Fran, filho de Preta Gil, tem primeiro trabalho solo pautado em raízes africanas e participações especiais de astros da MPB

capa do álbum - Divulgação

@carlossmaciel (Instagram)

Numa família de artistas, raramente os filhos não seguem os caminhos de alguém do meio, isso é quase natural; Quando se é neto de Gilberto Gil e filho de Preta Gil, e ainda tendo talento, em um momento isso aflora - eu já escrevi sobre isso em outra matéria. Por isso Francisco, ou simplesmente Fran Gil, que já tem um projeto artístico desenvolvido com os primos na banda Gilsons, resolveu no início de 2020, antes das restrições de isolamento, lançar seu primeiro trabalho solo. Intitulado "Raiz", esse álbum trás um som mais africanizado, dando sentido real ao título, e assim buscar um pouco da sua ancestralidade. Falando desse momento, ele disse: "É um álbum que tem uma ligação muito forte com o meu momento espiritual, com o reconhecimento do meu ser, com meu lugar de fala, do meu posicionamento do mundo mesmo."

Gilberto Gil, Fran, Preta Gil - imagem internet

Esse projeto de Fran contou com a parceria de Russo Passapusso (BaianaSystem). A canção que dá título ao álbum foi escrita por Russo. "Ele nunca tinha me visto cantando, e aí a gente conversou pra caramba. Desse encontro saiu a canção que dá nome ao álbum e, ao mesmo tempo, toda concepção, conceito, do que é dito no álbum." Inclusive o clipe da música "Raiz" foi gravado na Namíbia, enquanto que  o de "Coração Tambor", primeira faixa do disco e clipe belíssimo, foi em Angola, ou seja, em terras africanas.

O disco tem participações também de Caetano Veloso, Ruxell e Gilberto Gil e está disponível nas plataformas de streamings.

A FÉ e arte foram alentos para muitas pessoas nesse "difícil" ano. A MPB sobrevive e sobreviverá, por isso finalizo o ano com esse álbum que foi lançado no início de 2020 no desejo de que 2021 seja bem melhor e mais tranquilo. Viva a MPB!

Faixas:

1- Coração Tambor

2- Raiz (feat. Russo Passapusso)

3- Divino Amor (feat. Caetano Veloso)

4- Eu Mais Tu

5- Denguinho

6- Eu Reparo

7- Bateu Forte

8- Leve Axé (feat. Ruxell)

9- Afro Futurista (feat. Gilberto Gil)

Raiz - fran (feat passapusso)

Coração Tambor - fran

O escritor e pedagogo Antonio Maciel analisa esse tempo de isolamento na pandemia

Imagem - @pauta.blog.br

 @carlossmaciel

Muitos autores vem dedicando seu tempo em colher algo de positivo/negativo nesse "novo mundo" moderno que todos nós estamos vivendo. Várias análises buscam explicar qual a mudança que isso nos proporciona ou também no que nada muda, apesar de tanta estranheza no modo de comportamento. Dentre essas escritas eu encontrei essas interessantes reflexões postadas pelo pedagogo, professor, produtor cultural e escritor Antônio Maciel com o título "Em algum lugar no futuro". Ele analisa esse contexto a partir de Itapetinga, uma cidade no interior da Bahia, mas acredito que poderia de qualquer outra, guardando suas respectivas proporções e particularidades. Digo isso porque penso que obviamente quem mora numa cidade maior ou metrópole cria outra expectativa. Dentro dessas nuances Antônio Maciel escreveu: "O homem, ser social, por tanto tempo isolado por medo e/ou cuidado, seria novo".

