Capa do CD - (Divulgação)
@Carlossmaciel
Costuma-se dizer que das boas árvores, colhe-se bons frutos. Esse ditado pode ser aplicado na poesia de Belchior. Não sei até quando, mas nesse ano que estaria completando 70 anos de vida, a sua obra continua a ser revisitada por novos e antigos cantores. Depois que Belchior deixou de luto a música brasileira, sua música ressurgiu no novo trabalho de Amelinha ( De Primeira Grandeza - As Canções de Belchior), e também na voz da cantora Daíra, filha do compositor Carlos Sabóia.
Costuma-se dizer que das boas árvores, colhe-se bons frutos. Esse ditado pode ser aplicado na poesia de Belchior. Não sei até quando, mas nesse ano que estaria completando 70 anos de vida, a sua obra continua a ser revisitada por novos e antigos cantores. Depois que Belchior deixou de luto a música brasileira, sua música ressurgiu no novo trabalho de Amelinha ( De Primeira Grandeza - As Canções de Belchior), e também na voz da cantora Daíra, filha do compositor Carlos Sabóia.
Daíra Sabóia, é de Niterói, seu primeiro disco "Flor" (1914) foi lançado pelo selo independente Porangareté - por ele passaram Cássia Eller, a banda Chico Chico, Júlia Vargas e Cátia de França - , esteve na seleção do Prêmio da Música Brasileira de 2015 e foi apresentado em palcos da Dinamarca e Nova York. Ela também fez parte do grupo Mulheres Cantam Beatles.
O disco "Amar e Mudar as Coisas", surgiu após a cantora ter apresentado um espetáculo em homenagem a obra do artista e foi gravado no estúdio Luperan (RJ) em julho de 2016 e lançado no mês de setembro deste ano. Contando com o aparato dos músicos Alex Merlino (bateria), Augusto Fere (guitarra), Ismael (acordeon), Miguel Dias (contrabaixo), Pedro Fonseca (teclados) e o violão marcante de Rodrigo Garcia (produtor e diretor musical), ela se apropria das músicas de Belchior, trazendo um frescor juvenil as canções que trafegam entre o amor e a crítica social e política, que o artista, como poucos, conseguiu transportar para suas composições.
Foto (internet) |
O disco é carregado de emoção e respeito pelo ótimo trabalho que o cantor cearense presenteou, durante a sua carreira de mais de 40 anos, a música popular brasileira. Daíra mescla a sua influência folk-blues-rock e tempera de forma particular alguns clássicos como as conhecidas "Alucinação", "Coração Selvagem" e "Apenas um Rapaz Latino-Americano" e outras menos executadas como "Princesa do Meu Lugar" e "Jornal Blues ou Canção Leve de Escárnio e Maldizer", que Belchior tão bem alimentou a MPB. Cantando Belchior, ela recebeu um rasgado elogio de Elba Ramalho que disse: "Daíra canta Belchior muitíssimo bem. Gosto muito de ouvir as interpretações de Daíra, canta a obra toda de Belchior".
Ainda encantada com este novo disco, a artista afirmou: “Eu mergulhei realmente de cabeça nessas letras e mensagens e são elas que quero passar ao cantá-las. Belchior era crítico, filosófico, poético, profético, mas romântico também. É tudo o que eu procuro em um compositor, para eu poder expressar minhas ideias. Eu estava preparando um segundo disco de músicas originais, mas fui arrebatada pela proposta de cantar Belchior para as pessoas… Quis compartilhar o que eu estava ouvindo e me encantando mesmo. E, principalmente, fazê-las ouvir não só versões novas de músicas antigas, mas também como essas ideias e frases se encaixam no nosso momento político, social e humano hoje”, conta Daíra. E que sua interpretação possa ser amada e mudar as coisas.
Daíra - Alucinação (ao Vivo)
Daíra - Princesa do Meu Lugar
Faixas:
1- Alucinação (5:37)
2- Coração Selvagem (4:05)
3- Como o Diabo Gosta (2:02)
4- Conheço Meu Lugar (3:10
5- Princesa do Meu Lugar (5:12)
6- Comentário a Respeito de John (4:43)
7- Divina Comédia Humana (5:33)
8- Jornal Blues ou Canção Leve de Escárnio e Maldizer (5:38)
9- Paralelas (3:54)
10- Apenas Um Rapaz Latino Americano (4:18)
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