MELHORES DISCOS NACIONAIS DE 2013

O ano de 2013 foi um pouco complicado musicalmente, mais uma vez a música sertaneja dominou as paradas de sucesso, exceção apenas para os funkeiros Naldo e Anitta. Ainda bem que o universo musical não parou só nisso. Como sempre acontece todo ano, no final a gente aponta aqueles que tiveram seus méritos para que entrassem nessa lista de Melhores do Ano. Alguns lançamentos foram memoráveis, outros nem tanto.
Tivemos o "retorno" de alguns "dinossauros" com discos sensacionais e também novidades que começam a trilhar um belo caminho nessa área musical. Não irei dizer que "este" ficou em primeiro ou qualquer outra colocação. Estarei apenas nomeando os discos que mais me chamaram a atenção ou que eu tenha escutado mais vezes em meu iPod. Esta lista de apenas 11 discos nacionais, até que poderia ser maior. Nos próximos dias estarei postando a minha escolha internacional.
Okay vamos a eles:

DISCOS NACIONAIS

* Caetano Veloso (Abraçaço) - Fechando a trilogia com a banda Cê desde o lançamento de 2006 (Cê) e o outro em 2009 (Zil e Ziê) e também para comemorar suas sete décadas de vida. Caetano mais uma vez mostra que continua contemporâneo e criativo. Não foi um disco de músicas radiofônicas, e sim um disco de Caetano Veloso. Gostar ou não é apenas um detalhe.

* Filipe Catto (Entre Cabelos, Olhos e Furacões) - O disco foi o resultado de um show realizado na capital paulista desse gaúcho multi-instrumentista (pianista, violinista) com voz marcante, num timbre que lembra Ney Matogrosso, mas com muita personalidade. Suas músicas tem um "q"  cinematográfico.

* Cícero (Sábado) - Quando lançou o cd "Canções de Apartamento" em 2011, a crítica especializada ficou esperando qual seria a próxima "dose" de Cícero. Nesse ano, o disco "Sábado" trás um rapaz mais despretencioso mas ao mesmo querendo criar um conceito musical diferente. Instrumentalmente o disco é melhor que muitas das letras. Cícero disponibilizou o disco na net (não é novidade entre os independentes) e nos detalhes, é um disco interessante.

* Moska ((Muito Pouco Para Todos) - Esse disco do Moska é um resumo da sua carreira de 20 anos. Ao vivo, ele passa toda a energia de um cantor - compositor que tem a dimensão da sua arte pontuada em canções certeiras e arranjos sensacionais. São 26 faixas (no cd, apenas 16) que contam a trajetória musical desse artista carioca.

* Dom La Lena (Ela) - Essa garota tem um trabalho interessante. Bem conceituada lá fora (shows em Portugal, Canadá, Espanha, França, Marrocos, Itália, Suíça e Estados Unidos). A gaúcha Dom La Lena tem uma voz doce e intimista, toca violoncelo e tem formação clássica. O disco tem treze canções compostas por ela em português e espanhol. Atualmente ela mora na França. Considero um dos destaques do ano.

* O Rappa (Nunca Tem Fim) - Depois de 5 anos sem um disco de inéditas, o Rappa teve tempo suficiente para lançar, nessa levada de ano de protestos sociais pelo país, mais um disco com a temática social, como mote principal. Se tratando do Rappa não poderia ser diferente. É um disco para você dançar e também para prestar bastante atenção nas suas letras. Valeu a pena esperar tanto tempo.

* Jota Quest (Funky Funky Boom Boom) - O Jota Quest trouxe algo de diferente? Seria o que muito perguntariam. Não, não trouxe, mas em compensação continua seguindo a sua linha de black pop music com competência. Nesse disco contou com a participação de Nile Rodgers (Chic) nas faixas "Mandou Bem" e "Imperfeito" e vai seguindo seu caminho.

* Vanguart (Muito Mais Que O Amor) - Essa banda goiana de folk rock com rarissímas execuções em rádios - apenas em segmentadas - agrada a um público seleto e vem trilhando seu caminho desde 2002, participando em festivais pelo Brasil à fora. Assim como todos os independentes, sabe o quanto é dificil chegar "lá". O álbum "Muito Mais Que O Amor" teve música em novela da Globo - "Meu Sol" trilha de Além do Horizonte - e isso fez com a banda se tornasse conhecida para um outro público. Apesar do repertório da banda contar com músicas em espanhol, inglês e português, este último disco priorizou a nossa língua. Esse talvez tenha sido o diferencial para este disco ter sido tão premiado por vários sites este ano.

* Guilherme Arantes (Condição Humana) - Parece que Guilherme Arantes voltou aos anos 80. "Condição Humana", seu 22º disco e primeiro totalmente independente (lançado por sua gravadora), foi bem aceito por público e crítica. O álbum mostra um cantor - compositor discutindo assuntos que envolvem aspectos sociais, emoções, amores e desilusões. Neste disco ele busca juntar o "velho" com o "novo". Tem participações especiais de alguns nomes da nova MPB como: Tulipa Ruiz, Tiê e Marcelo Jeneci. Apesar de nunca ter parado, ele "voltou" afiado!

* Marcelo Jeneci (de Graça) -  Ao lançar "Feito Pra Acabar" em 2010, Jeneci percorria o caminho da felicidade e nesse novo trabalho parece que ele o encontrou. O disco "De Graça" é uma ruptura do álbum anterior. Enquanto "Feito Pra Acabar" era mais simples, mais suave, neste novo disco Jeneci mostra-se mais "sujo", mais "eletrônico". O lado instrumental das músicas tem caminhos mais longos e isso cresceu em muito este álbum, talvez venha da junção de produção do Kassin e do Adriano Cintra com os arranjos do Eumir Deodato.

