ÓTICAS SOL - O olhos iluminam a vida!

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sexta-feira, 23 de março de 2018

O vigor do rock de Humberto Gessinger em "Ao Vivo Pra Caramba - Revolta dos Dândis 30 anos"

Divulgação

@Carlosmaciel

O gaúcho Humberto Gessinger, já pode ser considerado um dinossauro do rock? Afinal de contas, são mais de 30 anos de carreira, contando a fase na banda Engenheiros do Hawaii. É, sem dúvida, um dos maiores nomes do rock nacional. O tipo de artista que independe de modismo, segue o seu caminho na mesma construção criativa do início da carreira, sempre com bons discos e shows surpreendentes. 

Foto: Carlos Maciel
O seu novo disco solo, o CD/DVD "Ao Vivo Pra Caramba - Revolta dos Dândis 30 anos", foi gravado durante uma apresentação em Porto Alegre, no ano passado. Nesse trabalho, ele traz alguns dos seus grandes sucessos, como: "Filmes de Guerra, Canções de Amor, "Até o Fim" e "Piano Bar". Um dos principais álbuns da sua carreira "Revolta..." tem suas 11 canções tocadas na íntegra - um ótimo momento para matar a saudade dos fãs. "Terra de Gigantes", "Infinita Highway" "Refrão de Bolero" e "Além dos Outdoors" são alguns dos clássicos desse importante disco.

No álbum tem participações especiais de Carlos Maltz (timbales e voz) e Nando Peters (baixo). O time que acompanha Humberto nas turnées, são os músicos Rafael Bisogno (bateria, percussão e voz) e Felipe Rotta (guitarra, violão, bandolim e voz). O artista produziu todas as 17 faixas e contou na direção do show com o Pietro Grassia (que já trabalhou com artistas como Lulu Santos, Djavan...)

Nessa gravação, Humberto apresentou quatro canções inéditas. "Das Tripas Coração", uma canção bem no estilo folk, leve e meio melancólica. As outras três, "Pra Caramba", "Cadê?" e "Saudade Zero", seguem o mesmo caminho. São músicas no formato "banquinho", numa linha mais acústica. A música que fecha o disco é a pop "Alexandria", composição dele e de Tiago Iorc.

O CD/DVD

1- Revolta dos Dândis - parte 1

2- Infinita Highway / Até o Fim

3- Quem Tem Pressa Não Se Interessa

4- Vozes / Terra de Gigantes

5- Desde Aqueles Dias

6- Além dos Outdoors

7- Guardas da Fronteira

8- Refrão de Bolero / Piano Bar

9- Filmes de Guerra, Canções de Amor

10-A Revolta dos Dândis - parte 2

11-Das Tripas Coração 

12-Pra Caramba

13-Saudade Zero

14-Cadê?

15-Pose

16-Faz Parte / Vida real

17-Alexandria

Saudade Zero - Humberto Gessinger

Das Tripas Coração - Humberto Gessinger

Pra Caramba - Humberto Gessinger

Cadê? - Humberto Gessinger




terça-feira, 20 de março de 2018

40 ANOS DE A COR DO SOM – DISCO COMEMORATIVO

Divulgação

@Carlossmaciel

Podcast - https://www.spreaker.com/user/9620829/a-cor-do-som-40-anos

O grupo A Cor do Som - a parte instrumental que acompanhava os Novos Baianos -,  foi formado em 1977, completa este ano 41 anos de carreira, entre idas e vindas. Referência do pop nacional, teve sua formação original até 1981. Para comemorar essa data, a banda lançou no dia 16 de março nas plataformas digitais, o álbum intitulado “A Cor do Som - 40 anos”. O disco, gravado durante o ano passado, vem recheado de participações seletas, duas músicas inéditas e mais duas outras que, apesar de compostas por membros da banda, não haviam sido gravadas por eles.

A música de abertura é a inédita “Somos A Cor”, essa canção fala da nossa mistura de raças “Vim da mistura de toda raça / eu quero a massa brasileira / vou no compasso / da vida eu traço / uma alegria verdadeira”. A outra, também inédita, é “Sonhos de Carnaval”, uma composição de Armandinho (arranjo) e Fausto Nilo (letra). Esta última, tem uma letra ensolarada, com batida caribenha e roqueira.

