ana Carolina com várias participações (Maria Bethania, Zizi Possi...) você tenha ouvido ou visto essa italiana juntamente com a brasileira, cantando a música “Resta”. Chiara começou a carreira em 2005 com o disco “Last Quarter Moon” e em 2007 lançou “The Space Between” os dois discos com influências jazzísticas e blues. No seu mais recente disco “7752”, o título é uma alusão à distancia New York e Rio de Janeiro, ela desfila uma série de músicas que fizeram sucesso com Ana Carolina e talvez pelo fato de metade delas ter a co-assinatura, parecem versões dos sucessos do disco da mineira. No álbum tem “I Didn’t Want” (Mais Que A Mim) que no disco dela, a Ana toca guitarra acústica e não só nessa mas em todas as 11 faixas do cd, por aqui foi sucesso duo de Ana e Maria Gadú, isso sem contar as faixas “Dimmi Perche” (10 minutos), “8 Storie” (8 Estórias), todas elas muito tocadas nos show da Ana.  Isso sem contar que a canção “Um Uomo Che No Sa Dire Addio” do gaúcho Antonio Villeroy (compositor da maioria dos sucessos de Ana Carolina) foi o primeiro single do álbum “7752” na Itália. Agora, apesar de a Carolina achar Chiara talentosa (também concordo), o álbum, por aqui, ficou um pouco datado devido as canções principais já serem conhecidas do público brasileiro, isso não tira muito o mérito para este lançamento. No disco Chiara canta em italiano, inglês e português na ótima faixa bônus “Simplesmente Aconteceu” dela e de Dudu Falcão. E penso que essa mistura de línguas parece mais uma forma de agradar “gregos e troianos”, talvez se ela definir uma língua para interpretar suas composições ela consiga mais sucesso. Numa avaliação geral é um bom disco de jazz, bossa nova e afins, ela é afinadíssima e toca piano muito bem. Mas nada de extraordinário, apenas elegante! O interessante é que por ser um disco de um selo independente (Armazém) e ter uma distribuição discreta da Sony Music, e também por ter sido o primeiro produto do selo de Ana Carolina, não causou grande impacto na imprensa brasileira. As emissoras segmentadas não deram a importância merecida nesse disco, talvez mais tarde, quem sabe. Por aqui um cantor estrangeiro só vira estrela se pintar com um hit numa novela, coisas do Brasil.
Bye e até a próxima!
Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música.
carlossmaciel@yahoo.com.br

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