Novo mural (lateral da escada) - Composição em homenagem a Lênio Braga -
criação livre de Roney George
Foto: Carlos Maciel
@Carlossmaciel
Desenvolvendo um trabalho de expansão das suas obras, o artista Roney George entregará no próximo dia 8 de junho, em Itapetinga - Bahia, dois novos murais. Desde o início do ano, ele vem recuperando duas obras criadas pelo artista Lenio Braga (1931-1973) nos anos 60, no Edifício Juvino Oliveira. Dentro desse conceito o artista resolveu fazer mais dois murais. Um deles, a partir das obras de Lenio, em homenagem, e o outro uma criação própria em que apresenta o próprio artista.
A viabilidade de entrega desses murais contou com o patrocínio das empresas Óticas Sol e CEOQ, através do dr. Jivago Nascimento Queiroz, um entusiasta pelas artes e apoio da Secretaria de Educação e Cultura de Itapetinga. Obra - Murais em homenagem a Lenio Braga Local - Edifício Juvino Oliveira Cidade - Itapetinga - Bahia Quando - 8 de Junho / 2018 Horário - 19h
Foto: Carlos Maciel
Foto: Carlos Maciel
Foto: Carlos Maciel
#Roney George - baiano de Itapetinga, artista plástico, cenógrafo; exposições na Holanda, Itália e Portugal; trabalhos apresentados também na França, EUA e África do Sul.
Se na família tem músicos, obviamente que formar uma banda, seja ela até mesmo para uma única apresentação ou mesmo uma série de concertos, fica mais fácil. Essa fórmula pode muito bem ser atribuída a quem nada mais tem a provar na música brasileira: Caetano Veloso. Ele tem essa família "dentro" de casa. Então juntou os filhos e concretizou um sonho que já vinha rolando há três anos. O nascimento da ideia foi a partir de um show no Sesc - São Paulo, numa série intitulada Pais e Filhos, em que ele se apresentou com Moreno.
Tudo planejado, partiu para convencer os outros filhos, Zeca e Tom. Como os meninos são músicos, a banda estava formada. De todos eles, o que menos se sentiu confortável com o estrelato foi Zeca, mas isso é outra história. O caminho seguinte foi escolher o repertório para o show que no inicio era intitulado "Caetano, Moreno, Zeca e Tom - Veloso" e que mais tarde se transformou em "Ofertório". Essa etapa não deve ter sido muito fácil, pela riqueza e enormidade de composições de Caetano.
imagem sujeita a direitos autorais
O disco, denominado "Ofertório", depois de várias apresentações em grandes palcos, saiu. No repertório tem desde "Alegria, Alegria" (primeira do álbum) a "Leãozinho". Uma das surpresas é "Alexandrino", um funk no piano de Zeca Veloso, que gosta da sonoridade do estilo, assim como também da batida de música pop do rádio.
Como é um trabalho de família, também entrou composições dos filhos. Moreno trouxe "Um Canto de Afoxé Para O Bloco do Ilê", Tom, "Clarão", enquanto Zeca compôs e cantou a linda "Todo Homem", que faz parte da trilha da série "Onde Nascem Os Fortes" da Rede Globo.
"Todo Homem" - Zeca Veloso
Se tem músicas conhecidas como "Força Estranha", "Reconvexo" e "Trem das Cores", a opção foi mais de cantar canções, tipo lado B, como: "A Tua Presença Morena", "Genipapo Absoluto" e "Alguém Cantando".
Ao ouvir discos como esse (um verdadeiro ofertório musical), a gente não deve ficar numa audição única e sim, ouvir várias vezes para se deleitar com músicas que se renovam, independentemente de quando foram criadas, "de modo que o espírito ganhe um brilho definido, e que [...] espalhe benefícios (adaptação de Oração ao Tempo)". Caetano, em umas das suas entrevistas, disse: "Que nossa aventura familiar contribua na construção do Brasil".
O DVD/CD, que foi lançado na sexta-feira, 28/05, tem 28 músicas divididas em 1 hora e 30 minutos e já pode ser ouvido em streaming no Spotify, Apple Music, Deezer e similares.
