Tivemos o "retorno" de alguns "dinossauros" com discos sensacionais e também novidades que começam a trilhar um belo caminho nessa área musical. Não irei dizer que "este" ficou em primeiro ou qualquer outra colocação. Estarei apenas nomeando os discos que mais me chamaram a atenção ou que eu tenha escutado mais vezes em meu iPod. Esta lista de apenas 11 discos nacionais, até que poderia ser maior. Nos próximos dias estarei postando a minha escolha internacional.
Okay vamos a eles:
DISCOS NACIONAIS
* Caetano Veloso (Abraçaço) - Fechando a trilogia com a banda Cê desde o lançamento de 2006 (Cê) e o outro em 2009 (Zil e Ziê) e também para comemorar suas sete décadas de vida. Caetano mais uma vez mostra que continua contemporâneo e criativo. Não foi um disco de músicas radiofônicas, e sim um disco de Caetano Veloso. Gostar ou não é apenas um detalhe.
* Filipe Catto (Entre Cabelos, Olhos e Furacões) - O disco foi o resultado de um show realizado na capital paulista desse gaúcho multi-instrumentista (pianista, violinista) com voz marcante, num timbre que lembra Ney Matogrosso, mas com muita personalidade. Suas músicas tem um "q" cinematográfico.
* Cícero (Sábado) - Quando lançou o cd "Canções de Apartamento" em 2011, a crítica especializada ficou esperando qual seria a próxima "dose" de Cícero. Nesse ano, o disco "Sábado" trás um rapaz mais despretencioso mas ao mesmo querendo criar um conceito musical diferente. Instrumentalmente o disco é melhor que muitas das letras. Cícero disponibilizou o disco na net (não é novidade entre os independentes) e nos detalhes, é um disco interessante.
* Moska ((Muito Pouco Para Todos) - Esse disco do Moska é um resumo da sua carreira de 20 anos. Ao vivo, ele passa toda a energia de um cantor - compositor que tem a dimensão da sua arte pontuada em canções certeiras e arranjos sensacionais. São 26 faixas (no cd, apenas 16) que contam a trajetória musical desse artista carioca.
* Dom La Lena (Ela) - Essa garota tem um trabalho interessante. Bem conceituada lá fora (shows em Portugal, Canadá, Espanha, França, Marrocos, Itália, Suíça e Estados Unidos). A gaúcha Dom La Lena tem uma voz doce e intimista, toca violoncelo e tem formação clássica. O disco tem treze canções compostas por ela em português e espanhol. Atualmente ela mora na França. Considero um dos destaques do ano.
* O Rappa (Nunca Tem Fim) - Depois de 5 anos sem um disco de inéditas, o Rappa teve tempo suficiente para lançar, nessa levada de ano de protestos sociais pelo país, mais um disco com a temática social, como mote principal. Se tratando do Rappa não poderia ser diferente. É um disco para você dançar e também para prestar bastante atenção nas suas letras. Valeu a pena esperar tanto tempo.
* Jota Quest (Funky Funky Boom Boom) - O Jota Quest trouxe algo de diferente? Seria o que muito perguntariam. Não, não trouxe, mas em compensação continua seguindo a sua linha de black pop music com competência. Nesse disco contou com a participação de Nile Rodgers (Chic) nas faixas "Mandou Bem" e "Imperfeito" e vai seguindo seu caminho.
* Vanguart (Muito Mais Que O Amor) - Essa banda goiana de folk rock com rarissímas execuções em rádios - apenas em segmentadas - agrada a um público seleto e vem trilhando seu caminho desde 2002, participando em festivais pelo Brasil à fora. Assim como todos os independentes, sabe o quanto é dificil chegar "lá". O álbum "Muito Mais Que O Amor" teve música em novela da Globo - "Meu Sol" trilha de Além do Horizonte - e isso fez com a banda se tornasse conhecida para um outro público. Apesar do repertório da banda contar com músicas em espanhol, inglês e português, este último disco priorizou a nossa língua. Esse talvez tenha sido o diferencial para este disco ter sido tão premiado por vários sites este ano.
* Guilherme Arantes (Condição Humana) - Parece que Guilherme Arantes voltou aos anos 80. "Condição Humana", seu 22º disco e primeiro totalmente independente (lançado por sua gravadora), foi bem aceito por público e crítica. O álbum mostra um cantor - compositor discutindo assuntos que envolvem aspectos sociais, emoções, amores e desilusões. Neste disco ele busca juntar o "velho" com o "novo". Tem participações especiais de alguns nomes da nova MPB como: Tulipa Ruiz, Tiê e Marcelo Jeneci. Apesar de nunca ter parado, ele "voltou" afiado!
* Marcelo Jeneci (de Graça) - Ao lançar "Feito Pra Acabar" em 2010, Jeneci percorria o caminho da felicidade e nesse novo trabalho parece que ele o encontrou. O disco "De Graça" é uma ruptura do álbum anterior. Enquanto "Feito Pra Acabar" era mais simples, mais suave, neste novo disco Jeneci mostra-se mais "sujo", mais "eletrônico". O lado instrumental das músicas tem caminhos mais longos e isso cresceu em muito este álbum, talvez venha da junção de produção do Kassin e do Adriano Cintra com os arranjos do Eumir Deodato.
* O maranhense Phill Veras, me foi "apresentado" pela amusicoteca.com.br em 2012. Escutei com muito carinho e atenção o EP "Valsa e Vapor". Naquele instante, depois de muitas audições, percebi que estava diante de uma promissora revelação para a música brasileira. veio o ano de 2013 e isso se confirmou com o lançamento deste que considero um dos melhores discos do ano passado. A "Gaveta" que o Phill abriu, deixou escapar um álbum simples mas ao mesmo tempo de uma sensibilidade musical surpreendente. Com letras poéticas de um artista que sabe o que diz e já mostra identidade própria neste que é seu segundo álbum. Não destacar aqui destacar alguma faixa desse ótimo disco, pois não seria justo. A cada audição você descobre algo novo. Que novas "Gavetas" se abram e faça despontar os novos segredos musicais de Phil Veras.
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