Como não poderia ser diferente, a banda reviveu os hits que embalaram os muitos fãs ao longo desses anos. Gilberto Gil participou de “Abri a Porta”, a banda mineira Roupa Nova deu mais suavidade a “Alto Astral”. Enquanto “Zanzibar” teve o vocal de Samuel Rosa do Skank. Para o reggae “Swingue Menina”, eles convocaram Lulu Santos. Ainda falando das participações especiais, A Cor do Som teve a voz de Djavan para a “Alvo Certo” – esta música está no disco de Dadi Carvalho e uma composição dele e do seu filho, André Carvalho, foi gravado em 2005 para o selo japonês Rip Curl Recordings. O cantor carioca Moska participou de um dos maiores sucessos do grupo: a ótima “Magia Tropical”. O estilo mineiro de Flávio Venturini casou perfeitamente em “Eternos Meninos”, que ficou parecendo uma música do 14 Bis. A última participação foi da banda brasiliense Natiruts na música “Semente do Amor”.

Foto - Drika Santos (facebook)
Complementando as 14 canções do álbum, tem outra música que eles ainda não haviam gravado em disco do quinteto:“Sou Volúvel”. Esta canção tem como compositores Arnaldo Antunes, Marisa Monte e Dadi Carvalho, e foi gravada por Arnaldo em um disco lançado em 2013.

Com produção do Ricardo Feghalli, Armandinho (guitarra, bandolim e guitarra baiana), Ary Dias (percussão), Dadi Carvalho (baixo), Gustavo Schroeter (bateria) e Mú Carvalho (teclado), o álbum comemorativo “A Cor do Som - 40 anos”, é distribuído pelo selo Altofalante, além de CD/DVD, sai também em vinil. O projeto inclui turnées no Brasil e exterior.

A banda já gravou 10 LPs, um CD e um DVD e já recebeu vários prêmios no Brasil.

Videos:


Alto Astral - feat. Roupa Nova


Alvo Certo - feat. Djavan


Abri a Porta - feat. Gilberto Gil


Swingue Menina - feat. Lulu Santos


sexta-feira, 16 de março de 2018

Mural das Parteiras, em Itapetinga, "conta" sua história para professores e alunos da UESB e Colégio Batista

Foto: Carlos Maciel


@Carlossmaciel

A relação entre protagonismo, feminismo e empoderamento feminino é o tema de "Mural das Parteiras" - arte criada pelo artista plástico Roney George, exposta permanente na Fundação e Associação Cultural de Itapetinga (FACI) e tem mais de 9 metros de comprimento. Na manhã de quinta-feira (15/03), o artista recebeu alunos e professores da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e do Colégio Batista Pr. Samuel de Oliveira Santos, representantes da Secretaria de Educação e Cultura de Itapetinga e do NRE 08 (SEC), para uma generosa "aula" cultural. A representação de uma negra - Dona Roxa -, uma índia - Maria da Tranças - e uma branca - Dona Olímpia -, as primeiras parteiras de Itapetinga, mostrou o quão importante foram essas mulheres na formação da população da cidade, já que as mesmas foram responsáveis pelos primeiros partos de muitas crianças dos anos 30 aos anos 70 no município. Esses e outros fatos foram contados aos alunos, que além do mais fizeram perguntas correlacionadas a criação da obra.
Foto: Carlos Maciel
Também foram discutidas questões relacionadas as formas atuais de nascimento e da volta da escolha de muitas mulheres por partos naturais, não só no Brasil, mas em muitos países pelo mundo. Os professores Reginaldo Santos, Priscila, Wagner Brito, Inês e Leandra, ressaltaram a importância do mural como obra de arte para a cidade e de como a nossa história pode ser contada por meio de pesquisas e experiências pessoais. Antonio Maciel (Representante do depto. de Cultura Municipal da Sec. de Educ. e Cultura) e Sibele Nery (Coordenadora do NRE 08), relataram suas experiências e convívios com parteiras. Ele lembrou da sua avó, Maria das Tranças, e ela falou do seu próprio parto que aconteceu de forma natural na zona rural, onde residia.  Para Roney, a escolha do tema desse trabalho se deu pela sua percepção de que não havia uma referência a mulheres parteiras em nenhum lugar que ele conheça e pelo fato do mesmo vir ao mundo pelas mãos da sua vó, uma parteira. Segundo ele, esse esquecimento é grave, dado a proporção de representatividade dessas mulheres que "não escolhiam de quem deveria cuidar, independentemente da condição financeira ou social. Poderia ser uma prostituta ou uma mulher da alta sociedade, o tratamento era sempre igual e ter dinheiro ou não, não fazia diferença. Não havia pagamento e sim, se quisessem, elas davam um 'agrado' pelo serviço". 