* O maranhense Phill Veras, me foi "apresentado" pela amusicoteca.com.br em 2012. Escutei com muito carinho e atenção o EP "Valsa e Vapor". Naquele instante, depois de muitas audições, percebi que estava diante de uma promissora revelação para a música brasileira. veio o ano de 2013 e isso se confirmou com o lançamento deste que considero um dos melhores discos do ano passado. A "Gaveta" que o Phill abriu, deixou escapar um álbum simples mas ao mesmo tempo de uma sensibilidade musical surpreendente. Com letras poéticas de um artista que sabe o que diz e já mostra identidade própria neste que é seu segundo álbum. Não destacar aqui destacar alguma faixa desse ótimo disco, pois não seria justo. A cada audição você descobre algo novo. Que novas "Gavetas" se abram e faça despontar os novos segredos musicais de Phil Veras.

ANA CAÑAS E O SEU "INEVITÁVEL CORAÇÃO"

Poesia e sensibilidade fazem parte deste "Inevitável Coração", o novo disco da Ana Cañas. Sem dúvida, uma boa dose para a música popular brasileira. Este é o primeiro registro audiovisual da sua carreira. “Inevitável Coração“, está nos formatos DVD e CD ao vivo, foram editados pela Guela Records e são distribuídos pela Sony Music. A direção do show ficou por conta do cantor Ney Matogrosso. O show aconteceu no Teatro Geo, na capital paulista.

O CD tem 16 faixas e o DVD 20, o álbum "Inevitável Coração" conta com participação de Nando Reis (em “Pra Você Guardei o Amor e Você Bordado”) e inclui no cd como faixas bônus “Acalanto Para Helena”, canção de Chico Buarque gravada por Ana para a trilha da novela global Joia Rara, e ainda uma versão em estúdio de “Te Ver Feliz”, canção inédita que a cantora compôs em homenagem ao pai, falecido em 2006. Para aqueles que compraram o DVD vai encontrar nos extras, clipes + fotos e um Making Of de "Acalanto Para Helena. 

Além de composições próprias, a cantora dá nova roupagem para: “Retrato em branco e preto“ (Tom Jobim / Chico Buarque), “Blues da piedade“ (Frejat / Cazuza), “Mulher o suficiente“ (Alzira Espíndola / Vera Lúcia Motta) e  ”Escândalo“ (Caetano Veloso).

O repertório do DVD é o seguinte:

1. Urubu Rei – Poema: Amar
2. Todas As Cores
3. Difícil
4. Codinome Beija-Flor
5. No Quiero Tus Besos – Músicas Incidentais: Georgia On My Mind / Solitude / Good Morning Heartache / Tenderly
6. Stormy Weather
7. L’amour
8. La Vie En Rose
9. Rock And Roll
10. Traidor
11. Escândalo – Poema: A Minha Vingança É Sorrir
12. Volta
13. Pra Você Guardei O Amor
14. Você Bordado
15. Diabo
16. Blues Da Piedade – Poema: Louca, Louca, Louca
17. Mulher O Suficiente
18. Retrato Em Branco E Preto
19. Esconderijo
20. Te Ver Feliz

DANIEL GROOVE - GIRAMUNDO

Os caminhos doS novos artistas da música popular brasileira, daqueles que costumamos chamar de contemporâneos, daqueles que não seguem o modismo e entende a música como expressão de arte. A sua emoção prevalece sobre o que quer dizer. O trabalho do artista Daniel Groove passeia nesse universo de alegria, amor, sentimentos. Navega cheio de energia e busca de algo que consiga "sentimentalizar" suas emoções. Giramundo - esse é o nome do disco - é orgânico e psicodélico, sim há psicodelismo em sua música. 

Passado e o presente se misturam nesse ótimo disco que não deixa você para baixo. 

Saulo Duarte foi o produtor, tendo como co-produtor, o João Eduardo Vasconcelos. Um disco para balançar o seu cérebro e o esqueleto! Há e para não esquecer, a capa é primorosa!

ABRAÇAÇO DE CAETANO EM VITÓRIA DA CONQUISTA EM OUTUBRO.

Caetano Veloso apresenta no mês de outubro em Vitória da Conquista o show Abaçaço. Com esse show, Caetano fecha a trilogia começada no álbum 'Cê' (2006) que conta com a presença da Banda do mesmo nome, formada por Pedro Sá, Marcelo Calado e Ricardo Gomes. É a viagem que chega ao fim depois de ter iniciada com o indie rock e que agora depois de 'Zii e Zie' (2009) fecha com muito mais violão que os anteriores. Caetano Veloso e o trio de jovens que a ele juntou, se transformou também em um garoto selvagem. Ele passa da raiva inicial  encontrada em 'Cê' para o mais sublime amor de 'Abraçaço'. Meio melancólico, às vezes, mas mesmo assim com a marca Caetano de "ser". O show em Vitória da Conquista, promete marcar como um dos maiores acontecidos esse ano. Será o 'abraçaço' de Caetano aos fans daquela cidade.

Carlos Maciel

CÍCERO NO SEU SEGUNDO DISCO 'SÁBADO'

O álbum 'Canções de Apartamento' lançado em 2011 mostrou que o cantor carioca, Cícero era diferente na música brasileira. Enquanto algumas "estréias" estavam voltadas para a chamada "música radiofônica". Ele fazia um disco simples, mas ao mesmo tempo de muita qualidade.

A grande dúvida de como seria o segundo disco poderá ser avaliada agora. Neste mês de setembro, Cícero lançou o álbum intitulado 'Sábado', este trabalho vem complementado por uma dose especial de experimentalismo. É um álbum mais intimista, com ótimos arranjos. Quer dizer, você precisa ouvir mais vezes para "experimentar" toda a sua sonoridade.

