@carlossmaciel
Para quem acha que Goiânia é terra só de artistas sertanejos, a banda de rock alternativo Carne Doce prova que há espaço para todos os sons. Surgida na levada desses últimos anos com outras ótimas bandas que pintaram no mercado, eles caminham pelos palcos e festivais brasileiros levando seu som com muita criatividade.
Na sexta-feira (18), lançaram o quarto álbum, "Interior", já disponível nas principais plataformas digitais. Para quem conhece os álbuns anteriores vai perceber que eles cresceram. Se antes havia um "q" meio radical, às vezes em letras e sons, neste último está mais leve.
Salma Jô, cantora e letrista da banda, define este disco como o mais positivo e tranquilo da carreira "É um álbum mais solar, generoso, amigável do que os outros, que são mais soturnos, escuros", avalia. Segundo ela, este é o melhor álbum deles, ela acha que a Carne Doce chegou ao amadurecimento. "Ele é o melhor em relação aos outros, porque a gente sente que se aprimora e esse é o resultado: um disco bom de uma banda que se encontrou e agora tem muita experiência".
Em "Interior" tem uma variedade de estilos, desde o folk rock, até o reggae, dub, samba e trap. Ou seja, eles resolveram experimentar de tudo um pouco sem perder a originalidade de ser uma banda de rock goiana. As 12 faixas do disco refletem muito bem tudo isso. As letras falam de amor, resiliência, conflitos e esperanças.
Na letra de "Hater", eles falam de coisas que proliferam hoje nas redes sociais. A faixa fala "sobre inveja, ressentimento, sobre ódio, e por isso também sobre falta de amor-próprio, sobre desejar o desejo do outro. Uma forma conflituosa de identificação e ressentimento" (Extraído do release oficial da banda)
É só falando de mim
Que você se sente bem
Que você faz o seu melhor
Que você é um sucesso
Mas se eu passo por perto
Baixa a cabeça e paralisa
Esquece como se respira
Já não parece tão esperto.
No Instagram Carne Doce eles escreveram: "Nossa música é contemporânea, moderna e universal, mas também é música do interior. Neste novo álbum demonstramos o domínio alcançado a partir deste lugar, em sua mais alta forma poética e instrumental".
Na capa do disco tem como símbolo um pequi cortado ao meio, fruta típica da região central, com a polpa dourada e o caroço espinhoso à mostra, como prova da origem da banda.
Faixas:
1- Temporal
2- Interior
3- Hater
4- Garoto
5- Saudade
6- Passarin
7- A Partida
8- Sonho
9- Fake
10- Cérebro Bobo
11- A Caçada
12- De Graça
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