O espaço continua aberto para visitação pública, com agendamento na própria FACI. A entrada é gratuita.

#Roney George - É artista plástico itapetinguense, com exposição de trabalhos na Itália, Portugal, Holanda, França, África do Sul,  e EUA.
https://www.flickr.com/photos/roneygeorge/ https://www.facebook.com/roney.george.9

Foto: Carlos Maciel

Foto: Carlos Maciel





quinta-feira, 15 de março de 2018

Trinca de Ases, um reunião das estrelas Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis

Divulgação


@Carlossmaciel


Quem conhece jogo de baralho sabe que uma trinca de Ases, é quando estão reunidas três cartas com o mesmo número. Agora imagine essa trinca na música quando três gigantes da MPB resolvem se juntar e criar um supergrupo. Foi o que fizeram Gilberto Gil, Gal Costa e Nando Reis. A ideia partiu depois deles se encontrarem em 2016 em Brasília, a convite do falecido jornalista Jorge Bastos Moreno,  para celebrar o legado e centenário de Ulysses Guimarães. Entre um papo e outro, a ideia virou um projeto. Segundo Nando Reis, naquele momento "surgiu uma faísca que nos deu vontade de continuar".

Reunião de artistas em projetos que se tornam históricos não é novidade na MPB. Basta lembrar de Doces Bárbaros (Gil, Caetano, Bethânia e Gal), O Grande Encontro (Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho), Tribalistas (Carlinhos Brown, Marisa Monte e Arnaldo Antunes) dentre outros. O Trinca de Ases seguiu esse caminho. Como amostra do que estava por vir, lançou a música "Tocarte" como single de estréia no ano passado. No álbum, mais duas músicas inéditas completam as 25 canções do show, são elas: "Dupla de Ás" e "Trinca de Ases". 

Divulgação
Sobre a música que deu nome ao grupo, Nando Reis disse: "Primeiro, muito lisonjeado de ser citado numa música escrita por Gil. Não só apenas no projeto, como eternizado nos versos dessa música do qual eu sou um personagem. Evidentemente, tudo isso é poético, claro que pelo fato de eu ser de uma geração diferente, mas estou bem longe de ser um menino com 54 anos. No entanto, ali tem toda essa questão que, no fim das contas, é mesmo um gracejo. O fato que música é um negócio atemporal, e vou te dizer: O Gilberto Gil é uma potência de energia."

Para Gil, o projeto é: "Nós três, uma pequena 'descrição-fantasia' do que somos nós três...". Gravado ao vivo, no repertório do show constam clássicos como ""Por Onde Andei", "Refavela", "Dois Rios" e "Barato Total". Uma das surpresas foi a interpretação de Nando Reis e Gal Costa na música "Lately / Nada Mais" do americano Stevie Wonder. No palco, eles tem o reforço dos músicos Magno Brito, baixista pernambucano e integrante da banda Sinara e de Kainan do Jejê, percussionista baiano.

Com turnées marcadas no Brasil e Europa - Lisboa, Porto, Amsterdam, Paris...-, o CD duplo e DVD já saíram pelo  selo "Multishow Ao Vivo" e as músicas estão disponíveis em todas as plataformas digitais.

1. Trinca de Ases (Gilberto Gil, 2017)
2. Dupla de Ás (Nando Reis, 2017)
3. Palco (Gilberto Gil, 1980)
4. Baby (Caetano Veloso, 1968)
5. All Star (Nando Reis, 2000)
6. Espatódea (Nando Reis, 2006)
7. O Seu Lado de Cá (Nando Reis, 1995)
8. Esotérico (Gilberto Gil, 1976)
9. Cores Vivas (Gilberto Gil, 1981)
10. Água-viva (Nando Reis, 2016)
11. Retiros Espirituais (Gilberto Gil, 1975)
12. Copo Vazio (Gilberto Gil, 1974)
13. Meu Amigo, Meu Heróis (Gilberto Gil, 1980)
14. Pérola Negra (Luiz Melodia, 1971)
15. Relicário (Nando Reis, 2000)
16. Refavela (Gilberto Gil, 1977)
17. Ela (Gilberto Gil, 1975)
18. Tocarte (Gilberto Gil e Nando Reis, 2017)
19. Dois Rios (Samuel Rosa, Nando Reis e Lô Borges, 2003)
20. Lately / Nada mais (Stevie Wonder, 1980 / Versão em português de Ronaldo Bastos, 1984)
21. Por Onde Andei (Nando Reis, 2004)
22. Nos Barracos da Cidade (Gilberto Gil / Liminha, 1985)
23. O Segundo Sol (Nando Reis, 1999)
24. A Gente Precisa Ver o Luar (Gilberto Gil, 1980)
25. Barato Total (Gilberto Gil, 1974)