O texto "Em algum lugar no futuro" faz parte da coluna escrita pelo autor na página /https://www.instagram.com/pauta.blog.br/

Juá da Bahia inova o formato "live" e coloca os internautas nas suas apresentações

@carlossmaciel

Esse período de incertezas que vive a humanidade com isolamentos e distanciamentos sociais, mesmo que atualmente muitas regras não são cumpridas, alguns setores tiveram que criar algo para continuar, e um deles foi o meio artístico, já que o público dessa categoria continua distante sem uma previsão real de quando as coisas poderão voltar ao "normal". Em meio a isso os artistas tiveram que reinventar, assim também como outras categorias profissionais, e no caso deles, nada é pior que não contar com seus fãs e tudo que cerca o mundo das artes. os artistas, através da internet, resolveram mostrar seus trabalhos com lives caseiras que com o tempo foi crescendo. O que no início eram apenas como alento, logo se transformaram em grandes negócios para uns e um meio de sobrevivência para outros. 

Um dos artistas que entraram nesse nicho de mercado foi  o baiano Juá da Bahia, cantor e compositor de muito talento, com carreira consolidada, muitos discos lançados e com muita vontade de continuar na batalha. O cantor abraçou o seu violão, montou um pequeno cenário em sua casa, entrou nas redes sociais e passou a fazer suas apresentações com músicas autorais e de outros compositores. Em algumas lives ele é acompanhado por seu filho André Sertão, também cantor e músico.

Foto- instagram

Cantando desde o início da pandemia, Juá conseguiu um público cativo nas redes sociais que o segue  em todas as suas lives nas plataformas do Instagram (quarta-feira), YouTube (sexta-feira) e Facebook (sábado), e com exceção do Instagram, todas suas lives tem em média duas horas de duração. 

Nesse mês de dezembro Juá teve uma grande sacada: convidou os seus seguidores para escolherem suas canções preferidas e soltarem a voz. O estilo é livre e por isso, os fãs interpretam sucessos da mpb, forró, jovem guarda, rock ou o que desejarem. Normalmente eles enviam as canções em acapella  com duração de 30 segundos ou um pouco mais e resta a Juá seguir com a interpretação. É o artista mostrando que mesmo distante, ele pode trazer o público para perto de si e como diz Milton Nascimento na canção 'Nos Bailes da Vida': "Todo artista tem de ir  aonde o povo está". Juá da Bahia, que além de fazer shows para um grande público, também se apresenta em barzinhos e sabe o significado real dessa mensagem e a sua inovação nas lives de sexta-feira já é sucesso regional. 

Links para seguir os trabalhos de Juá da Bahia:

https://www.facebook.com/jua.dabahia

https://www.youtube.com/channel/UCb2qwAtwSz2wGfxK6KuCNmQ

https://www.instagram.com/jua_da_bahia/

Neto de Gilberto Gil e filho de Cássia Eller, os compositores Fran e Chico-Chico lançam o EP intitulado "Onde?"

Imagem de internet

@carlossmaciel

Mesmo nesse ano conturbado a música popular brasileira segue seu caminho. Belos discos tem sido colados nas plataformas digitais, na maioria deles no formato EP com 5 ou 7 músicas. No último dia 11, Fran e Chico Chico lançaram em parceria o EP intitulado "Onde?".

Capa EP

São sete faixas de músicas bem legais. No disco eles deram novas roupagem para sucessos de artistas da música popular. Tem canções de Luiz Melodia (Veleiro Azul), Itamar Assumpção (Nega Música e Isso Não Vai Ficar Assim), Sérgio Sampaio (Dona Maria de Lurdes), Edson Gomes (Árvore) e Gilberto Gil (Procissão) e a inédita e autoral "Ninguém", que os dois criaram durante a gravação do EP.

Interessante que os dois tem como nome de batismo "Francisco"; o filho de Preta Gil e neto de Gilberto Gil leva a assinatura da mãe e do avô, enquanto Chico Chico, filho de Cássia Eller, a da mãe. 

Os dois tem carreiras independentes, Fran tem um trabalho paralelo com os primos na banda Gilsons e no inicio do ano lançou disco solo, enquanto Chico Chico iniciou a carreira em 2015 já tendo lançado desde então os álbuns "2x0 Vargem Alta", "Isabel" e "Chico Chico".