A canção que abre este novo disco tem um título interessante: "Fuga nº 3 da rua Nestor" que é sequenciada pela saborosa "Capim-Limão" - o arranjo desta canção parece um pouco com algumas músicas do álbum anterior. Já "Ela e a Lata" é uma música mais complexa, desde a letra de poesia concreta (A b e i r a - p i s t a / v i a v i a n d o / a m e i a v i s t a f e i a /  a b a r u l h a r, e l a / a b a r u l h a r ela), até no próprio arranjo de batida sincopada.

A quarta música do disco é "Fuga nº 4". Nessa canção, a letra finaliza dizendo que 'A verdade dorme cedo', Pensei na verdade que ela seria uma continuação de "Fuga nº 3...", mas ficou só no pensamento.

Em cada música você percebe que o carioca Cícero concretiza uma assinatura para suas obras. Seja no som do violão ou na forma de cantar ou até mesmo na forma de compor. Lá está ele deixando sua marca. O álbum se completa com 'Por Botafogo', 'Asa Delta', 'Duas Quadras', 'Porta Retrato' e fecha com 'Frevo Por Acaso', que se for comparada com os frevos pernambucanos, o estilo ficou só no título.

Cícero - Fuga nº 4

A produção de 'Sábado' ficou por conta do próprio Cícero juntamente com Brunos, Schultz e Giorgi. As participações foram de Luisa Mayall, Marcelo Camelo (Los Hermanos), da cantora pop - dance carioca Mahmundi, de Uirá Bueno e do atualmente incensado pela crítica, vencedor do Prêmio Multishow na categoria Nova Canção, Silva.

'Sábado' é um ótimo lançamento deste mês de setembro da música popular brasileira e que você poderá ouvi-lo ou até mesmo baixá-lo no próprio site de Cícero http://www.cicero.net.br/

Aos bons ouvidos!

Carlos Maciel, professor, radialista e apaixonado por música de qualidade.

carlossmaciel@yahoo.com

JOTA QUEST, LULU SANTOS E MUNHOZ E MARIANO ENCERRAM A ÚLTIMA NOITE DO FIB 2013

JOTA QUEST "MANDOU BEM" NA NOITE DE DOMINGO

Jota Quest abriu a terceira e última noite do Festival de Inverno. Essa é terceira vez que a banda se apresenta no Festival em Vitória da Conquista. Desfilando seus sucessos, eles agitaram a galera com muita interatividade e música para dançar, num clima bem alto astral.  No show, Flausino interagiu com o público e cantou muitas músicas que estão na boca da galera e que, claro, faz parte dos  álbuns anteriores da banda: "Fácil", "Além do Horizonte", "Do Seu Lado", "Tudo Está Parado" foram algumas que esquentaram os seus fãs no frio de Conquista. Rogério Flausino, vocalista da banda, chegou a perguntar quem estava estava ali pela primeira vez e descobriu que há uma garotada jovem que curte o som do Jota Quest, mesmo as músicas mais "antigas". Nesse show, além dos hits consagrados, eles aproveitaram para lançar a nova música de trabalho que vai estar no próximo álbum, o single "Mandou Bem". E o show foi isso, o Jota Quest mandou muito bem.

LULU SANTOS, O CAMALEÃO POP, EMBALOU A ÚLTIMA NOITE DO FESTIVAL

O segundo e esperado show da noite ficou a cargo de um dos ícones do pop rock nacional, Lulu Santos, que logo na abertura cantou "Um Certo Alguém" para na sequencia emendar com "O Último Romântico". Se a intenção era fazer lembrar os hits que fazem parte da sua carreira, ele conseguiu. Assim como em 2007, na sua primeira apresentação no Festival de Inverno, o público mais uma vez o acompanhou em todos os seus sucessos, cantando como um coro gigante e afinado preparado para embalar o "camaleão do rock". A sua trajetória no pop rock nacional foi sempre pontuada por grandes sucessos , por isso Lulu mandou "Condição", "Apenas Mais Uma de Amor" "Tudo Azul" e mais uma levada de hits no show "Toca Lulu" que é uma celebração dos seus 30 anos de carreira. No final ainda tocou o Rei Roberto Carlos "Como É Grande O Meu Amor Por Você".

O Festival teve como última atração a dupla sertaneja Munhoz e Mariano, aquela do sucesso "Camaro Amarelo".

Em 2014 o Festival de Inverno realizado em Vitória da Conquista chega a sua 10ª edição e já há uma grande expectativa em saber quem serão as atrações na comemoração desses 10 anos de FIB.

ZELIA DUNCAN, TITÃS E O RAPPA NA SEGUNDA NOITE DO FESTIVAL DE INVERNO BAHIA

Fotos Laércio Lacerda

ZELIA DUNCAN ABRE A SEGUNDA NOITE DO FIB 2013

Zélia Duncan abriu a segunda noite do FIB sob um frio de 15 graus em Vitória da Conquista, mostrando o seu novo trabalho baseado em canções do paulista Ithamar Assumpção, uma homenagem justa a um cara que fez um trabalho alternativo juntamente com Arrigo Barnabé nos anos 80, e que marcou a cena independente da música brasileira.

Fotos Laércio Lacerda

Neste show apresentado no Festival de Inverno Bahia, ela mostrou também grandes sucessos da sua carreira como "Nos Lençóis Desse Reggae", "Catedral, "Enquanto Durmo", contagiando a platéia. Na terra do frio, Zélia agitou o público tocando também canções de Rita Lee e  do pouco tempo que ela passou nos Mutantes de Arnaldo Baptista, matou saudades da Legião Urbana com o rock "Quase Sem Querer". Zélia fez uma apresentação coesa com tudo que ela tem realizado em outras praças.
Um momento emocionante da sua apresentação aconteceu quando ela disse: "Quando tenho saudade, eu canto" e em seguida entoou a canção "O Segundo Sol" de Cássia Eller, que foi muito bem acompanhada pelo grande público presente.A música escolhida para encerrar o show foi um dos grandes hits da sua carreira: "Alma". Para o bis, a pedido do público, ela voltou e  cantou uma composição dela e Rita Lee, a música "Pagú" que já foi gravada por Maria Rita, na sequência ela embalou com " Exagerado" de Cazuza. Um grande show.

