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terça-feira, 21 de novembro de 2017

Depois de quatro anos, Nana está de volta com CMG-NGM-PDE

Capa de CD (Divulgação)

Sem um trabalho novo desde 2013, quando lançou o cd "Pequenas Margaridas", super elogiado pela crítica especializada, a cantora e compositora baiana da cidade de Catu, Nana, está de volta ao disco com "CMG-NGM-PDE" (2017, Independente). Esse novo registro mostra os mesmos fragmentos poéticos do álbum anterior - quem acompanha a cena independente brasileira, já deve ter ouvido a música "Berli(m)possível" ("que bom que eu lhe conheci / imagina como vou perder você de novo"), e também seus registros para o álbum Re-Trato (Musicoteca) em homenagem ao Los Hermanos e "Jeito Felindie" com versões do Raça Negra. Ainda desconhecida para o grande público, e radicada em Berlim, na Alemanha, que mesmo assim estando no velho mundo, ainda conserva suas influências sonoras - samba, pop, bossa nova, rock -  pigmentado pela sua voz doce e sensível que consegue imprimir leveza em suas canções.  
O álbum CMG-NGM-PDE (Comigo Ninguém Pode, numa grafia internetês), é um diálogo com seus ouvintes, versando sobre sentimentos, emoções, cotidianos. Coisas simples e naturais que são construídas no dia-a-dia desse mundo sempre mutável. Um cenário onde personagens, histórias, sentimentos e sorrisos se cruzam com leveza a todo instante.
Uma obra montada a partir de sonhos, desilusões, confissões sentimentais, medos e sussurros poéticos que lentamente parecem escapar dos domínios da artista, dialogando de forma natural com o próprio ouvinte. "Copacabana" recheada de elementos do sambaé um bom exemplo disso (“Sei, está tarde, o sol já quer morrer / Você já sabe o que vai me dizer / A multidão que lota a condução / Tem mais espaço no seu coração / Que eu“).
                                                          (Copacabana)
Nos 39 minutos de duração da obra, Nana vai passeando, sem muita pressa, pelas nuances poéticas e inspiradas do disco. Contando com bons colaboradores, dentre eles, Felipe S.(Mombojó) que a acompanha em um leve dueto, no formato acústico, em "Caoutchouc" ("Ouço sim, desfazer, eu não vou segurar / Sinto a lágrima se formar e o meu ritmo se acelerar/ Eu tento e nada pode evitar a inundação") e a pernambucana Lulina na meio rock "Bomba" (...E é preciso armar a bomba / É preciso andar sob a água / É preciso olhar e mirar / É preciso amar e nadar"). E assim ela consegue ampliar o seu universo cada vez mais criativo.
(CMG-NGM-PDE)

 NºTÍTULODURAÇÃO
13:56
23:40
33:19
44:54
54:19
63:37
72:52
83:18
95:04
103:55
℗ 2017 Milk Digital

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