Negra Música - Fran, Chico Chico e Pedro Franco

Duo pop OutroEu lança novo álbum com participações de Melim e Ana Gabriela

Capa - Divulgação

@carlossmaciel

Pautado no som da nova mpb, a dupla OutroEu lançou na última quinta-feira (3) nas plataformas digitais o seu novo álbum "O Outro É Você". São oito faixas inéditas e quatro que já haviam sido lançadas no EP "Oceana". Neste disco Mike Túlio e Guto Oliveira contaram as participações da banda Melim em "Oceana" composição de Mike Túlio e Ana Caetano do duo Anavitória e namorada de Mike, e de Ana Gabriela em "Se Perder".

Em meio a um ano de muitas turbulências, o disco vem com um som ensolarado e leve. A batida pop está presente em todas as faixas, as composições falam da importância de se está junto, ser companheiro (a), compreendendo as pessoas em suas particularidades e conservar as positividades.

Desse projeto saíram até agora os clipes: "Dança" que fala do famoso app Tik Tok de forma bem humorada, "Oceana", "Pra Vida Inteira" e "Se Perder". 

Pode experimentar, vale a pena.

Dança - OutroEu

Pra Vida Inteira - OutroEu

NOVOS LANÇAMENTOS DE ÓCULOS PARA O VERÃO NAS ÓTICAS SOL - ITAPETINGA

 

RUA JJ SEABRA, 54 - ITAPETINGA - BAHIA

   

 

'"Eu e Vocês", o novo álbum de Elba Ramalho, tem a participação dos quatro filhos

Capa do álbum - Divulgação

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Ela é um dos ícones da Música Popular Brasileira na sua longa carreira de mais de 4 décadas. Durante esse tempo já gravou 39 álbuns solos, sem contar as muitas participações em vários outros projetos. Elba Ramalho também entrou na lista daquelas que contraíram a COVID-19, mas logo que se recuperou voltou para sua grande paixão: a música. 

Nesse ano atípico para todo mundo, mesmo em meio a pandemia, ela lançou o álbum "Eu e Vocês". Em nota para a imprensa na Apple Music, ela falou como foi essa produção; "Gravei este álbum sob circunstância de pandemia e quarentena, nessa reclusão que todo mundo está vivendo", e explicou como aconteceu "Como tenho estúdio em casa, foi bem assim: 'Vamos gravar! Não estou fazendo nada'. Todo mundo estava disponível e meu filho, que é produtor e músico, também participou".

O álbum conta com 12 faixas, dentre elas tem a regravação da música Sintonia de Moraes Moreira, em homenagem póstuma ao artista, e "Felicidade" a linda composição de Marcelo Jeneci e Chico César que fala de esperança de dias melhores e que tudo isso isso vai passar. O projeto é focado principalmente nos ritmos nordestinos que consagraram sua carreira: xote, baião e arrasta-pé. 

Nesse disco ela teve participações de Padre Fábio de Melo em "O Inverno É Você"; Mestrinho em "Eu Vou Chegar Chegando"; do seu filho Luã Yvys em "Ainda Tenho Asas"  ele que também participou na faixa título "Eu e Vocês (Zélia Duncan / Paulinho de Holanda)" juntamente com as irmãs Maria Clara, Maria Paula e Maria Esperança. É primeira música que Elba grava com todos os filhos.

Elba Ramalho e filhos - Reprodução Instagram

LANÇAMENTOS: MODA VERÃO E MODA PRAIA NA PIRULITO KIDS - ITAPETINGA

             PIRULITO KIDS - MODA INFANTO JUVENIL 

             RUA D. PEDRO II - CENTRO - ITAPETINGA

Herbert Vianna interpreta clássicos do rock mundial no seu novo álbum solo "HV Sessions vol. 1"

Capa - Divulgação

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Herbert Vianna, em seu quinto álbum solo, passeia musicalmente nas décadas de 1960 e 1980. O disco foi intitulado "Hv Sessions Vol.1", e nele o músico apresenta nova roupagem para clássicos do rock de artistas e bandas como The Who (Pinball Wizard), The Beatles (And I Love Her e While My Guitar Gentle Weeps), Jimi Hendrix (Purple Haze), Elvis Costello (Opportunity) e Glen Champbell (Wichita Lineman) dentre outros.