CONQUISTA: TITÃS COM O SHOW CABEÇA DINOSSAURO ESPANTA O FRIO NA SUIÇA BAIANA

Foto: Laércio Lacerda

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O show “Cabeça Dinossauro” dos Titãs fez o corpo e o pensamento do público presente no Festival de Inverno Bahia detonar de êxtase. Numa energia contagiante e numa perfeita sintonia entre artistas e público, os “rapazes” dos Titãs mostraram o mesmo pique de uma banda que começou nos anos 80 e que apesar dos mais de trinta anos de estrada ainda consegue fazer de cada estrofe da sua música, um análise do momento atual na política do nosso país de forma ampla e objetiva, como se as coisas que estão acontecendo atualmente, pouco tenha mudado ao longo de todos desses anos. O disco “Cabeça Dinossauro” – sem dúvida, um álbum histórico para o rock nacional – é um dos maiores trabalhos dessa banda que a cada ano parece vinho: quanto mais velha, melhor. A resposta da galera no FIB ficou explícita quando cantou e se divertiu com “Bichos Escrotos”, “Vossa Excelência”, “Família”, “O Quê”, “Marvin”, “Polícia” e claro com o super hit “Sonífera Ilha”, esquentando, e muito, o frio da noite de sábado conquistense.

O RAPPA, MÚSICA COM CONTEXTO SOCIAL NO FESTIVAL

Foto: Laércio Lacerda

Na sua segunda apresentação no Festival de Inverno, o Rappa entrou no palco com uma energia pulsante dando o seu recado social, como sempre em palavras e imagens, Falcão fazia todos refletirem sobre as coisas que vem perturbando a paz em nosso país. Cantando e falando de política, preconceitos e outras causas, ele fazia a galera dançar e pensar. Criticou políticos e pessoas e através de letras instigantes, ele dominada a galera que não parava de cantar os seus sucessos: "Minha Alma", "Mar de Gente", "Me Deixa", "Pescador de Ilusões". O show foi basicamente um desfile de hits. Muita gente esperava ouvir músicas do novo disco mas, como Falcão disse: "disco novo no mês de setembro" e foi isso. A apresentação agradou geral.. Fãs consideraram o show perfeito 

1ª NOITE DO FESTIVAL DE INVERNO COM PAULA FERNANDES, HUMBERTO GESSINGER E SAULO

PAULA FERNANDES, A PARTE SUAVE DO FESTIVAL DE INVERNO

Foto: Laércio Lacerda

A mineira Paula Fernandes, abriu o Festival de Inverno Bahia em Vitória da Conquista, o show focado em seus grandes sucessos, embalou a noite fria de sexta-feira com a sua música sertaneja romântica que agradou aos apaixonados do gênero. O ponto alto do show ficou por conta de seus grandes sucessos "Pássaro de Fogo", "Meus Encantos" e principalmente quando cantou a música que está da novela global Amor a Vida, "Um Ser Amor".

HUMBERTO GESSINGER TROUXE A ENERGIA DE UM SUPER POWER TRIO NA NOITE CONQUISTENSE

Foto: Laércio Lacerda

O segundo show da noite ficou com Humberto Gessinger que lembrando seu tempo de Engenheiros do Hawaii, grande banda do rock gaúcho e nacional, esquentou a noite do festival com muitos dos seus sucessos da época da banda. Quando rifou os primeiros acordes de Infinita Highway, apesar de ser um sucesso dos anos 80, o público foi ao delírio, mostrando que música boa não tem idade. O show valeu para a garotada conhecer o trabalho executado pelo Humberto Gessinger na sua nova formação de banda de apenas baixo, guitarra e bateria. Um grande show de um cara que sabe dominar palco e público.

SAULO, FEZ UM SHOW COMPETENTE E COM MUITA CRIATIVIDADE

Foto: Laércio Lacerda

Saído recentemente da Banda Eva, Saulo Fernandes mostrou que tem talento para seguir em sua carreira solo. Apesar de não ser a primeira vez na cidade,- já tocou diversas vezes quando fazia parte do Eva,   ele embalou a noite de Conquista com um show cheio de energia, com muito pop axé  e até mesmo aproveitou para mostrar sua veia poética, declamando alguns versos entre algumas músicas e esse ato foi bem aceito pelo grande público presente, que mesmo sob um frio de 14 graus, ficou até o final da sua apresentação. Saulo cantou, além das músicas novas, algumas músicas antigas de alguns amigos e incluiu no seu repertório, sucessos da banda  Olodum - "Rosa" -, Edson Gomes - "Malandrinha" - dentre outras. No inicio do show de  Saulo, alguns fãs não se contiveram e fizeram invasão de palco, ele com muito bom humor, disse "Calma, até parece que sou Fábio Júnior" e isso arrancou muitos risos da platéia.

Essa foi  a primeira noite do FIB 2013 que prometia muito mais nos dois dias restantes.

FESTIVAL DE INVERNO BAHIA 2013 É SINÔNIMO DE CULTURA

FESTIVAL DE INVERNO BAHIA 2013 É SINÔNIMO DE CULTURA

Arte, lazer e turismo no maior evento de música do interior do Nordeste

O Festival de Inverno Bahia 2013 (FIB), em parceria com o Governo da Bahia, patrocinador master do evento, vai receber durante os três dias de festa, a exposição fotográfica “Bahia! É muito Mais”.