Arnaldo Antunes lança o seu 11º disco de inéditas, e o título tem referência as cinco últimas letras do nosso alfabeto "RSTUVXZ". É um álbum temperado com samba e rock. A parceria principal que o artista escolheu foi do também ex-Titãs Paulo Miklos. É o tipo de obra que já tem a cara de Arnaldo, isso não deixa dúvida, sendo ele um dos mais criativo e contemporâneo artista brasileiro.
O artista chega com esse disco depois da bem sucedida volta dos Tribalistas. Para quem lançou o primeiro disco em 1993 (Nome), ele até que demora entre um lançamento e outro, mas a cada disco ele mostra o mais do mesmo, não no sentido pejorativo, mas na consistência do trabalho, seja nas letras e nos arranjos, fugindo daquilo que a mídia costuma colocar "como radiofônica". Segundo o cantor, o título tem haver com "r" de rock e "s" de samba, já o resto, seja o que quiser.
Ele resumiu o álbum dessa forma: "Pelo sabor das coisas recentes que venho compondo, dentro ou próximas do universo do samba, e pelo desejo de voltar a cantar rocks mais pesados, rápidos e berrados, concebi esse repertório de fricção, um tanto bipolar, alternando sambas e rocks, acentuando seus contrastes mas também possíveis afinidades. Em vez de separá-los em blocos, preferi expor os curto-circuitos das transições, revezando faixas dos dois gêneros"
foto - Marcia Xavier
Na abertura do álbum a música "A Samba" (primeiro single do disco), tem o molejo do mais puro e genuíno estilo da nossa música. Cheia de cadência, tamborins e afins. Como ele disse, a próxima é um rock pesado, "Se Precavê", que poderia tranquilamente entrar no repertório dos Titãs. A última canção é quase "Tribalistas". "Orvalhinho do Mar" é fruto da parceria com Marcia Xavier (inclusive participa dos vocais), é suave e leve como as marolas, quase um acalanto, fugindo do estilo rock e samba das demais. A única faixa que não é inédita é "Pense Duas Vezes Antes de Esquecer", já havia sido gravada por Marcelo Jeneci e também por Ortinho.
Os parceiros letristas, além de Paulo Miklos, foram Marisa Monte, Cezar Mendes, Preto da Serrinha, Pedro Baby, Carlinhos Browns, André Lima,, Brás Antunes (seu filho), Marcelo Fromer e a portuguesa Carminho. Os vocais tiveram participações de Liniker, Anelis Assumpção, Marcelo Jeneci e Celeste Antunes.
O lançamento do álbum aconteceu no dia 25 de maio, e para tirar suas dúvidas, saca o disco nas plataformas digitais e beba dessa fonte que não para de jorrar criatividade.
Se o trânsito te incomoda por ser muitas vezes lento, outras vezes violento, isso é normal, natural. Não há muito o que se fazer. Agora vamos esquecer dessas cositas e pensar em música. "Em Trânsito" é o novo álbum de Lenine. Buscando fazer um disco mais cru, o artista pernambucano usa a forma mais caótica, como se fosse o trânsito, para mostrar a sua inquietação diante das coisas. Para a gravação desse novo trabalho resolveu usar periféricos analógicos para captar o som que desejava. A vertente é tradicional mas a roupagem é moderna. É preciso admitir que é preciso coragem, quando muitos querem mesmo é encher de efeitos mirabolantes, tudo muito bem encaixadinho. Mas o genial Lenine, não fica muito nesse "sim, sim", e continua livre, leve e solto, fazendo o que dá na telha e está tudo certo.
"Lenine em Trânsito (ao vivo)" tem 10 faixas que já estão disponíveis nas plataformas digitas. O projeto é do novo show do artista, teve uma apresentação para convidados no Imperator (casa de espetáculos) no Rio de Janeiro e dele foi convertido em disco. Subvertendo a lógica, ou seja, pós o show sai o disco e no caso dele, foi o contrário. Apesar de primar pelo analógico, o artista põe a dose certa na construção dos arranjos primorosos para as canções. O resultado é um misto de energia ("Sublinhe e Revele") e delicada suavidade ("Lua Candeia"). As músicas "Lá Vem a Cidade", do Labiata e "Virou Areia", do In Citè, ganharam versões maravilhosas. Talvez esse seja o seu disco mais rock and roll.