Herbert, em nota para a imprensa, falou da escolha das músicas: "Essas canções são fonte muito direta de inspiração e de motivação por abraçar a guitarra, aprender um pouco mais sobre a criação de imagens que são feitas ali através dos acordes e das letras - explica o músico. Ao que aquilo te remete a sentir e a imaginar". 

Imagem internet

O único músico convidado é o Daniel Jobim que executou o minimoog. O álbum composto de 10 canções foi lançado na sexta-feira (23) pelo selo Estúdio 304, com produção, gravação, mixagem e masterização de Chico Neves. A produção executiva ficou com José Fortes, a capa é de Barrão e a fotografia de Maurício Valladares. 

Entendendo que o "álbum" é o vol. 1, significa que pode pintar um próximo em uma nova data. Já está disponível em todas as plataformas digitais.

While my guitar gentle weeps

Pinball Wizard

There's a kind of hush

Delicado EP de Gil e Flor Gil é lançado nas plataformas digitais

Imagem sujeita a direitos autorais (web)

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Com apenas três músicas, o EP Gil & Flor - De avô pra neta, revive dois sucessos da MPB e um da música italiana. Flor Gil Demasi (11 anos), a filha de Bela Gil e João Paulo Demasi, fez o seu debut no mercado fonográfico há 10 meses gravando a trilha para o programa apresentado por sua mãe no canal GNT, com a música "Refazenda" do disco do mesmo título, lançado por seu avô Gilberto Gil (77) em 1975.

Essa música faz parte do EP, assim como também "Norte da Saudade (1977)" (Gil/ Moacir Albuquerque/ Perinho Santana). O grande lance dessa música é que Gil e Flor gravaram a versão "Goodbye My Girl" que foi lançada no disco "Nightingale (1979)". Esse disco Gilberto Gil gravou na época exclusivamente para o mercado americano e que teve pouca repercussão por aqui. 

O grande sucesso da música italiana "Nel Blu Dipinto Di Blu (1958)" de Domenico Modugno fecha o EP. A canção ficou mais conhecida pelo refrão "volare". Ela foi gravada em abril para o evento online #WeareItaly (Nós somos Itália) com o intuito de promover a cultura italiana durante a pandemia do novo coronavírus e repercutiu muito nas redes sociais.

O EP Gil & Flor - De avô pra neta já se encontra em todas as plataformas digitais. Ouça e se deite com esse novo talento da MPB.

Norte da Saudade - Gil & Flor Gil

Refazenda - Gil & Flor Gil

"Kudra" é o novo EP da cantora Tiê

Capa EP

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Com um turbilhão de emoções reflexivas, Tiê apresenta o seu novo disco. Com apenas seis faixas, o EP foi intitulado "Kudra". Essa estranha palavra significa "amor", é nome de uma cidade na Índia e sobrenome de uma família. Esse período em que quase todos estão reclusos, alguns solitários e pensativos, é um momento especial para avaliações e reflexões. Para Tiê, não está sendo diferente de todo mundo. Nesse álbum ela apresenta em forma de música, seis canções inéditas com muito conteúdo. 

Ela conta que este projeto "Apesar de ter sido elaborado em menos tempo que o comum, foi um processo de descarrego, mas leve. Sinto que minha voz está registrada de maneira diferente a cada faixa, isso me agrada".

Tiê - Foto: Rodolfo Magalhães

A produção musical coube ao trio André Whoong, Flávio Juliano e Adriano Cintra. Na direção de arte contou com Rita Wainer, fotografia de Rodolfo Magalhães, styling de Carol Roquete e arte de Ana Ariette.

Este é o quinto disco de sua carreira e já está disponível todas as plataformas digitais e tem participações especiais de Filipe Catto e de Amora, a filha mais nova de Tiê.