A exposição do produtor cultural, fotógrafo e publicitário Sérgio Siqueira conhecido pelo olhar sensível e poético em seus registros fotográficos, vai funcionar num espaço adaptado e bastante estratégico, ao lado do Palco Principal. As imagens artísticas que serão expostas foram capturadas durante uma viagem nos 13 principais destinos da Bahia que atraem milhares de baianos e turistas todos os anos: Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa das Baleias, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento, Costa do Dendê, Lagos e Cânion do Rio São Francisco, Vale do São Francisco, Caminhos do Jequiriçá, Caminhos do oeste, Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste e Chapada Diamantina.

A exibição vai apresentar as belezas naturais paradisíacas desses locais, através de fotos coloridas e P&B, que transmitem a sensação de estar no local e despertam desejos de conhecer. Os lugares são considerados os mais belos e preferidos por visitantes. Segundo Siqueira, na Bahia parecem caber todas as paisagens, litoral, chapada, sertão, formando uma cultura única, bonita de se ver e viver.

“Esta exposição mostra apenas alguns fragmentos dessa terra chamada Bahia, tendo consciência de que ela é muito mais do que isso. A ideia da mostra é valorizar o turismo na Bahia. Recebemos muitos visitantes durante o FIB, e esse período é uma grande oportunidade para incentivar a cultura apresentando imagens de caminhos que levam a importantes lugares que turistas e baianos precisam conhecer quando visitam a região”, explica Sérgio Siqueira.

O Festival de Inverno Bahia 2013 é musicalmente rico, constituído de ritmos que agradam ao gosto mais exigente e atrai um público também eclético. Foi pensando nas várias opções de lazer e entretenimento, que o Parque de Exposições da cidade de Vitória da Conquista foi transformado num grande complexo cultural.

Os artesãos de Vitória da Conquista também terão espaço para apresentar suas artes. Mais de 10 artesãos, artistas locais, vão expor seus trabalhos entre os dias 23 e 25 de agosto, quando acontece  o Festival de Inverno Bahia. A Feira de Cultura, Arte e Turismo foi incorporada ao FIB e funcionará no mesmo espaço e abrirá normalmente até o último show.

Sobre o FIB

O FIB, que reúne todo ano mais de 60 mil pessoas durante três dias, já reuniu mais de 230 shows dos principais artistas brasileiros. O Festival já virou tradição neste período do ano na região. A mistura de ritmos vai do Pop ao Sertanejo e faz a festa de turistas, conterrâneos e amantes do Festival.

O Festival de Inverno Bahia é uma realização da Icontent, empresa de entretenimento da Rede Bahia, em parceria com a TV Sudoeste.

Além do incentivo a cultura dada pelo Estado, o evento ainda conta com mais quatro marcas renomadas do mercado nacional, como Sonho de Valsa, Trident e Club Social, Faculdade Independente do Nordeste (Fainor).

Serviço:

O quê: Festival de Inverno Bahia

Onde: Vitória da Conquista – Parque de Exposições Teopompo de Almeida

Quando: de 23 a 25 de agosto. A partir das 20h

Posto de vendas: Shopping Conquista Sul - 2º piso, CDL - Travessa do Triunfo, nº 45 – Centro, Sede do Tôa Tôa, na Av. Olívia Flores, 423, Candeias, e no site oficial do evento www.festivaldeinvernobahia.com.br, através do telefone 4003-1212 (para todo o Brasil) ou nos postos da Ticketmix em Salvador.

Ingressos Individuais
Pista Inteira: R$ 88,00 (2x R$ 44,00)
Pista Meia R$ 44,00 (2x R$ 22,00)
Camarote Sexta e Domingo: 120,00 (2x R$ 60,00)
Camarote Sábado: R$ 136,00 (2x R$ 68,00)

Passaportes:
Passaporte Pista Inteira: R$ 208,00 (4x R$ 52,00)
Passaporte Pista Meia: R$ 104,00 (4x R$ 26,00)
Passaporte Camarote: R$ 304,00 (4x R$ 76,00)

Observação: O pagamento pode ser em dinheiro, cartão de débito e crédito com bandeira Visa, Mastercard ou Hipercard. Ingressos individuais podem ser parcelados em duas vezes e passaportes em quatro vezes. Para meia-entrada, é obrigatória a apresentação da carteira de estudante no momento da compra e na entrada do evento. A classificação: 14 anos. Preços de 3° lote.

Informações a Imprensa:

O PIAUÍ MOSTRA A SUA MÚSICA: BANDA GUARDIA NOVA

Lançando o seu primeiro disco, a banda piauiense Guardia Nova apresenta neste álbum referências pop e batidas eletrônicas.

A banda é formada por João Veras, Hugo Trincado, Dmitrit Petit e Jan Pablo. Mostrando um pouco de influências estrangeiras a bande vem trazendo um mix de pop-indie, batida eletrônica e claro, o rock 'n' roll. Cada música trás uma referência, ou pitada,  de cada estilo e o disco já começa com a super canção 'Parasoul', com sua linha alternativa, é  uma faixa bem experimental que você não cansa de ouvir. O pop-indie-apoteótica fica com a segunda música 'Setenta e seis', grudenda e classuda.

A batida eletrônica "paraense"  está na música "Preta". Para os baladeiros a canção ideal é 'Kazoo" na base de violão, um piano e o som mágico dos violinos.

No álbum ainda tem 'Frescurinha', seguida da eletro-experimental 'Guardia', 'Macacal',  'Melvin Jones (quase nada)', o rock 'Onde ela se perdeu' é puro, cheio de guitarras estridentes e ruídos. 'Solução' tem a suavidade de um chill-out-lounge”. Em 'Manhã de sol nas classes' a guitarrada mostra a sua cara.

