Phill Veras chega ao seu terceiro álbum intitulado "Carpete". Este disco faz parte de uma trilogia que começou com "Valsa e Vapor" em 2012 e logo em seguida veio "Gaveta" 2013. Neste disco, Phill mostra toda a sua sensibilidade em letras que se encaixam perfeitamente nos novos timbres da sua música. Usa elementos leves que ora parecem mais orgânicos e em outros mais eletrônicos. Ele coloca os tambores do música maranhense, sua terra natal, para marcar algumas das canções e deixar fluir outros sons entranhados nos fios do "Carpete" a serem descobertos a cada audição desse seu novo disco, já disponibilizado pelo site amusicoteca.com.br gratuitamente.
É uma boa pedida dessa nova música brasileira.
É uma boa pedida dessa nova música brasileira.
O disco tem oito belas composições, são elas:
1- Sorriso ao sono
2- Falsa canção sã
3- Eu sim
4- Taquicardia
5- Meu vão
6- Cala
7- Canto
8- Fundo
Vídeo: Taquicardia
Depois
de experimentar suas composições entre valsas, vapores e gavetas, Phill
Veras chega em sua trilogia cheio de sons e texturas formando um Carpete
de tramas orgânicas preenchidas de poesia. Em seu terceiro álbum solo, o
jovem maranhense desperta-se para novos timbres e formas de guiar suas
letras.
Com
uma pesquisa partindo dos vários tambores e percursões de São Luis,
Phill se reconecta ao seu local sem deixar de ser universal em suas
intenções. Dentro de seu universo de estórias e verdades, sua concepção
de unidade reuni fios delicados e tensos formando uma envolvente trama
que estampa seu Carpete.
Carpete começa na canção de seu álbum
anterior. “Bela”, música que finaliza o disco “Gaveta” de 2013 já
apontava um recomeço ou uma nova forma de continuar. As camadas de
timbres que parecem eletrônicos geram uma ilusão de sobreposições de
vozes orgânicas e mais de uma ambiência dentro do mesmo enredo, algo que
acontece de forma maximizada neste novo
trabalho. O disco abre sua seleção com uma linda comemoração de
tambores, um tom bastante característico na cultura popular das
tradições maranhenses. Em seu percurso de aplicações de instrumentos
orgânicos o centro do Carpete recebe sua mais delicada e reforçada trama
de sutilezas e espaços, deixando para o seu fim as possíveis e variais
sonoridades resultantes que podem dar acabamento às suas linhas bordadas
até então. Com um pouco mais de sensibilidade e ousadia, Phill já nos
presenteia com seu mar de possibilidades para sua longa trajetória na
música.
Há também fibras de puro ouro neste
novelo de referências. A produção musical é assinada por Adnon Soares,
uma figura representativa na atual cena maranhense que assina outras
grandes revelações locais nas mais variáveis vertentes musicais, muitas
delas lançadas aqui mesmo na musicoteca além do próprio Phill, também: Soulvenir e Hermes. Para ilustrar a arte gráfica física e digital do álbum, o autor também convidou seu amigo e artista plástico, Lucas Maciel,
que foi responsável pela personificação da obra. Para completar o time
de maranhenses trazidos por Phill Veras, as fotografias de capa e de
divulgação são assinadas por Fernanda Cuenca. E a arte gráfica é minha
(rs), também a convite!
Carpete é uma síntese de diferentes
sons, timbres, pessoas e amores que podem formar a vida de qualquer um
de nós. Uma comemoração ao diverso, ao próximo passo, ao reconstruir, ao
continuar. Uma verdade que convence pela poética modernista e o
descompromisso com o não experimentado. Um recorte do norte sobre um
mapa maior chamado de música brasileira.
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