Crepúsculo - Tiê

Kudra - Tiê feat. Amora

Fernanda Abreu comemora 3 décadas de carreira resgatando 16 baladas no álbum "Slow Dance"

@carlossmaciel

Nesse estranho período atual, cada um se vira como pode. Não é fácil, mas tem que, no mínimo, se inventar alguma coisa. Para os amantes da música, as canções servem de alento nesse tempo de isolamento social. Nesse clima, a cantora carioca Fernanda Abreu resolveu rebuscar a sua carreira nos discos já lançados e isso a inspirou a reouvir muitas baladas. Dessas audições pintou a ideia de lançá-las todas juntas em um único álbum. E assim nasceu o projeto "Slow Dance".

Fruto dessa quarentena, o álbum é recheado com 16 belas baladas da artista. Pra quem se acostumou com os muitos hits dançantes que Fernanda tem produzido ao longo de todos esses anos e também quando era a vocalista da banda Blitz, vai estranhar um pouco o disco só de baladas, apesar de todas já conhecidas.  

Para esse projeto, a cantora resgatou preciosidades como "Você Pra Mim" (1990), "Um Amor, Um Lugar" (1992) com Herbert Vianna, "Luxo Pesado" (2016) com Felipe Abreu, "Um Dia Não Outro Sim" (1995) com Daddae Havery. Do álbum "Entidade Urbana" (2000) tem  "Paisagem de Amor" e "Eu Quero Sol". 

A música que abre o disco é a nova versão gravada em estúdio de "Dance, Dance", gravada no CD /DVD MTV ao vivo (2006). O projeto marca a estreia do selo da artista Garota Sangue Bom Music, na Universal Music.

Sobre o álbum, a Fernanda Abreu falou da sua felicidade nesse lançamento: "Fiquei feliz. Feliz em sentir que as músicas ainda têm frescor. Feliz com os arranjos caprichados e com as atmosferas e texturas tão particulares de cada uma delas".  

A banda Carne Doce mostra amadurecimento no lançamento do seu quarto disco

Carne Doce - capa - divulgação

 @carlossmaciel

Para quem acha que Goiânia é terra só de artistas sertanejos, a banda de rock alternativo Carne Doce prova que há espaço para todos os sons. Surgida na levada desses últimos anos com outras ótimas bandas que pintaram no mercado, eles caminham pelos palcos e festivais brasileiros levando seu som com muita criatividade. 

Na sexta-feira (18), lançaram o quarto álbum, "Interior", já disponível nas principais plataformas digitais. Para quem conhece os álbuns anteriores vai perceber que eles cresceram. Se antes havia um "q" meio radical, às vezes em letras e sons, neste último está mais leve. 

Carne Doce - foto: Gustavo Rodrigues

Salma Jô, cantora e letrista da banda, define este disco como o mais positivo e tranquilo da carreira "É um álbum mais solar, generoso, amigável do que os outros, que são mais soturnos, escuros", avalia. Segundo ela, este é o melhor álbum deles, ela acha que a Carne Doce chegou ao amadurecimento. "Ele é o melhor em relação aos outros, porque a gente sente que se aprimora e esse é o resultado: um disco bom de uma banda que se encontrou e agora tem muita experiência".

Em "Interior" tem uma variedade de estilos, desde o folk rock, até o reggae, dub, samba e trap. Ou seja, eles resolveram experimentar de tudo um pouco sem perder a originalidade de ser uma banda de rock goiana. As 12 faixas do disco refletem muito bem tudo isso. As letras falam de amor, resiliência, conflitos e esperanças.

Na letra de "Hater", eles falam de coisas que proliferam hoje nas redes sociais. A faixa fala "sobre inveja, ressentimento, sobre ódio, e por isso também sobre falta de amor-próprio, sobre desejar o desejo do outro. Uma forma conflituosa de identificação e ressentimento" (Extraído do release oficial da banda)

É só falando de mim

Que você se sente bem

Que você faz o seu melhor

Que você é um sucesso

Mas se eu passo por perto

Baixa a cabeça e paralisa

Esquece como se respira

Já não parece tão esperto.

No Instagram Carne Doce  eles escreveram: "Nossa música é contemporânea, moderna e universal, mas também é música do interior. Neste novo álbum demonstramos o domínio alcançado a partir deste lugar, em sua mais alta forma poética e instrumental".