A penúltima música do disco é 'Vestida de branco' que tem participação especial de Makeh. O álbum da Guardia Nova fecha com 'Sem saída'.

Download grátis do disco em https://mega.co.nz/#!0gEyHCBA!YnCvsn6OuHLRXvPl4I0c614UZHtddTTC8aFUVutXkwo

Carlos Maciel

TENDA ELETRÔNICA - AGITAÇÃO TOTAL NO FIB 2013

O público mais uma vez vai contar com o som da música eletrônica no Festival de Inverno em vitória da Conquista.

O Palco Tenda Eletrônica ADS GOLD é a opção para os amantes do som das pistas, além de curtir o palco principal com atrações nacionais, os DJ’s Roots, Tatu, Px, Luan Delucci, Tony, Tom, Matheus Veláz, Trindade e Charles, selecionaram o repertório que faz a cabeça da galera nas pistas de dança ao redor do mundo e prometem que em Vitória da Conquista, aproveitando o frio da "Suiça bahiana"não será diferente. Esses dj's já tocaram nos principais festivais e pistas de dança do Brasil: Festival de Verão Salvador, Salvador Weekend, Festival de Inverno Bahia, Playground Music Festival Salvador, Camarote Quem Ivete Sangalo, Camarote do Reino, XXXperience, Costa do Sauípe, Sunset - Le Spirit, , SunDance Festival em Arraial D'ajuda, Réveillon dos 4 Elementos, Downtown Pub Recife, Transamérica FM Salvador, Clube FM Brasília, House Garden, Aldeia das Tribos, Camarote Seda / Festival de Verão Salvador, Camarote Planeta Skol, Pier Bar Expo Barreiras e Fantasy.

O FIB conta com mais de 230 shows dos principais artistas brasileiros.

O Festival de Inverno Bahia 2013 (FIB), o maior evento de música do interior do Nordeste acontece em Vitória da Conquista, entre os dias 23 e 25 de agosto.

Rita de Cássia
Fotógrafa

Lulu Santos, Munhoz e Mariano e João Gabriel no FIB 2013

Acabou a espera, o Festival de Inverno Bahia fechou a grade principal. Os cantores Lulu Santos e os sertanejos Munhoz & Mariano e João Gabriel estarão também em Vitória da Conquista, entre os dias 23 e 25 de agosto.

Lulu Santos, dispensa comentários, também chamado de camaleão do pop, pois sempre está antenado com o que há de mais moderno na música pop brasileira, volta ao FIB depois de seis anos. O show que Vitória da Conquista verá será o “Toca Lulu”, que reúne seus principais sucessos. O FIB tem a característica de todo ano trazer uma novidade e desta vez é a dupla sertaneja Munhoz & Mariano que vai tocar no mesmo dia de Lulu Santos. O grande sucesso da dupla é a música “Camaro Amarelo”. Na mesma noite toca a banda mineira Jota Quest. A última vez que a banda passou pelo festival foi no ano de 2011.

Outro nome novo e ao mesmo tempo uma aposta dos organizadores do FIB é o sertanejo João Gabriel. O cantor já fez uma turnée na Europa no mês de março e promete balançar o público nesse festival. O show dessa turnê é “João Gabriel Ao Vivo”. Ele vai tocar no sábado, dia 24 de agosto, no palco estarão também O Rappa, Titãs e Zélia Duncan. Sem dúvida a principal noite do festival e para João Gabriel, como cantor sertanejo será uma grande experiência.

Festival de Inverno Bahia 2013 Esquenta o Inverno na Bahia

O Festival de Inverno Bahia, realizado na cidade de Vitória da Conquista, é um dos festivais mais interessantes realizados não só no estado, onde é a segunda maior atração musical, só perdendo para o festival de Verão em Salvador, tem um público médio de 25.000 pessoas. O mix de atrações, na sua maioria voltada para o pop rock, traz para a cidade jovens do Brasil inteiro, e este ano não parece ser diferente. Dentre os destaques terá a banda mineira Jota Quest, que já tocou em outra edição do festival. Eles estão na grade do palco principal da 9ª edição da festa que até o momento conta também com Titãs e Paula Fernandes. Os primeiros a terem os nomes divulgados foram: Humberto Gessinger (ex-Engenheiros do Hawaii, O Rappa e Zélia Duncan.

O Titãs se apresentou em 2010 no FIB e volta este ano no sábado, 24 de agosto. Em 2012, quando o grupo completou 30 anos de carreira, iniciou as comemorações com uma reedição do histórico show CABEÇA DINOSSAURO.
A sertaneja Paula Fernandes, estreia no Festival de Inverno. Ela traz para Vitória da Conquista na sexta-feira, 23 de agosto, a turnê do álbum “Meus encantos”, seu sétimo CD. Um show repleto de canções conhecidas do público como “Um ser amor”, tema do casal Bruno e Paloma da novela Amor à Vida, e “Long live”, música que Paula gravou com a americana e vencedora do Grammy Taylor Swift, Pássaro de Fogo e outros sucessos que pontuam a sua carreira.
O Rappa retorna a Vitória da Conquista para fazer um show memorável. É uma banda que passeia por uma gama muita grande de público, principalmente a galera mais jovem. O vídeo da música nova “Anjos” já alcança mais de 2.000.000 de visualizações no youtube, e o álbum novo com o lema "Prá quem tem fé a vida nunca tem fim" promete sacudir a arena de show da exposição - local do evento. Segundo eles é um disco pra cima com guitarras meio "led zepellianas". É só esperar para ver.

