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O ano de 2023 é para celebrar lançamentos que completam 5 décadas e que de alguma forma deixaram marcas indeléveis para a música brasileira. Muitos deles de artistas que não estão mais entre nós, mas que seus discos serão sempre lembrados e escutados.
De Gilberto Gil a Elis Regina, mesmo que não representaram vendas significativas mas ficaram na memória daqueles que amam a música brasileira.
TIM MAIA - RÉU CONFESSO
Este álbum foi lançado pela gravadora Polygram. Foi o quarto disco de estúdio do artista. Nele tem dois dos seus maiores sucessos: Gostava Tanto de Você e Réu Confesso. Tim Maia faleceu em 1998.
GILBERTO GIL - CIDADE DE SALVADOR
O artista baiano, no ano de 1973, pôs o seu violão - marca evidente neste disco - e nessa aventura saiu um dos seus hits mais importantes, o sucesso Eu Só Quero Um Xodó, música do eterno Luiz Gonzaga (1912-1989), consta neste álbum também a música Meio de Campo.
GAL COSTA - ÍNDIA
Em plena efervescência da ditadura, só a capa desse disco de Gal Costa (1945-2022) já impactava nas lojas. O fotógrafo Antônio Guerreiro disse que a capa foi um acaso, já que a gravadora queria que a cantora posasse de índia em alusão ao título do disco. Então surgiu Gal vestida de tanga e uma saia de franjas de palha, ainda por colocar.
Este álbum icônico foi dirigido por Gilberto Gil e tem apenas 9 canções, dentre elas, "Volta" de Lupicinio Rodrigues (1914-1974), e "Índia" que dá o nome ao disco.
Quando a capa do álbum, obviamente que foi censurada, e por incrível que pareça a medida provisória oficial dessa censura só caiu em 2015.
Outra detalhe importante, foi que a gravadora resolveu colocar o LP embalado numa capa azul e por dentro o formato original, o público comprava também pela curiosidade.
CAETANO VELOSO - ARAÇÁ AZUL
Lançado em janeiro de 1993, Araçá Azul foi o quinto disco na carreira de Caetano Veloso. O álbum lançado pela gravadora Philips Record, mostrava um artista que voltava do exílio e queria experimentar novas sonoridades.
Essa experiência não teve apoio dos seus fãs e o disco foi um fracasso de vendas. Segundo notícias da época, houve devoluções expressivas daqueles que adquiriram o disco. Ou seja, Cae não foi bem entendido pelo público da época. As 10 faixas são: 1-Viola, meu Bem 2-De Conversa - Cravo e Canela, 3-Tu me Acostumbraste, 4-Gilberto Misterioso, 5-De Palavra em Palavra, 6-De Cara - Eu Quero Essa Mulher, 7-Sugar Cane Fields Forever, 8-Júlia, 9-Moreno Épico e 10-Araçá Azul.
ELIS - ELIS REGINA
A cantora gaúcha chegava aos 28 anos de idade no ano de 1973. O disco intitulado apenas com seu nome Elis, foi o décimo primeiro disco de estúdio na sua brilhante carreira.
Elis Regina (1945-1982) foi criticada neste lançamento pelo excesso de cuidados com a técnica. Isso deixou os fãs frustrados, pois eles acharam que ficou o lado emocional da cantora.
Gilberto Gil teve quatro composições suas neste disco: "Oriente", "Meio de Campo", "Morena Doente", "Meio de Campo" e "Ladeira da Preguiça". Outras quatro faixas ficaram com João Bosco e Aldir Blanc: "Caçador de Esmeralda", "Agnus Sei", "Cabaré" e "Comadre". As faixas que completam o álbum são "Folhas Secas", composta por Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, e para fechar: "É Com Esse Que Eu Vou" de Pedro Caetano.
SECOS E MOLHADOS
O disco lançado em 1973 vendeu mais de 1.000.000 de cópias. João Ricardo, Ney Matogrosso, Gerson Conrad e Marcelo Frias, - este último foi o baterista, apareceu na capa do disco, mas desistiu do continuar projeto. Eles surgiram com um som mais pesado, com uma mistura de glam rock, pop psicodélico e folk. A banda inovava em sonoridade e maquiagem a nossa MPB, isso foi um choque para um Brasil com um regime ditatorial em voga.
As músicas mais conhecidas deste álbum dos Secos e Molhados são "Rosa de Hiroshima", "Sangue Latino", "O Vira" e "Assim Assado".
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