Se tem uma noite que sempre atrai um mix de pessoas de várias "tribos" no Festival de Inverno Bahia (FIB), poderíamos dizer que é a de sábado. Ela tem a vantagem de se prolongar por mais horas, pois o dia seguinte não é dia de trabalho. Isso faz com que pessoas de outras cidades e estados cheguem em peso para Vitória da Conquista, a "Suíça baiana", assim chamada por ser uma cidade de clima frio, mas este ano o clima mudou e ela está mais acalorada.
Nesta segunda noite de FIB, teve dois artistas que nunca se apresentaram no evento: Djavan e Glória Groove. No palco principal ainda teve Lincoln, que ganhou na votação popular do ano passado, quando se apresentou no palco alternativo do festival, e Léo Santana, que esteve por aqui em 2019.
A apresentação de Djavan foi qualquer coisa de muito especial. O artista, um ícone da música brasileira, abriu o show usando um traje com capuz no tom claro e homenageando os povos indígenas, ele fez um agradecimento a Ministra dos Povos Indígenas Sonia Guajajara, a autora do texto que abriu brilhantemente o show. O setlist de Djavan teve muitos sucessos de sua longa discografias e algumas canções do seu último álbum intitulado "D". Nesta viagem musical ele trouxe os sucessos "Boa Noite" (1992), "Outono" (2021), "Cigano" (1989), "Flor de Lis" (1976), "Um Amor Puro" (1999) e "Oceano" (1989) dentre outras que marcaram a carreira de quase de 5 décadas do artista. O público estava em êxtase a cada canção apresentada pelo artista, e por duas vezes no final, ele perguntou: "Vocês querem mais?", bem, se fosse atender o público a cada "sim" como resposta, ele nem sairia do palco.
Entrando na lista de artistas mais esperados neste final, a Gloria Groove, não fez por menos e vestida de vermelho, levou a sua alegria para o palco. Disse que esse show marcava o encerramento da Turnée Lady Last e que agradecia por tudo que aconteceu nesse projeto e complementou anunciando o novo show intitulado "Noites de Glória". Além dos sucessos "Leilão", "Bumbum de Ouro" "Bonequinha", a artista lembrou de Cássia Eller e cantou o hit "Malandragem" com todos os seus fãs em delírio.
O som da Bahia com muito swing, ficou na responsabilidade de Léo Santana, o Gigante, e ele não deixou por menos, chamou o público pra ele, dançou, vibrou, suingou e mostrou porque é considerado um dos maiores brasileiros no seu estilo. O desfile de sucessos teve "Apaixonadinha" em homenagem a Marília Mendonça, nessa música, pediu ao público para ligar os flashs dos celulares dizendo "Nada é pra mim... é pra ela", foi um momento emocionante do seu show ao lembrar da artista que faleceu em novembro de 2021, no auge da carreira. O Léo ainda cantou "Dono da P* Toda", e aproveitou para cantar a inédita "Golzinho Vermelho", música lançada na quarta-feira 24.
O sonho de todo artista ou banda que toca nos palcos alternativos, é dar um salto para o palco principal. Esse sonho foi alcançado por Lincoln. A votação popular proposta pelo FIB o levou a realização desse objetivo. O artista já havia se apresentado em edições anteriores no Esquenta FIB e no Palco Arena do FIB de 2022. A Lincoln, coube a responsabilidade de encerrar a segunda noite do FIB. Com um set list com músicas autorais e de outros artistas, ele mostrou para o público um show contagiante e de muita energia.
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