CARLOS VILLELA - TEMPOS

Carlos Villela, compositor e cantor, é um daqueles caras que acreditam na poesia como música ou música como poesia, tanto faz. Na estrada há muitos anos, ele consegue trazer a sensibilidade do amor através de letras sentimentais, transportando a vontade de ser feliz que perpetua no ser humano, independentemente da idade. Ao lançar o álbum 'Tempos', Carlos Villela parece trazer para aqueles que escutam cada faixa, suas lembranças afetivas e familiares em ritmos leves e precisos.

No disco, que começa com a canção "Choro de Poeta" Villela faz referências àqueles momentos em que você não se dá por vencido e continua a sonhar "... Poeta que não chora, não sonha / Não ganha abraço". Esse dom de poeta/poesia fica também bem evidente em "Ofício" que diz 'Se o ofício se dá pela coragem / Ou pela fé / Cada qual pode ser um ser supremo / Pelos fardos que vem de Nazaré'. Já em "Atalhos" ele fala do esquecimento "de anotar o atalho dos erros / Para entender os segredos / Que a tinta traz no papel" como se a solução dos problemas pudesse ser encontrada nessas anotações.

O sentimento pontuado em todo o disco, também fica bem evidente em "Mar de Afeto", "Abracadabra" e "Passageira da Saudade".

"Dona Maria Tereza" é uma pérola, que apesar de ter o nome de 'Maria Tereza' ressalta a força de todas as mães do mundo. Um verdadeiro hino para todos os dias das mães. A canção que dá nome ao disco, "Tempos"' foi composta por Villela e Anchieta Dalí (parceiro na maioria das outras faixas)é uma música singular, dedicada à liberdade de poder ser livre em qualquer lugar do mundo "Haveria de existir / Um elixir para o mundo/ Onde o revés num segundo/ Resolvesse o abstrato". Uma obra prima de poesia.

Com produção e direção do próprio Villela e direção musical de Luciano Magno (violão aço, nylon, guitarra e viola), o disco ainda traz a participação dos músicos Toninho (baixo), Fábio Vallois (teclados, programação bateria),Cezinha (acordeon) e Vanutti (samplers).
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"Tempos" é um disco imperdível na sua estante. MPB de alta qualidade.

Ângela Rô Rô Revitalizada: Coitadinha, Bem Feito

Artistas que fazem o "underground" brasileiro, cheios de qualidades, resolveram verter para novos arranjos a obra dessa grande artista da MPB: Ângela Rô Rô. O álbum "Coitadinha Bem Feito" começa na voz do baiano Lucas Santtana com o maior hit da artista, “Amor, meu grande amor”, que transforma em um belo blues pontuado por samples e no baixo, órgão e sintetizadores do próprio Lucas Santtana. Já a canção “Renúncia” contou com as vozes de Lirinha, Pupillo, Berna Ceppas, Igor Medeiros e Rodrigo Coelho.

Outro nome indie que se apresentou para esse trabalho foi o Leo Cavalcanti cantando singeleza em “Carne e case”, ele contou com o violoncello de Bruno Serroni. O talentoso Rômulo Fróes canta “Só nos resta viver” tocando o violão, e acompanhado por Luca Raele no clarinete.Outro sucesso de Rô Rô “Mares de Espanha” teve a interpretação de Thiago Pethit, com Pedro Penna, Camila Lordy, Anderson Ambrifi e Leonardo Rosa.

A “Balada da arrasada” está aqui apresentada por Tatá Aeroplano com Junior Boca, Meno Del Picchia e João Leão. A canção que dá título ao álbum, “Coitadinha, bem feito”, foi interpretada pelo pernambucano Otto, acompanhado de Pupillo na bateria, teclado e programações e Regis Damasceno no baixo e guitarra. Damasceno também acompanhou Gui Amabis em “Abre o coração”.

A música “Gota de sangue” ficou a cargo do multi-instrumentista Adriano Cintra. Outro nome da MPB, que eu chamo de alternativa é o Pélico que fez uma bela releitura de “Não há cabeça”, com Jesus Sanchez, Tato Cunha e Bruno Bonaventure.

O Rodrigo Campos interpretou “Fogueira” e contou também com Rica Amabis e Alexandre Ribeiro. Já Kiko Dinucci tendo a parceria de Zé Nigro nos teclados faz a releitura de “Tango da bronquite”. Rael da Rima se juntou com Bruno Dupré, Bruno Marcucci, Muka Brass e Rafael Costa para revitalizar a emblemática “Perdoai-os, pai”.

“Fraca e abusada” é uma música que um título bem interessante e ficou na voz de Gustavo Galo. A voz e violão de Dani Black brilharam em “Tola foi você”, enquanto que “A mim e a mais ninguém” contou com Juliano Gauche, Gustavo Souza, Del Picchia, Gustavo Cabelo, Zé Pi e João Leão.

Pra finalizar o álbum "Coitadinha, Bem Feito", a voz foi Helio Flanders que cantou e tocou piano em “Me acalmo danando”, nesta canção o violino foi de Fernanda Kostchak. Este é um daqueles tributos que não pode faltar no playlist dos que amam a música brasileira que não vira hit nas rádios convencionais. Uma bela homenagem para o trabalho de Ângela Rô Rô.

