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sábado, 7 de julho de 2012

CÍCERO E SUAS "CANÇÕES DE APARTAMENTO"





Meu papo de hoje é sobre "Canções de Apartamento". Ora, será que tem essa coisa específica para um determinado lugar? Você criar músicas diretamente para um determinado espaço? Eu diria que não, mas tem alguns que poderiam livremente dizer que sim. Agora, para um momento especial... até que cabe sim. Mas independentemente de sim ou não, eu vou falar do disco de um novo cara nesse universo MPB. O nome dele é Cícero. Carioca, que antes deste trabalho solo, fazia parte da banda de rock Alice (muito conhecida na cena indie do Rio de Janeiro e que acabou em 2009). O disco lançado por ele se chama “Canções de apartamento (2011)". Com letras intimistas e confessionais, o álbum passeia numa vertente MPB contemporânea com uma qualidade muito legal, tanto nos arranjos quanto nas letras. Não é difícil tecer comentários sobre esse disco quando você percebe que o cara cita em suas letras nomes como: Caetano Veloso, Tom Jobim, Braguinha. Assim, é desnecessário dizer das suas ótimas influências musicais.

O disco cria um clima de tranqüilidade, muito bom para um dia leve. Cícero, consegue fazer do simples, algo grandioso. Analisando um pouco as letras, vamos começar com “João e o Pé de Feijão” ele diz que “Ninguém soube que ele foi morar longe, ninguém soube/ Não foi ponto feriado ou desconforto pra ninguém/ Diz a lenda, que ele trocou suas certezas por alguns sonhos mágicos” e isso é uma coisa que acontece com muita gente. Outra letra interessante é em “Eu Não Tenho Um Barco, disse a Árvore”, nessa canção ele conta um pouco do “deixar pra depois” e que todo mundo faz em algum tempo da vida “Deixa pra depois / O que já não precisa esperar / E tudo que não deu pra consertar / Por culpa do depois / Não tem jeito não / A gente sempre espera piorar / A gente sempre deixa de cuidar / Do que já tem na mão.” 

O lado sentimental explode em “Açúcar ou Adoçante”, o artista pede que a pessoa “Entra pra ver como você deixou o lugar/ E o tempo que levou pra arrumar aquela gaveta/ mas tira o sapato pra entrar/ cuidado que eu mudei de lugar algumas certezas/ pra não te magoar.”, e também na músicas que eu escolhi como as melhores faixas: “Ensaio sobre ela”, essa música lembra o estilo Los Hermanos, o arranjo é primorosamente denso e o vocal soa meio tristonho “Eu nem vi quando você espetou sua casa aqui / quando você espalhou seu suor em mim, ameno e mesmo assim/ Eu nem vi quando você acordou as cortinas/ descobriu meu quintal”, já na linda “Tempo de Pipa”, ele discute o fim de um relacionamento num formato bem poético sem ser piegas “Eu vou te acompanhar de fitas/Te ajudo a decorar os dias/Te empresto minha neblina/Vamos nos espalhar sem linhas... / Mas tudo bem/O dia vai raiar/Pra gente se reinventar de novo”. O álbum é completado com “Vagalumes Cegos”, “Cecília e os Balões”, “Laiá, Laiá”, “Pelo Interfone” e “Ponto Cego”.
capa do álbum - (Divulgação)
Os arranjos trafegam do folk, a bossa nova, e ainda samba canção. Cícero teve a companhia de Paulo Marinho (bateria) e de Bruno Schulz (acordeon/piano/coro). O disco já alcançou mais de 100 mil downloads desde que foi disponibilizado e comemora neste mês de Julho, um ano de lançamento, é indicado para aqueles que têm afinidades com as músicas de Milton Nascimento, Paulinho Moska, Los Hermanos e Caetano e, claro, é para se ouvir com atenção, detalhadamente. 




Áudio - cd integral


Carlos Maciel
carlossmaciel@yahoo.com.br




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