Na capa do disco tem como símbolo um pequi cortado ao meio, fruta típica da região central, com a polpa dourada e o caroço espinhoso à mostra, como prova da origem da banda.

Faixas:

1- Temporal

2- Interior

3- Hater

4- Garoto

5- Saudade

6- Passarin

7- A Partida

8- Sonho

9- Fake

10- Cérebro Bobo

11- A Caçada

12- De Graça

Temporal - Carne Doce

De Graça - Carne Doce

Saudade - Carne Doce

Live de Gilberto Gil no Coala Festival Virtual 2020 contou com filhos e netos

 

@carlossmaciel

O Coala Festival é um dos principais eventos musicais do país. Ele acontece no Memorial da América Latina (SP) desde 2014. Tendo como proposta a apresentação de grandes nomes da música brasileira intercalando com os novos artistas e bandas que surgem no cenário musical, o festival já teve Emicida, Tulipa Ruiz, Elba Ramalho, Rincón Sapiência, Liniker e os Caramelows, Rael, Caetano Veloso, Baiana System e Rubel. O line up sempre eclético atrai muitos jovens ávidos por boa música e diversão. A estrutura sempre bonita e descolada se transforma também em uma das atrações do local.

Neste ano de pandemia, os organizadores tomaram a decisão de realizar a sétima edição festival com shows virtuais fora do local habitual. O ambiente escolhido foi bem florestal e mantido em total segredo pela produção, então se "refugiaram" em uma locação afastada "mas que pudesse passar uma sensação de acolhimento e segurança" disse Fernanda Pereira, diretora do Coala Festival. Para não haver riscos para artistas e colaboradores, contrataram uma equipe de consultoria para que fosse cumprido todos os protocolos a fim de evitar o contágio com o novo coronavírus.

Gilberto Gil e os Gilsons

Uma das atrações mais esperadas do Festival, que teve início às 14h de sábado (12) com transmissão via Youtube e no canal pago TNT, foi Gilberto Gil que levou para o palco o trio Gilsons. 

A banda que é formada pelo filho do cantor, José Gil, e pelos netos Francisco Gil e João Gil trouxe frescor e beleza na apresentação do artista. Por isso, entre sucessos da sua longa carreira artística e nessa live com novos arranjos como "Tempo Rei", "Eu Só Quero Um Xodó", "Se Eu Quiser Falar Com Deus" , e novidades do EP apresentadas pelos Gilsons, tais como "Love Love", "Vento Alecrim" e "Cores e Nomes". Durante a apresentação, Gil mostrou sua generosidade familiar dando ao público de casa o prazer de desfrutar da riqueza musical dos garotos em sua primeira vez juntos com ele. 

O trio tem uma pegada bem "gilbertiana", trafegando numa sonoridade de mpb moderna com letras bem interessantes, mostrando que tem um bom futuro musical. Nesta semana deve acontecer o lançamento do primeiro EP do trio. E para completar o show familiar ainda teve a participação especial de Bem Gil.

Outras atrações

O Coala Festival ainda contou com as apresentações de Nego Bala; MC Tha que convidou Rico Dalasam; Maryana Aydar com Mestrinho  e os Novos Baianos que prestaram homenagem a Moraes Moreira.

Para quem não assistiu, dê uma olhada. Sem dúvida, grandes shows.

Gilberto Gil & Gilsons

Live integral

Neste sábado (29) tem Live Cultural com o guitarrista Toinho di Mairi

 

@carlossmaciel

Artista conhecido na região, não só por seus trabalhos solos (já tendo lançado bons CDs e DVD) mas também por participação em bandas regionais, Toinho di Mairi  faz a segunda live via YouTube e Facebook. Com set list bem selecionado, ele passa com muita desenvoltura por sucessos dos anos 70 até os atuais. Os covers bem executados é uma marca das suas apresentações e é sempre uma viagem a grandes hits nacionais. Exímio guitarrista, Toinho consegue deixar sua personalidade nas interpretações de sucessos de Djavan, Zé Ramalho, Roberto Carlos, Xangai, Roupa Nova, Skank, Melim dentre outros.