Foto: rogerio von kruger
O artista teve a colaboração dos integrantes da sua banda: O seu filho Bruno Giorgi (produção e guitarra), Jr. Tostoi (guitarra), Guila (baixo) e Pantico Rocha (bateria). A eles foram apresentadas as melodias e letras na forma mais crua, sem nem mesmo o violão.
O sétimo disco de inéditas de Lenine, será também disponibilizado em formato CD, com lançamento programado para 1º de junho e o DVD sai em 1º de agosto. O cantor vai lançar também vinil. O curioso é que o artista falou que cada um formato terá uma narrativa única.
Divulgação - CD
A capa do álbum tem arte gráfica, também analógica, criada por Bruno Tavares e Lisa Arkman, foi feita em cianótipo, processo químico de impressão em tons azuis que antecedeu a fotografia moderna, tendo sido descoberto na Inglaterra em 1842.
Visando concretizar sonhos, muitas vezes as pessoas criam dúvidas por quais caminhos devem seguir para perceber que podem realizá-los. O início pode parecer difícil, e isso é perfeitamente natural. O cantor, compositor e músico Vitor Mariá provou dessas experiências e encontrou o seu caminho.
O artista nasceu em Itapetinga - Bahia, e começou tocando zabumba e percussão em bandas e com artistas locais como o saudoso Dom Fontinelli - autor de músicas gravadas por Adelmário Coelho, Flávio José, e outros. Para alçar novos voos, partiu para Salvador, capital do estado.
Foto: (Facebook)
Com postura independente e mostrando originalidade em seu trabalho, Vitor Mariá resgata a essência do forró pé-de-serra, ritmo centenário elevado a primeira grandeza da música brasileira por Luiz Gonzaga. O seu primeiro disco é chamado de "Raízes", é como se ele contasse sua própria história e mostrasse o desejo de fazer chegar o seu som da forma mais agradável para quem quisesse ouvir. As suas influências musicais vão principalmente de Dominguinhos, por ter sido um cantor que primava pela harmonia, passam por Luiz Gonzaga e chegam até o forró de Targino Gondim.
"Raízes", tem oito músicas nos seus 38 minutos do mais puro forró. A canção "Carolina (Vitor Mariá)" é quem dá a receita inicial do disco: muita malemolência e o convite para a dança. "Onde Está Você (Zezum)" faz a ponte para "Tenho Sede", um clássico de Dominguinhos e Anastácia. O forró universitário é apresentado em "Sem Querer (Vitor Mariá / Daniel Novaes). Para homenagear Dom Fontinelli, o cantor gravou a linda "Por Onde Andas (D. Fontinelli / Mahatma Costa). A sexta música "Preciso do Teu Sorriso (João Silva / Enock)", é um xote bem romântico. Uma das obras primas da MPB, o baião "Sanfona Sentida (Dominguinhos / Anastácia)" ganha uma versão mais leve, sem perder a originalidade. Uma das mais belas músicas do disco ficou para o final: "O Que O Poeta Não Falou (Vitor Mairá / Daniel Novaes)", segundo Vitor, fala dele mesmo, pois conta a história de alguém que se descobre em lugar "estranho" e "longe de casa não é nada fácil / não sobra tempo para brincar".
O processo de concepção do disco contou com a participação de amigos: Cleriston Cavalcante (direção, arranjo e guitarra), Jorge Bazz (baixo), Mahatma Costa (sanfona), Koala (percussão em 'Tenho Sede') e Luiza Cavalcante (backvocal).
Bem, as raízes estão aparecendo e prometem bons frutos para os próximos anos. É bom para dançar e delicioso para ouvir. O disco é uma produção independente e além do CD, também já está disponível em todas as principais plataformas de streaming.
Juá da Bahia, lançou mais um disco voltado para as tradições juninas, ou seja, forró da mais alta qualidade. Cantor e compositor, o artista baiano de Itapetinga, começou em igrejas no seu início de carreira, lá pelos anos 70, desde então construiu sua carreira na música lançando, na sua maioria, discos autorais . Passeia com muita propriedade pela MPB e pelo mais autêntico pé-de-serra. Nos últimos anos, tem lançado discos de covers da MPB, Jovem Guarda, além dos dedicados ao forró nordestino.