Trinca de Ases

All Star












sábado, 10 de março de 2018

Tais Alvarenga, no ótimo álbum autobiográfico "Coração Só".



@Carlossmaciel


Geralmente no primeiro disco o artista caminha a procura de uma identidade. Muitas vezes, se percebe o quanto algumas influências estão impregnadas no trabalho. Em outros, na primeira escuta você vê a maturidade e a certeza de que esse caminho já está escolhido e pronto. No caso da cantora, compositora e pianista carioca Tais Alvarenga, vale as duas análises.

Sabe aquela história de influências que falei no início? Pois é, para ela, a banda inglesa Portishead, o cantor Anderson Paak e os franceses Camille e Woodkid fazem parte da sua história musical. O piano já a acompanha desde os seis anos de idade e é um componente principal no seu álbum. O primeiro disco, intitulado "Coração Só", que saiu do forno neste mês de março, apresenta o amor intenso - com suas particularidades sentimentais - e verdadeiro. 

"Esse Lugar" é a música que abre o disco, fala dos arranhões cortantes de uma separação com suas nuances - "Vai, já não cabe julgar a felicidade /Se é por vaidade ou sei o que lá /Você me procurar como se estivesse aqui." Em "Duna" tem um clima mais ensolarado e fala de recordações, de felicidades deixada pra trás... como um álbum que você vai olhando e percebendo as mudanças. O piano dá toda a dramaticidade necessária para a ótima "Pode Matar". Na faixa-título, ela canta em inglês e português, fazendo uma mistura de MPB e soul music de alta qualidade. O primeiro single trabalho e clipe foi a balada chapante "Você Se Enganou", lançado no ano passado.

Divulgação - Fonte internet
Sobre este disco autobiográfico, em uma das suas entrevistas, ela falou de amor e segundo ela: "O tempo do amor não é o tempo do mundo. Vivemos esse paralelo cruel, onde o tempo não para para esperar que a dor tenha tempo de se acomodar. Ter que tirar um amor do peito é ter que tirar um pedaço de si mesmo" E complementou que "O objetivo desse álbum trazer à tona as sensações mais extremas e até comuns - já que são tão humanas - desse abismo que é viver o amor e a frustração do seu fim prematuro".

A produção do álbum contou com Pupillo Oliveira, baterista da banda pernambucana Nação Zumbi. E ainda Carlos Trilha, instrumentista e produtor musical que trabalhou nos discos solos de Renato Russo, entre  outros. Saiu pela Sony Music e também está disponível nas plataformas digitais.

Sobre

Apesar desse ser seu primeiro álbum, Tais já carrega uma grande bagagem musical. Aos 18 anos participou de musicais dirigidos por Oswaldo Montenegro, é formada em voz e trilha musical para filmes na Berklee College of Music (EUA), participou de festivais de música pelos Estados Unidos. E também teve participação em álbuns da gravadora Heavy Rotation Records e de outros artistas ao redor do mundo. No Brasil, já gravou com Gabriel o Pensador e teve a composição "Ainda Penso" na trilha sonora na série global "Verdades Secretas".

"Você se enganou" - Taís Alvarenga

"Coração Só" - Tais Alvarenga




sexta-feira, 9 de março de 2018

Refugiados - novo clipe de Targino Gondim

@Carlossmaciel

As imagens podem estar sujeitas a direitos autorais
O cantor e compositor Targino Gondim, está com clipe novo da música "Refugiados" na sua página no youtube . Essa canção é a quarta faixa do disco "Amor que Apaixona", lançado do ano passado. A composição é uma parceria do artista com Otoniel Gondim e Paulo Marcondes. A música fala da trajetória e sofrimento dos refugiados ao redor do mundo e faz um paralelo com a diáspora do povo nordestino. O clipe tem a duração de 7:46, tem legenda em língua inglesa - para obter um alcance de entendimento mundial - e é cheio de fotos jornalísticas de guerras em muitos países.

