ÓTICAS SOL - O olhos iluminam a vida!

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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Com letras que falam de positividade, a banda Maneva lança o disco Caleidoscópio

Maneva - imagem internet


@carlinhosmaciel123

O reggae faz parte da cultura musical brasileira há muito tempo, o astro maior do estilo, o inesquecível Bob Marley, esteve passeando por essas pairagens nos anos 80 jogando futebol e cantando para amigos. Pena que na época não subiu aos palcos em nosso país. Mas se ele isso não fez, outros grandes artistas jamaicanos já fizeram. Esse pode ter sido o mote que fez o estilo explodir no país revelando grandes grupos e artistas desde então. E falando neles vou citar o Maneva, banda nascida em São Paulo e que vem lançando ótimos trabalhos, sendo o primeiro em  2009. 

Nesse ano, mesmo na pandemia, eles disponibilizaram o ótimo "Caleidoscópio". O som continua tradicional, as composições são para celebrar a vida, mesmo nesse estranho turbilhão que vive a humanidade.

Para este álbum o grupo homenageia Bob Marley e  conta com as participações de MC Hariel em "Banco de Areia".

 

E ainda há outros convidados como Di Ferreiro em "O Que Tem Que Ser Será", a rapper Cynthia Luz participa na faixa "Me Deixa" e o Natiruts na inspirada "Lágrimas de Alegria".  Está última é de uma sensibilidade e poesia no mais alto grau: "Só vou deixar você chorar de alegria/ Me deixa ser teu lar, teu sonho bom/ Te dar um céu da cor do teu batom".

Maneva - Facebook

Sobre a participação de Alexandre Carlo, o vocalista do Maneva Talles Polli disse "Natiruts é um presente para a música brasileira. Gravar com ele e Luís Maurício foi uma experiência maravilhosa. É uma forma de reverenciar o passado, já que "Presente de um beija-flor" foi a primeira música que tirei de ouvido, que cantei na escola. Que momento para nós. Que momento para a música. Honrado, grato e muito feliz mesmo".


Como agradecimento aos fãs do Maneva eles publicaram uma nota no facebook Aqui em que comemoram e falam da alegria deste novo lançamento.

domingo, 9 de maio de 2021

Antonio Maciel escreve sobre a emoção de assistir peça teatral online

foto: instagram


 @anttoniomaciel

A arte vestida de vida ou a vida vestida de arte? 


Quando você é convidado para assistir a uma peça teatral online, num primeiro momento imagina que não será algo tão interessante, pois estamos acostumados ao teatro existindo diante da plateia, com o coração do ator pulsando na sua frente. O ator  trocando energia com a público, e você  sendo tocado pela emoção, de forma direta. Aquela luz, aquele som, aquele olhar cruzando com o seu, nada pode substituir. Ledo engano. A última apresentação me fez refém, me hipnotizou  Já tinha assistido a outros espetáculos, inclusive um diretamente de Salvador, no mês de fevereiro, que me impressionou, sobretudo, como a tecnologia foi usada para trocar cenários, aproximar atores, atuando a distância. Gritei: Viva a tecnologia! Atores bons, direção belíssima! Gostei do espetáculo. Entretanto, na última semana, o diretor Marquinhos , de Itabuna, com quem tive o privilegio de trabalhar na montagem da peça  “Paixão de Cristo”, em 2017, naquela cidade, e já fez apresentação em Itapetinga, me enviou um convite para o espetáculo “Canção Para Uma Flor de Barro”, de sua autoria e que também assinava a direção.  

O trabalho começa com uma câmara focando alguém que olha pelo buraco, buscando algo, outras vezes, esse buraco parece  ser aquele lugar de onde olhamos como plateia, a miséria da vida, do mundo dos outros, como se nada tivéssemos com aquilo. Depois vem o textoa história... Tudo é um soco no estômago.  A peça dura cerca de quarenta minutos. O impacto que nos causa, parece um piscar de olhos. É tudo tão direto, tão duro, tão seco, que nos provoca asco à existência de um daqueles personagens, e vontade de cuidar e proteger aquelas vítimas. A plateia se manifesta através do chat (bate-papo), com aplausos, gritos e descrição de lágrimas. Mas é ficção! Bom seria, se fosse! É a vida vestida de arte ou a arte vestida de vida? Ficamos confusos, durante aquela apresentação. Vibramos pelo deleite artístico, mas sofremos ao pensar na realidade.  

O espetáculo conta uma história de exploração, machismo, dor, miséria. Fala de Ana, jovem de 23 anos, adotada por uma travesti doente (deficiente física, cega), que sofre preconceitos e não tem condições de trabalhar.  Ana, se entrega a um homem,  machista, que lhe maltrata, com a finalidade de ter um sustento para si e para a mãe adotiva. E, ao tentar sair daquele relacionamento abusivo, sofre ainda mais. E o final dessa história é bem conhecida. Ele lhe mata!  “O espectro de Ana vaga, questiona, esperando todas as respostas para compreender por que morreu. Nessa busca, ela descobre que todos são manipulados e manipuladores, disse o autor e diretor Marquinhos .  

No final, nos apresenta a triste estatística do Brasil, como quinto país em mortes violentas de mulheres no mundo, e que mais de 250 mulheres foram vítimas de violência domestica por dia, durante o isolamento social até o momento.  Nos choca saber que uma mulher é morta a cada nove horas, e que o Brasil registra uma morte por homofobia a cada 16 horas. E para concluir, a palavra, escrita, como um grito: Chega! E nos juntamos a esses que gritam: Chega!! 

A peça conta com os talentosíssimos atores Alex Francis, Rafael de Souza e a grande atriz Larissa Profeta, que também é interprete da canção para a peça, escrita por , com arranjo de Adilson Nascimento. A produção é  do Teatro de Experiência Grapiúna.


Diretor e autor Marquinhos Nô

 Atores Larissa Profeta, Alex Francis e Rafael de Souza (instagram) 

Última noite do Festival de Inverno Bahia (FIB) foi marcado por muita alegria, emoção e público infantil pela primeira vez no FIB

Jão, Ana Castela e Seu Jorge na última noite do FIB - Foto: Laecio Lacerda   @ Non Stop Music   O domingo (25/08) amanheceu diferente por se...