No mês de abril deste ano, Toinho fez uma primeira live a convite da TV Catolé no Projeto Cante Comigo - Live in Concert.

A Live Cultural da Chaplin Churrascaria (Itapetinga) terá transmissão do Canal Sem Limites e também no Facebook do artista, com início marcado para 20h deste sábado (29).

Siga Toinho di Mairi nas redes sociais Facebook , Instagram e no You Tube

O set-list abaixo, super bem elaborado, é boa pedida para os apreciadores da boa música.

Imagem Facebook

"Umbalista": O bom disco de Carlinhos Brown vem com releituras e autorais

capa do disco

 

@carlossmaciel

Com o álbum novo lançado na última sexta-feira (14), Carlinhos Brown trouxe músicas autorais e outras que se tornaram conhecidas nas vozes de grandes artistas. O projeto intitulado "Umbalista" funciona como um disco de grandes sucessos. As letras apresentadas o coloca como um dos mais importantes compositores da MPB e tem canções como "Já Sei Namorar" e "Velha Infância" consagradas pelos Tribalistas, grupo no qual ele faz parte, conta também com "Maria de Verdade", gravada por Marisa Monte no álbum "Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão (1994) e a linda "Muito Obrigado Axé", conhecida nas vozes de Ivete Sangalo e Maria Bethânia, inclusive esta ganhou clipe novo.

imagem sujeita a direitos autorais

O "Umbalista" é apresentado com 10 faixas, tem participações especiais em declamações de poesia de Arnaldo Antunes na romântica e bela "Grudados" e do seu sogro Chico Buarque no bolero "Mãos Denhas" (Diminuto - 2010). Para o hit "Tantinho" gravado no disco Adrobó (2010), Brown reservou um arranjo especial. Uma das canções do disco que chama a atenção é "Abota" (A bota na cara do homem na rua/ A cara do preto no meio da rua/ A cara do pobre no meio da rua/ O bico na bota na cara da rua), composição em parceria com o ex-deputado dr. Guilherme Menezes da cidade de Vitória da Conquista (BA), tem uma letra crítica e faz referência ao racismo e a violência, ainda uma realidade mundial, com forte referência aos últimos acontecimentos no mundo como o ocorrido com George Floyd nos EUA.

Abota

Dois Grudados - Carlinhos Brown part. Arnaldo Antunes

O artista já está se preparando para levar este novo trabalho em turnês no próximo ano e o mesmo já está disponível nas principais plataformas de streaming e downloads.

Roney George participa da Exposição virtual do espaço cultural Casa Rosa

Roney George - Imagem sujeita a direitos autorais

Com o título de "Benção", a Casa Rosa, novo espaço cultural de Salvador, lançará dia 20 de agosto, às 20h. uma exposição virtual e o lançamento oficial do site https://bencao.casarosasalvador.com.br/#acasarosa. A amostra que tem curadoria de Isabel Gouvea e de Rose Lima, terá participação coletiva com mais de 60 artistas e vai trazer a diversidade da arte baiana nos seus multiformatos: música, pintura, dança, arte digital,, audiovisual, grafitti, escultura, moda, gastronomia, performance entre outras linguagens.

Artistas iniciantes e consagrados estarão disponibilizando os seus trabalhos nessa mostra, dentre eles Alberto Pitta, Márcia Ganem, Bel Borba, Daniela Steele, Mariana David, J. Cunha e Roney George. 

O artista plástico Roney George, mesmo durante esse cenário estranho para o mundo, continua a produzir sua arte e nessa exposição vai apresentar cinco obras, e apenas uma será inédita.AQUI

Casa Rosa - foto Divulgação

O espaço cultural Casa Rosa, está localizado no bairro do Rio Vermelho em Salvador e pretende abrigar todas as formas artísticas, criando arte, afeto e pedindo "Benção" para suas realizações.

