@Carlossmaciel
Em um ano fértil para a música brasileira, não é tarefa fácil escolher apenas 10 discos. Muitos bons momentos foram vividos por aqueles que trafegam por outras "estradas", que não a tão radiofônica. Vários discos com sonoridades e experimentações ímpares, pipocaram pelos quatro cantos do país. Não é uma questão de agradar, mas de preferir e analisar alguns daqueles que fizeram diferente. Vão faltar outros, sem dúvida. Mas vamos lá!
Em um ano fértil para a música brasileira, não é tarefa fácil escolher apenas 10 discos. Muitos bons momentos foram vividos por aqueles que trafegam por outras "estradas", que não a tão radiofônica. Vários discos com sonoridades e experimentações ímpares, pipocaram pelos quatro cantos do país. Não é uma questão de agradar, mas de preferir e analisar alguns daqueles que fizeram diferente. Vão faltar outros, sem dúvida. Mas vamos lá!
10. "pelomenosum" - Bernardo Bauer (Experimental - MPB)
Um EP quase experimental, trazendo o som natural da natureza para sua música, assim é este disco com apenas seis canções do mineiro Bernardo Bauer. Se percebe claramente as suas influências sonoras. Um disco para ser escutado com muita atenção.
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9. "Vem" - Mallu Magalhães - (MPB)
Apesar de alguns torcerem o nariz para o fato dela enveredar para o samba, isso não abalou a Mallu. Atualmente residindo em Portugal, a artistas trouxe além do samba, o folk, o pop e tudo mais que tem feito na sua carreira. Um trabalho bem interessante.
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8. "Beijo Estranho" - Vanguart - (Pop - Folk)
O grupo mato-grossense Vanguart aderiu ao pop, o que já havia deixado que isso poderia acontecer no disco anterior, e se deu bem. O disco é coeso na sua proposta folk-pop. Mesclado entre a alegria e a tristeza, o disco é composto de lindas canções, dentre elas a "E o meu peito mais aberto que o mar da Bahia".
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7. "Rei Ninguém" - Arthur Nogueira - (MPB)
Quando música e poesia se juntam numa mesma sintonia não há como não se emocionar. Com um trabalho fincado em palavras poéticas, o artista paraense Arthur Nogueira, lançou "Rei Ninguém", este quarto álbum, sem dúvida, é o melhor dos seus discos.
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6. "Inverno +" - Zélia Duncan e Jaques Morelenbaum Interpretam Milton Nascimento (MPB)
Gravar Milton Nascimento, não é pra qualquer um e ainda criar outro clima para suas composições é mais arriscado ainda. Esse desafio foi feito por Zélia Duncan e o músico Jaques Morelenbaum, que usando apenas a voz e o violoncelo fizeram um dos melhores lançamentos da MPB deste ano. Um disco primoroso e clássico.
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5. "A última palavra feche a porta" - Plutão Já Foi Planeta (Indie Rock)
Composto de 10 lindas suaves e dançantes canções, o PJFP mostra porque foi um dos destaques do reality Superstar (2016) da rede Globo. A voz doce de Natália Noronha casa muito bem com cada música. Um disco essencialmente pop.
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4. "A Cidade" - Cícero & Albatroz (Indie rock - MPB)
Depois de dois anos do bem conceituado "A Praia (2015)", o carioca Cícero apresenta o disco "A Cidade". Falando sobre o caos da cidade grande, com seus barulhos, certezas e incertezas, o cantor mostra o isolamento e a solidão daqueles que ali vivem. O disco mistura psicodelia, samba, rock e até mesmo jazz, em uma sonoridade muita urbana.
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3. " Magnetite" - Scalene (Rock Alternativo)
A ascensão da banda Scalene no rock nacional e sendo de Brasília - berço de grandes nomes do estilo no Brasil -, demonstra que um trabalho bem feito tem o seu lugar. Em "Magnetite", eles tocam stoner-rock, dance-punk e post-hardcore com muita maturidade. Grata surpresa da nossa música.
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2. "Tudo, tudo, tudo, tudo" - César Lacerda (MPB)
Com um álbum de alta qualidade sonora e letras sensacionais e participação de Maria Gadú na faixa "Quando alguém", César Lacerda faz sua viagem entre o sofisticado e ao mesmo tempo radiofônico (apesar de haver uma massificação de estilo, de tempos em tempos no Brasil). Com a certeza de que pode tecer suas emoções com leveza e delicadeza e fazer com que ela chegue mais longe, ele vai construindo seu caminho na MPB, e como diz a letra de uma das músicas: "vou te contar que tudo um dia isso vai passar...". Sem dúvida, um belo álbum para ser degustado aos poucos.
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1. "Recomeçar" - Tim Bernardes (MPB)
A primeira vez que ouvi esse álbum fiquei com uma grande dúvida: como pode um cara sozinho criar um disco tão sensível, tão melancólico e ao mesmo tempo tão bonito? Parecia um filme com um enredo carregado, impactante e emocionante. A erudição de "Recomeçar" mostra um artista corajoso que foge do lugar comum. Para quem o conhece da banda O Terno, talvez não se surpreenda tanto. Este álbum é um dos melhores já lançados em anos na MPB. Super aclamado pela crítica, o disco fala de decepções amorosas à politica.
E assim ficamos na torcida de que o próximo ano traga outros trabalhos ainda melhores. E viva a música brasileira!
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