Sobre esse trabalho, ele fala, no final do clipe, que durante as suas tournées internacionais, ele viu muitos desses refugiados deixados nos "cantos" e muitas vezes "abandonados" nos sentimentos mais simples do ser humano: amor, carinho e zelo ao próximo. Fala dos estrangeiros e ao mesmo tempo lembra que no Brasil, os nordestinos continuam a ser discriminados na arte ou em qualquer outro ponto. Segundo ele, essas discriminações foram cruciais no momento da composição. Um clipe com a intenção de provocar discussões sobre o tratamento dado aqueles que lutam contra todo tipo de perseguições e maus tratos.

Neste mês de março, nos dias 30 e 31, Targino comanda o festival de Forró de Itacaré, famosa cidade turística na Bahia. O artista falou que "vamos unir todos os atrativos da cidade e região ao nosso forró, com todos os seus artistas, sua alegria, suas cores e balanço". Quem for verá tudo isso e muito mais.


Refugiados - Targino Gondim


sábado, 3 de março de 2018

E a música pop se revigora no segundo disco do carioca Rubel

Divulgação

@Carlos Maciel


O seu primeiro disco, chamado "Pearl", foi gravado nos EUA - onde estava morando - e lançado na internet em 2013 - para audições de amigos - e assim começou a trajetória do carioca Rubel. Nele tem "Quando Bate Aquela Saudade",  O clipe da música já ultrapassou os 17 milhões de visualizações no youtube. Na sua volta ao Brasil encontrou muitas portas e janelas abertas para abrigar o seu som. Se no primeiro disco havia uma grande influência do folk da cidade Austin, sem perder a sua brasilidade, no seu segundo álbum "Casas", Rubel se mostra intimista e mais afeito ao sentimentalismo e aberto a novos sons.


O álbum, bem mais elaborado que o anterior, demonstra um artista cuidadoso com os detalhes nos arranjos que além de bases mais leves - já começa com uma linda introdução instrumental "Intro" de 0:53 -, tem  a modernidade eletrônica, o samba nas músicas "Casquinha" e "Sapato", a batida hip-hop de "Mantra" e "Chiste", com participações especialíssimas de Emicida e Rincon Sapiência, arranjos de cordas e sopros bem colocados, navegando tranquilamente pelas várias faixas do disco. Tudo isso dando um significado especial a esse disco.

Divulgação - imagem sujeita a direitos autorais

Se no primeiro disco ele foi econômico com apenas 7 faixas, neste último ele dobrou. Em outubro do ano passado saiu o primeiro single do álbum "Casas": a música"Colégio" conta um pouco da vivência de um aluno no dia a dia na escola "Toca /O sinal barulhento da escola /Onde dois sinos dobram /Eles tentaram esconder /No prédio novo, ela /Era uma nova dama / Ele era só qualquer um". Rubel consegue passar sua poesia com muita beleza e sinceridade. As letras refletem o seu momento durante o período de gravações e na sua página do Facebook, ele compartilhou com seus seguidores, como foi realizado o trabalho: "Nos últimos meses de vida do meu pai, morávamos na mesma casa. O quarto dele ao lado do meu. Meu som quase no volume mais alto. Ele me ouvia fazendo os últimos ajustes incessantes no disco, e dizia: solta logo isso! Tá pronto! Talvez por não aguentar mais ouvir as mesmas músicas repetidamente, ou talvez por acreditar genuinamente que elas já estavam prontas. Prefiro ficar com a segunda versão. Fui desobediente, como filhos às vezes tem que ser, e não soltei as músicas porque queria garantir que cada compasso fizesse jus a esse sonho em que vocês acreditaram. Eu fiz exatamente o disco que eu queria fazer. Obrigado por acreditarem nesse sonho. Obrigado mesmo." 



Eu sempre digo que a música brasileira se renova passando pelas beiras do mainstream, quebrando barreiras e achando o seu espaço. Pode parecer agulha no palheiro, mas ela vai está lá, mesmo que meio escondida. O disco saiu pelo selo Dorileo / Natura Musical e já disponível nas plataformas digitais.


"Casas - álbum completo



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