2013 Coitadinha, Bem Feito

1. Amor, meu grande amor - Lucas Santtana
2. Renúncia - Lirinha
3. Came e case - Leo Cavalcanti
4. Só nos resta viver - Romulo Fróes
5. Mares da Espanha - Thiago Pethit
6. Balada da arrasada - Tatá Aeroplano
7. Coitadinha, bem feito - Otto
8. Abre o coração - Gui Amabis
9. Gota de sangue - Adriano Cintra
10. Não há cabeça - Pélico
11. Fogueira - Rodrigo Campos
12. Tango da bronquite - Kiko Dinucci
13. Perdoar-os, Pai - Rael
14. Fraca e abusada - Gustavo Galo
15. Tola foi você - Dani Black
16. A mim e a mais ninguém - Juliano Gauche
17. Me acalmo danando - Helio Flanders

Nivaldo Ornelas - Portal dos Sonhos - 1978

O disco dessa semana é uma viagem ao passado. "Passeando" pelo blog Discos Dormidos, encontrei um disco do Nivaldo Ornelas de 1978. O álbum "Portal dos Sonhos" é um mix de músicas cantadas e instrumentais de uma qualidade que pouco se encontra nos discos atuais. O mineiro Nivaldo Ornelas mostra nesse álbum(o seu primeiro disco solo) toda sua arte como saxofonista,flautista, compositor e arranjador.
A sensibilidade de cada canção é ao mesmo tempo leve e explosiva. Vou tecer comentários de algumas, sem contudo achar que as outras não acompanham a mesma qualidade: "Arqueiro do Rei" parece uma trilha sonora para um filme de aventura, enquanto "Querubins e Serafins" tem o toque suave de uma noite de lua cheia numa cidade pequena e interiorana de qualquer rincão desse país. "Portal dos Anjos" como o próprio título trás um vocal de crianças com o sax de Nivaldo, numa sintonia perfeita. Enfim é um ótimo disco para os apreciadores da música instrumental brasileira, tendo inclusive ganho o Troféu Villa-Lobos de 1979.
Depois desse disco, o Nivaldo Ornelas lançou mais 13 álbuns.

http://www.youtube.com/watch?v=ZegK-s3-518

A MÚSICA DE CABECEIRA DA CAPELA

Capela no dicionário significa o local onde se vai rezar, meditar. Então não é difícil você achar que quando se pensa em um nome como esse se pense também em algo que te faça sonhar. A proposta sonora apresentada por um trio de jovens paulistas, procura fazer isso ao criar a Banda, ou grupo, ou trio denominado "Capela". Formada por Caio Andreatta (violonista), Gustavo Rosseb (voz) e Léo Nicolosi (violão), a capela imprime uma ótima afinação para a nova cena da música brasileira.
O álbum é independente e se chama "Música de Cabeceira". Contém 12 canções de altíssima qualidade, sendo um tanto quanto difícil se escolher uma outra com tanta coisa coesa entre elas. O lançamento é de www.amusicoteca.com.br

1. Simples Assim
2. Rei de Mim
3. De Fato
4. Tiquetaqueando
5. Famoso Tempo
6. Eu VI Que Quando
7. Versos Rasos
8. O Canto da Sereia
9. Whe You Start You Shine?
10. Vou Me Embora Pra…
11. Espelho
12. O Farol

Mais uma grande descoberta para a nossa música. Vale à pena frequentar a sonoridade desses garotos.

ROBERTA CAMPOS - DIÁRIO DE UM DIA

A mineira de Caetanópolis, Roberta Campos, já não é mais aquela menina que em 2004, resolveu largar seu estado natal e se mudar para São Paulo em busca de novos ares para sua música e mostra porque o seu segundo disco de carreira “Varrendo a Lua – 2010”, teve toda uma boa repercussão no circuito da crítica especializada e ainda a grata participação de Nando Reis na faixa “De Janeiro a Janeiro”. Com este novo trabalho intitulado “Diário de um dia (2012)” - recheado de músicas no estilo pop e MPB, bem elaboradas - , ela trás um disco contemporâneo e como o próprio título diz, é como se nele, ela descrevesse como em um diário, através de suas composições: seus amores, anseios e decepções. A primeira música de trabalho é “A sua volta”, uma canção que fala da saudade, que de alguma forma todos nós sentimos. O álbum é composto de doze canções que começa com “Diário de um dia” e finaliza com “Vida prática do tempo”.

HERBERT VIANNA E SEU QUARTO ÁLBUM - VICTORIA

Com tranquilidade e sem pressa, afinal de contas, foram 12 anos desde o último disco solo, O Som do Sim (2000), Herbert resolveu recriar suas obras, gravado por ele nos três álbuns anteriores e também músicas que se consagraram em grandes vozes femininas. O disco lançado no final do ano passado reuniu sucessos que fizeram parte do repertório de artistas como Paula Toller, do Kid Abelha (Derretendo Satélites, que nesse cd foi finalizada por ele, com os primeiros versos do clássico dos Beatles, Norwegian Wood), Fernanda Abreu (Um amor, um Lugar), Daniela Mercury (Só Pra Te Mostrar), Marina Lima (Nada por Mim), Ana Carolina (Pra Terminar), dentre outras e não poderia faltar o romantismo de “Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim” e “A Lua Que Eu Te Dei” que fizeram sucesso na voz de Ivete Sangalo.

Mas não pára por aí, são 20 canções que de alguma forma se transformaram em hits em todo o Brasil. Para não dizer que o disco não tem música inédita, o Herbert trás “Penso Em Você” que abre o disco, música essa que foi composta em Brasília antes da sua entrada nos Paralamas do Sucesso.

A capa do CD ficou a cargo de Barrão, Chico Neves (também produtor) e do próprio Herbert que fizeram revezamento na gravação de todos os instrumentos.
O resultado é que “Victoria” (titulo em homenagem a sua falecida esposa, em um acidente de ultraleve), mostra um cantor, que mesmo não tendo uma voz "potente", mostra-se senhor das suas composições, tocando como se estivesse em casa, basicamente no violão, este disco é um deleite para os “bons” ouvidos.

Carlos Maciel, radialista, professor e apaixonado por música de qualidade. carlossmaciel@yahoo.com.br www.carlossmaciel.blogspot.com

assistam o vídeo nesse link
http://www.youtube.com/watch?v=N_ngZ05hi6o