Com o EP "Fôlego", o Scalene fecha o ciclo da calmaria

Scalene - Divulgação

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Vivendo o isolamento desses novos tempos, a banda brasiliense Scalene ainda encontrou espaço para lançar mais um disco na carreira. O EP intitulado "Fôlego" é um disco que sai agora nessa turbulência como o finalizador de um ciclo de músicas calmas que o grupo vem lançando desde "Respiro (2019)".

Com músicas introspectivas, a banda construiu faixas como "Passageiro", a segunda do EP, em que eles falam do resistir  internamente: "Ela fala sobre a resiliência e encontrar dentro de nós as mudanças que queremos ver ao invés de procurar do lado de fora" (twitter da banda). 

Há um lirismo na canção "Estar A Ver O Mar" ao retratar no vídeo um encontro de namorados no Brasil Pós Quarentena "Não sei o que esperar/ Deixe a vida meditar/ Somos diferentes tão iguais/ Não sei o que escrever/ Deixo a canção nascer/ Das memórias do nosso verão." Interessante é que essa faixa composta pelo Gustavo foi a única a ser produzida antes do isolamento e que se encaixou perfeitamente nesse disco.

Capa do EP Folêgo - Divulgação

O disco produzido remotamente, na maioria das faixas narra os momentos de solidão que cada um vive nesse instante e por isso as letras estão mais autoreflexivas. Já na faixa "Espelho", a tônica é o racismo: "A violência branca/ Velada no sistema/ Civilidade falsa/ Cortina de fumaça/ Mata muito mais, mata muito mais/ Fala que quer paz, fala que quer paz/ Mas é só pros seus, fala pelos seus."

A produção do EP ficou a cargo de Diego Marx, masterização e mixagem de Ricardo Ponte. A capa com cores cinza e azul é da artista Alice Quaresma.  

Devido a pandemia o lançamento do EP aconteceu na Live Scalene apresentada pelo Gustavo no mês passado. 

Áudios do EP Aqui

Fernanda Takai está de volta em álbum de inéditas e releituras

Capa - Divulgação

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A Fernanda Takai, mesmo em meio toda essa pandemia, lançou no dia 10 de julho seu mais novo disco. Com o título "Será Que Você Vai Acreditar?". Contando com 10 faixas, é o quarto álbum solo na carreira e tem distribuição do selo Deck. 

Imagem - Facebook

Neste trabalho, a artista apresenta composições reflexivas condizentes com essa nova realidade mundial. Em algumas delas ela procurou mostrar como as coisas estão diferentes e que as pessoas precisam de mudanças em relação ao outro. Um dos destaques está na música "Corações Vazios", uma composição de John. Numa das estrofes diz assim: "Talvez você insista / Que o mundo é dos espertos / Que agora é vez / Da santa estupidez / Mas seu ponto de vista/ Duro como cimento/ Não dura muito tempo."

Outras faixas bem emblemáticas são "Terra Plana",  que inclusive foi o primeiro single do álbum, e "O Amor Em Tempos De Coléra" que conta com a participação de Virginie Boutaud. São músicas realmente bem interessantes.

Assim como em discos anteriores, a Fernanda interpreta canções em outras línguas, e neste encontramos as releituras de "One Day Your Life", hit na voz de Michael Jackson (1958 -2009) nos anos 70, e nessa mesma linha de regravação, ela faz da balada de Amy Winehouse (1983 - 2011) "Love Is a Losing Game" uma bossa com batida eletrônica, tipo chillout. Ainda tem a autoral "Who Are You" e também "Love Song". Esta última, em português-japonês com a participação da cantora japonesa Maki Nomiya, que fez parceria na composição de John e Takai.

Para quem gosta de reviver o passado, Takai resgatou "Não Creio Em Mais Nada (Totó, 1970)". Esta música foi um sucesso na época, interpretada pelo saudoso Paulo Sérgio, um dos ídolos da Jovem Guarda e foi gravado há 50 anos. Aqui recebeu roupagem de música moderna. 

Fernanda Takai faz parte da banda mineira Pato Fú, que juntamente com o marido John Ulhoa seu parceiro, cantor e compositor sempre apresenta bons trabalhos na música pop rock nacional.

Ouça o álbum integral Aqui