Foto - (Facebook)
O CD intitulado "Amar, Amar" foi lançado originalmente em 2013, é um álbum duplo com participações de amigos cantadores. No disco, que chamarei de nº1, todas as composições são de Juá. O disco abre com a música que dá nome ao álbum e como o próprio título diz: fala de amor, de esperança, de reconquista e de entrega a uma paixão, sem avaliar o preço a pagar. A primeira participação é de Targino Gondim, no xote "Vem Mais Eu". Para a música "Folia Nordestina", o convidado foi Ari PB da banda Cacau Com Leite. O seu filho André Sertão, divide os vocais em "Teu Passado Não Importa".
O forró ritmado de "Terra Forte", em homenagem aos vaqueiros, tem a participação de Edgar Mão Branca, e fechando participação no disco 1, tem Netinho do Forró em "Valeu Boi".
No disco nº 2 (Forró Pé de Serra), Juá chamou Adelmário Coelho para "Dona do Meu Coração". Já em "Dê Noticias Tuas", o cearense de Juazeiro do Norte, Santanna "O cantador" mostra sua voz marcante. O xote arretado de bom de "Amor e Saudade" teve como parceiro Kokó do Lordão (banda baile muito famosa no interior da Bahia). "Flor de Espera" tem a participação do artista conquistense Nagib Barroso. Outro sucesso de Juá, "Pense Nisso" recebeu os vocais de Perilo Assis (Banda Leva - de Itapetinga). O baiano de Ubaíra, Gilton Della Cella completa a lista de convidados especiais de Juá da Bahia, e convida todo mundo para balançar "No Compasso do Baião".
Esse é aquele disco que faz a alegria de qualquer festa nordestina, seja pelas letras, onde estão presentes os relacionamentos tanto de amor quanto de amizade, amor pela terra e suas tradições ou pelos elementos rítmicos incorporados em cada música.
O álbum duplo tem 30 canções, sendo vinte e seis autorais e quatro dos artistas Carlos Villela (Vaqueiro Violeiro), W. Coutinho e Cleiton Araújo (Flor de Espera), Edigar Mão Branca (Puro Mel) e Targino Gondim (Pra Se Aninhar).
@Carlossmaciel A banda Supercombo
foi criada em 2007, lançou três álbuns e já é considerada uma das mais
significavas do indie rock nacional. Em 2017, eles iniciaram um projeto denominado “Session da Tarde”. Para mostrar ao público esse trabalho, a banda lançou vídeos exibidos semanalmente no seu canal oficial no You Tube. O “Session da Tarde” apresenta os “sucessos
da banda em versões que você nunca ouviu”. A proposta de lançamento foi dividida
em duas temporadas.
Supercombo - (Foto: Stéfano Loscalzo)
O “Session da Tarde: 1ª Temporada”, foi
lançado em dezembro de 2017 e contou com participações especialíssimas de
artistas novos e consagrados como Dinho
Ouro Preto (“Jovem”), Suricato
(“Morar”), Onze20 (“Como São as Coisas”),
Flávia Felicio (“Bonsai”) e Versalle (“Vê Se Não Morre”).
Supercombo (feat. Dinho Ouro Preto)
Supercombo (feat. Suricato)
Na sexta-feira (04/05), foi liberado o “Session da Tarde: 2ª
Temporada”. Assim como o anterior, traz diversas participações, e
como eles dizem: - “a escolha dos convidados, foi dentro das afinidades deles
com a banda e da banda para com eles”. O resultado foi como se reinventassem as
canções. A energia de sempre, só que compactuada com outras vertentes que deram mais brilhos aos bons hits roqueiros da banda capixaba. Nesta última temporada estão Plutão
Já Foi Planeta (“Menino”), Fresno (“Bomba Relógio”), 2 Reis (“Se Eu Quiser”), Zimbra (“Não Dá Certo”),
Sigma (“Cebola”), Gabriel Elias (“Faz Parte”) e outros.
Supercombo (feat. Plutão Já Foi Planeta)
Ainda para este ano, além do “Session”, o Supercombo segue com a tour do disco Rogério
e promete um single com uma canção inédita. Multi-antenados com tudo que rola por aí, a banda está constantemente mantendo contato com seus fãs, através do seu canal com mais de 600 mil seguidores. Eles são uma prova de que a cena rock segue acesa, abrindo estradas e conquistando novos espaços.